30 agosto 2012

«A Giocona» - Patife

Sempre gostei muito de Paris. Muito provavelmente terei sido influenciado pela primeira visita à Cidade Luz. Estava eu a visitar o Louvre e fiquei estático a ver o sorriso enigmático da Gioconda, essa obra menor do Leonardo. Não por causa da tela, mas porque uma italiana estava completamente excitada por estar a um metro de distância do quadro renascentista. Conversa puxa conversa erudita sobre obras de arte e acabámos a ver o Louvre acompanhados. Ela era estudante de belas artes e eu já nessa altura era um franco apreciador quer de belas quer de artes. Íamos passando de ala em ala, de época em época, de autor em autor, e ela não parava de falar no raio da Gioconda. Não pude deixar de ficar intrigado com a sua obsessão pela dita. E como não sou de ficar intrigado decidi aprofundar a questão. Puxei dos galões e comecei a falar das obras com uma erudição forjada, mas com tal convicção que facilmente passaria por um crítico de arte. Há qualquer coisa que deixa as mulheres imediatamente molhadas perante um homem com interesses culturais. No final do dia disse-lhe que eu próprio era uma espécie de artista e que lhe queria mostrar a minha arte. Fomos para o quarto da albergaria antiga para eu lhe mostrar a minha veia artística na pinocada e para tentar descobrir a sua obsessão pela Mona. Qual não é o meu espanto quando, ao retirar as cuecas da lambisgoia, me deparo com uma pachachinha que parecia sorrir de forma tão ou mais enigmática que a Gioconda. Uma autêntica Giocona. Ainda assim pareceu-me uma obra inacabada, por isso, qual Da Vinci, saquei do meu pincel e dei-lhe uns retoques com uma habilidade capaz de criar um autêntico renascimento orgásmico.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Quatro bons motivos para não comprar um Smart... ou serão oito?!


... me dê toda a coragem que puder

... e não me falte forças pra lutar...



Quem nunca?

Capinaremos.com

29 agosto 2012

pétreo

(...) Tesões estalam. Minhas bocas abertas. Resplandecente. Gritando. Desenfeixam-se membros erectos nos bravos delírios de um ventre. Acendem-se camas embrionárias e tornam-se geometricamente vermelhas, nos bosques do erotismo, onde crescem jardins leves e ardentes, em buracos fortes, pulsantes ao som firme, nas frutas redondas que descem em bocas maduras. Numa elegância violenta. Magnífica. Expelida nos coitos e nos anais do mundo.(...)

Luisa Demétrio Raposo

«chuva» - bagaço amarelo

Encontrei este anúncio quando pesquisava, na internet, a história duma das marcas mais emblemáticas de sempre para quem gosta de equipamento de fotografia e cinema vintage: a Bell & Howell. Em 1959, ano da revolução cubana, a Sabrina apresentava assim o novo projector de slides desta marca americana. Sinceramente, a esta distância temporal, não estou a ver quem é a Sabrina, mas percebo imediatamente a sua escolha para esta publicidade muito pouco subtil. É que os projectores de diapositivos não devem apanhar chuva. Só pode ser por isso...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

As coisas não são sempre o que parecem

Anúncio no Japão ao Toyota Auris (conhecido como Corolla, na Europa), com o/a modelo transsexual Stav Strashko, de 19 anos, da Ucrânia.
O slogan é «Não segue a tendência, não é informal, não é para todos»

É preciso não meter água!

Crica para veres toda a história
Náiades


2 páginas (cricar em "next page")

oglaf.com

"Náiades são ninfas aquáticas com o dom da cura e da profecia e com certos controles sobre a água. Assemelhavam-se às sereias e, com a voz igualmente bela, elas viviam em fontes e nascentes ou até cachoeiras; deixavam beber dessa água, mas não se banhar delas, e puniam os infratores com amnésia, doenças e até com a morte." [Wikipédia]

28 agosto 2012

Poesia medieval dita por Luis Gaspar - «Luzia Sanchez» de João Soares Coelho

O nosso amigo da voz d'ouro, Luís Gaspar, do Estúdio Raposa, preparou uma prendinha para quem gosta de poesia: o iBook «Coletânea de Poesia Portuguesa - I Volume- Poesia Medieval, disponível no iTunes Store - Livros - Luis Gaspar por um preço que é praticamente à borla.
Deixo-vos aqui um aperitivo, «Luzia Sanchez», uma cantiga trovadoresca de escárnio e maldizer, da autoria de João Soares Coelho:


Poesia Medieval III - Luzia Sanchez from Luis Gaspar on Vimeo.

João Soares Coelho (1200-1278) foi um Rico-homem e cavaleiro
medieval do Reino de Portugal e do conselho real do rei D. Afonso III.


