28 junho 2012

Frozen Yogurt, Alergia e Pensar e Falar

Depois destas duas louras falarem de amizade, boleias e hemorróidas e, depois, de Burras ou não burras, catarro e Frusteka, aí estão de novo. Já não conseguimos passar sem estes dois... pares...

«Voltar à chacha de partida» - Patife

Hoje deixem-me falar-vos da melhor pandeireta que já tive a oportunidade de despachar à tolada. Há uns meses estava num seminário e vi a bilha mais arrebitada e simétrica do Universo. Nunca mais vi uma que se assemelhasse àquela perfeição nadegal e que conseguisse alçar-me o nabo daquela maneira desenfreada. Quando o rabo passou mesmo à minha frente o tempo reduziu as rotações, permitindo-me analisar ao pormenor todos os vincos, recantos, contornos, formas côncavas e convexas daquela peidola, o que me fez ir a correr à casa de banho bater uma sarapitola. Depois, já menos sôfrego, voltei e sentei-me ao lado dela no anfiteatro do seminário. Nem sequer estava inscrito mas sempre achei que os seminários são dos melhores covis de engate da cidade. Por isso é muito natural encontrarem-me neste tipo de eventos. A palavras tantas, quando uma oradora saiu do palco murmurei para mim mesmo qualquer coisa como: Uma já se foi. Outra há-de se vir. A dona da pandeireta fez um esforço notório para não se rir, mas a toada de parvoíce não parou enquanto os oradores iam mudando e teve o seu epílogo quando dois gajos manifestamente rabichos faziam uma apresentação em duo. O tipo que estava do outro lado da gaja soltou um inconveniente: Estamos entregues à bicharada. Num sussurro apressei-me a comentar: Mais valia estarmos entregues aqui à minha picharada. Ela devia ser saída da racha pois depressa se levantou acenando para a seguir. Fomos directos à casa de banho para eu lhe abafar a bufa, que a coisa não dava para esperar muito mais. O problema é que com o tamanho da minha verga e o tradicionalmente estreito canal do cagueiro eu devo ser um autêntico Murphy das leis do enrabanço. Se alguma coisa pode correr mal, então vai correr mal. Por isso lá tive de voltar à chacha de partida.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Fruta 90 - Turista acidental

Meio-dia e meia



27 junho 2012

Amanda Palmer - "I Want You, But I Don't Need You" - ao vivo na The Music Box



Original de Momus, do álbum «Ping Pong» (1997)

"I like you, and I'd like you to like me to like you
But I don't need you
Don't need you to want me to like you
Because if you didn't like me
I would still like you, you see
La la la
La la la

I lick you, I like you to like me to lick you
But I don't need you
Don't need you to like me to lick you
If your pleasure turned into pain
I would still lick for my personal gain
La la la
La la la

I fuck you, and I love you to love me to fuck you
But I don't fucking need you
Don't need you to need me to fuck you
If you need me to need you to fuck
That fucks everything up
La la la
La la la

I want you, and I want you to want me to want you
But I don't need you
Don't need you to need me to need you
That's just me
So take me or leave me
But please don't need me
Don't need me to need you to need me
Cos we're here one minute, the next we're dead
So love me and leave me
But try not to need me
Enough said
I want you, but I don't need you

La la la
La la la

I love you, and I love how you love how I love you
But I don't need you
Don't need you to love me to love you
If your love changed into hate
Would my love have been a mistake?
La la la
La la la

So I'm gonna leave you, and I'd like you to leave me to leave you
But lover believe me, it isn't because I don't need you (you know I don't need you)
All I wanted was to be wanted
But you're drowning me deep in your need to be needed
La la la
La la la la la la la la la

I want you, and I want you to want me to want you
But I don't need you
Don't need you to need me to need you
That's just me
So take me or leave me
But please don't need me
Don't need me to need you to need me
Cos we're here one minute, the next we're dead
So love me and leave me
But try not to need me
Enough said
I want you, but I don't need you