Luzia Sánchez, estais em grande falta
comigo, que nom fodo mais nada senão
uma vez; e, pois fodo, se Deus me valer
fique disso afrontado bem por três dias.
Por Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu vos pudesse foder, foder-vos-ia.
Vejo-vos deitar comigo muito defraudada,
Luzia Sánchez, porque não fodo nada;
mas se eu com isso vos satisfizesse,
pois eu foder não posso, peidar-vos-ia.
Por Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu vos pudesse foder, foder-vos-ia.
Deu-me o Demo esta pissuça cativa,
que já nem pode cuspir saíva
e, de certo, parece mais morta que viva,
e se lh’ardess’a casa, não s’ergueria.
Por Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu vos pudesse foder, foder-vos-ia.
Deitaram-vos comigo para mal dos meus pecados
pensais de mi coisas tão desconcertadas,
cuidais dos colhões, que tragu’inchados,
porque o são com foder e é com doenças
Por Deus, Luzia Sánchez, Dona Luzia,
se eu vos pudesse foder, foder-vos-ia.

Antiguidade clássica 5

Eva portuguesa - «Cobardia»

Acho piada que aqueles que fazem comentários negativos, ofensivos, ordinários até no meu blog, nunca se identifiquem... 
Pura cobardia!
Para além da ignorância de quem não sabe do que fala, do preconceito que revela uma falsa moral, ainda são cobardes!
E criticam, ofendem, mas lêem...

Então, para vocês, é escusado responderem, pois os comentários estão sujeitos a moderação e esses são logo considerados spam.
Já uma vez, quando foi feita uma denúncia a um senhorio numa casa onde trabalhei, também foi anónimo!
Claro que, para além de toda a maldade que estas situações encerram, ao mesmo tempo esta cobardia revela alguma moralidade... duvidosa, é certo, mas no fundo as pessoas que e quando fazem o mal, não querem ser identificadas... ou por vergonha ou por terem noção que estão a proceder mal. Isto pode ser mau pois, apesar de terem consciência de que estão a praticar o mal, estas pessoas fazem-no na mesma.
Mas, ao mesmo tempo, revela que existe uma moralidade, contrapondo-se à vergonha de praticar o oposto.
E, por muito negativo que seja uma pessoa ser imoral, é preferível a ser amoral (pelo menos no meu entender).
A falta de moral revela uma incapacidade anormal e anti-social de distinguir o que está certo do que está errado... e isto sim, é assustador! Uma pessoa que não distingue o bem do mal facilmente se torna num sociopata, não controla os seus impulsos, comporta-se como um animal, é um pária e um perigo para a sociedade e todos os que a constituem.
Já uma pessoa que pratica o mal mas sabe que o está a fazer, normalmente é uma pessoa com valores (mais ou menos correctos), em que grande parte das vezes controla esse impulso animalesco de tentar ferir quem julga ser mais fraco. E, ao fazê-lo, revela a sua própria fraqueza, bem superior à da sua "vítima", visto que não consegue exercer a sua faceta maléfica contra alguém mais forte, nem sequer procura um confronto directo, limpo e honesto... Esconde-se atrás de um anonimato e de uma falsa moral que lhe dão uma sensação de segurança e superioridade (falsas, obviamente!).
Porquê o facto de grande parte das minhas colegas não atender números anónimos?... Porque é maioritariamente daí que vêm os insultos, as frases ordinárias e as falsas marcações... Mais uma vez, cobardes que se escondem atrás de um anonimato...
A cobardia tem cara, tem nomes, tem vozes... mas estes escondem-se atrás de um manto de pseudo invisibilidade...
Só há uma coisa que eu não entendo: o que ganham estes cobardes em agir assim?....


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Beija-me



Beija-me os lábios carnudos
e rasga-me a roupa
com a loucura do desejo
que te toma
e t’incendeia.

Percorre-me o corpo sedento
e toma-me como tua outra vez.
Abocanha-me os seios,
aperta-me, agarra-me,
como s’eu fosse fugir...

Entra em mim erecto
e crava-me fundo, profundo,
a tua força de macho amado.

Usa-me, abusa dos segredos
e profana-me corpo e alma,
por cima, por baixo,
à frente, atrás...

Faz-me tua puta-mulher
e não faças amor comigo hoje...

Fode-me!


Vera Sousa Silva

poema do meu novo livro "Bipolaridades"

Caça à raposa - copo de vidro com imagem escondida

Já tinha um copo idêntico (com uma bailarina) na minha colecção.
Este tem uma imagem de uma caçadora, com uma raposa. Olhando para a parte de trás da imagem, através do vidro do copo, vemos a mulher nua... e a raposa de olhos arregalados.



27 agosto 2012

«Ato Mundial contra Belomonte»

Ato Mundial - World act from brwax on Vimeo.


Este filme tem um ano mas vale sempre a pena ver uma causa bem defendida.

"A usina hidrelétrica Belomonte
a terceira maior usina hidroeléctrica do mundo, causará impacto ambiental
2X a cidade do Rio de Janeiro
80% das águas do rio Xingu serão desviadas
Mais de 20 etnias indígenas desabrigadas
Destruição do único meio de transporte para todas as comunidades
Famílias indígenas obrigadas a abandonar suas terras
«se o Xingu cair não há mas quem salve o Xingu»
Dia 20 de Agosto de 2011
Em defesa dos povos, da floresta e do rios da Amazônia
Ato Mundial Contra Belo Monte"