«conversa 1896» - bagaço amarelo

Ela - Imagina que engatavas hoje uma mulher qualquer.
Eu - Estou a imaginar.
Ela - Acabavas num hotel com ela...
Eu - Sim...
Ela - O que é que ias pensar se, quando ela se despisse, reparasses que ela tinha umas cuecas até acima do umbigo, daquelas que servem para ficarmos mais magras na barriga? Uma cinta...
Eu - Argh!
Ela - Obrigado, era o que eu queria saber. Vou à loja devolver as minhas.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Amor, paixão e sexo: teoria e convicção

O amor é um sentimento de um altruísmo e generosidade inacabáveis. O amor tende a ser definitivo. O amor transcende-nos. Transcende a razão. O amor anula o egoísmo, o orgulho, a posse, a guerra… O amor vai além da distância. O amor vai além de tudo. Depois do amor, não há nada. Mas o amor é … raro. Além da ordem natural dos laços estabelecidos pelo sangue (entre pais, filhos, irmãos…) e da verdadeira amizade, suponho que sejam poucas as pessoas que realmente o experimentam. Acredito que possa também haver um “estado de amor” que não dependa de ninguém ou de nada específico… há-de ser isto qualquer coisa semelhante à “iluminação”. O amor é um sentimento muito elevado que depende por isso também da capacidade emocional para amar. Entre um homem e uma mulher, quando acontece, o amor é “o princípio”… é onde a vida começa… e é também, muitas vezes, onde ela acaba. Casos destes são aqueles extraordinários em que do princípio ao fim dois seres atravessam a vida intensamente apaixonados, sobrevivem ao desgaste do tempo e dos corpos, e ao cabo de décadas, até que a morte os separe, ainda os olhos do outro lhes fazem brilhar os olhos. É também o que sucede em casos daqueles em que toda uma vida não chega para fazer desaparecer a dor pela ausência da pessoa amada… sendo tão escassa a probabilidade de salvação como o milagre de um outro amor. Em ambos os casos, não há um minuto sequer nestas vidas em que não desejem “o outro” ao lado, e a quem, independentemente disso, possam não desejar “o bem”, seja isto uma benção ou uma maldição.

Semelhante ao amor nalguns sintomas, a paixão é algo de muito mais “terreno”, de muito mais sujeito aos caprichos da natureza humana. A paixão exige a presença física, a “posse”, e evolui para estados de ira quando não satisfeita. Quase todas as pessoas se apaixonam, geralmente mais do que uma vez ao longo da vida... A paixão é temporária. Dificilmente irá além de um ano ou dois… Seja como for, mais tarde ou mais cedo, acaba. Pode resultar em profunda amizade, uma forma suave de amor… ou então, resultar em coisa nenhuma. É um estado passageiro de euforia em que a natureza suprime os defeitos do outro, intensifica o desejo, e promove a harmonia de modo a permitir um período de adaptação de um casal entre si. Para quem o aproveita bem, resulta bem. Para quem não o aproveita bem, resulta mal. Aqui se incluem todos os casos de casais que começam com “um grande amor” e acabam sem se reconhecer, à porrada, ou a digladiar-se pelas razões mais absurdas.

Sexo, é outra coisa. Havendo amor, o sexo é sempre algo de “sublime”, mesmo que seja, do ponto de vista sexual, uma lástima. O amor em si não produz “bom sexo”, mas, havendo união física com a pessoa amada, produzem-se outras coisas: a imensa felicidade, ou mais, a plenitude! E claro… “bom sexo com amor” é… o verdadeiro “êxtase”: o auge do prazer físico e psíquico. A paixão em si também não faz milagres pela qualidade do sexo… mas lá está… faz do sexo sempre uma experiência positiva, ainda que na prática o desempenho sexual possa não passar da pobreza franciscana. O pior é que, findo o período de paixão, para quem não tiver desenvolvido uma boa relação sexual, o desejo acaba. Como é evidente, no que respeita ao prazer, a seguir ao “bom sexo com amor”, o “bom sexo com paixão” é do melhor que há. Depois… não sei: “mau sexo com amor” ou “bom sexo com paixão”? “Mau sexo com amor”, “Mau sexo com paixão”, ou “bom sexo sem amor nem paixão”? É difícil de decidir … se calhar é relativo, tem dias, depende dos gostos … A questão aqui é o que seja um bom equilíbrio entre estados de prazer emocional e estados de prazer físico. Para mim o conceito de “bom sexo” inclui já um mínimo de prazer emocional ou, pelo menos, o conforto emocional (bem-estar, confiança, respeito,...) a partir daqui… como diz Epicteto, o estóico, “há coisas que dependem de nós, e outras que de nós não dependem”…

… mas tenho ao menos por certo que um “bom sexo” é um bom argumento para o despertar do amor e da paixão (mal, não faz)… além de ser em si só uma coisa muito agradável… (e de fazer bem à pele e tal…)

Patinho Feio




Alexandre Affonso - nadaver.com

26 junho 2012

Eva portuguesa - «Fetiches»

Já vos falei nas taras mais "diferentes" com que fui confrontada.
Hoje quero-vos falar de algo mais soft: os fetiches.
Os fetiches são desejos diferentes do habitual mas mais comuns e menos bizarros que as taras.
Vou começar por descrevê-los por ordem decrescente de pedidos:
- Chuva dourada - é uma constante.Não passa uma semana sem que me perguntem ao telefone se o faço. A primeira vez que o fiz foi complicado... para já, não sabia o que era; depois disso esclarecido, estive uma hora a beber água e mais água e, quando preciso de ir fazer xixi, não posso; tenho que aguentar até o cliente chegar. Felizmente não demorou muito mais... mas primeiro ele queria beijos, apalpanços, sexo oral e até penetração... aguentei-me até ao sexo oral, após o que lhe disse que, se me penetrasse, eu fazia xixi na hora. Ele então não quis, deitou-se no chão onde eu já tinha posto lençóis e toalhas, de barriga para cima, mandou-me abrir as pernas e ficar meio agachada de pé, por cima dele e virada para ele e com a minha c*na bem perto da cara dele. Começou a masturbar-se e pediu para eu fazer o mesmo, começou a acelerar e grita-me agora!... Finalmente aliviei a bexiga! E ele bebeu quase tudo, enquanto se vinha abundantemente...
- Sodomização - é também das fantasias mais pedidas. Basicamente, o homem gosta de ser penetrado, mas não por outro homem; quer uma mulher que acrescenta um sexo de homem falso a enrab*-lo sem dó nem piedade... E olhem que os vibradores de cintura costumam ser bem avantajados!... Estes clientes têm orgasmos fortes, brutais e mais longos que o habitual. Sei que há quem ache que este fetiche representa no fundo um desejo homossexual em homens que são homofóbicos... Eu pessoalmente não concordo... Talvez por gostar de sexo anal e essa parte da anatomia ser igual no homem e na mulher (com mais ou menos pêlos ;) e saber que é uma zona com muitas terminações nervosas; compreendo que ambos possam retirar prazer deste tipo de relação sexual.
- Botão de rosa - não é incomum perguntarem se faço... Desculpem se ofendo alguém mas... que nojo!!! Como é que um homem que eu não conheço espera que eu lhe lamba, beije e sugue o ânus?... Aqui está um fetiche que eu não faço... esqueçam... se me quiserem fazer, é com o cliente, agora eu fazer... fora de questão!
- Virem-se na cara - é bastante comum homens que, depois de perguntarem se eu faço oral até ao fim sem preservativo e eu responder que não (pois não faço mesmo!) pedirem para se virem na minha cara... Claro que respondo que não mas fico a pensar como é que, não fazendo eu oral até ao fim sem protecção, esperem que eu aceda a este desejo... o perigo de transmissão de DST´S para mim continuaria a ser enorme! Será que estes homens não pensam, ou como o risco seria só meu, são tão egoistas que não querem saber?....

Bem, deixo-vos aqui o inicio deste relato.
Tenho muito mais para vos contar mas fica para o próximo capítulo...
Vão passando...
Beijocas.


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Coito interrompido ou coito... ininterrupto?

Há cerca de 47 milhões de anos, a quietude das águas de um lago, situado naquilo que hoje é a Alemanha, achou-se perturbada pela agitação frenética proporcionada por vários casais de tartarugas envolvidos num verdadeiro regabofe reprodutivo. Infelizmente, a actividade da prática do amor, por parte destes simpáticos e dedicados répteis, viria a ser cruelmente interrompida quando um verdadeiro cataclismo se abateu sobre eles, liquidando no acto todos os seres vivos das redondezas.


Hoje, milhões e milhões de cópulas depois, perdão, milhões de anos depois, o testemunho silencioso daquele momento veio à luz do dia em Messel, não muito longe de Frankfurt, na forma de nove casais de tartarugas que ficaram autenticamente feitos num oito.


Ora é exactamente aqui que surge a minha dúvida: como se deve rotular o drama destas apaixonadas e eternizadas tartarugas? Coito interrompido ou coito ininterrupto?


Notícia original: Público

As Sessenta Virgens

Deus estava a fazer a barba. Desde há séculos (literalmente) que todas as manhãs acordava dorido e angustiado e chateado com a vida e ainda por cima despeitado com o Seu mau hálito. Frequentemente sofria de insónias.
Nunca Lhe tinha passado pela cabeça que tudo acabaria assim quando, alguns milénios atrás, tinha aceitado aquela missão na Agência Intergaláctica de Amas para Planetas.
É certo que Lhe tinham dito que a Terra era um planeta "classe zero" e que Ele teria que contemporizar com todos os credos e crenças dos seres que aí habitavam. Na altura tinha pensado na missão como um desafio. Hoje em dia, a pior coisa era ter que fingir que não existia quando se cruzava com algum ateu pretensioso, lá em baixo no Céu.
"Toque, toque" - um querubim batia à janela.
- O que é? Não pode esperar? - ralhou Deus enquanto abria uma fresta.
- Deus, o mártir muçulmano que chegou ontem está a ter problemas com as virgens - informou o querubim.
"Os muçulmanos, sempre os muçulmanos" - pensou Deus para com os seus botões. "Esses gajos mais a parvoíce das sessenta virgens". Como é que era suposto esperar que Ele arranjasse sessenta para cada mártir se achar uma já era difícil. Por Ele podiam ir todos para o Inferno, se ao menos o Inferno existisse. Século após século, Ele tinha-se preocupado, e preocupado, e perdido uma eternidade de noites (literalmente) a pensar como havia de contornar a escassez de virgens. Hoje em dia dava dez a cada mártir quando chegavam e mais uma de vez em quando até que eles perdessem a conta.
- Vá lá Deus, o que é que eu faço - insistiu o querubim.
"Essa era outra. Ele tinha sempre que saber o que fazer. E toda a gente O chamava Deus quando o Seu nome verdadeiro era Henrique."
- Ok, Ok, Eu vou ver se ainda tenho algum - respondeu Deus ao querubim.
Deus continuou a fazer a barba, enquanto o querubim se afastava rapidamente levando consigo o milagroso comprimido azul, Viagra, para dar ao mártir.

ovo.cósmico
http://alogicasubjacente.blogspot.pt/

«Os jardins de Eros II» - tríptico, acrílico sobre cartão, Carlos Martins, 2001, Portugal

Tríptico da minha colecção.