Por que motivo os livros para colorir hão-de ser apenas para as crianças?!
Três ilustradores portugueses tiveram a excelente iniciativa de criar os «Porno coloring books», "uma viagem ao mundo da pornografia como forma de combater a crise".
Cada um com a sua visão, criam três universos de fantasias para colorir:
Straight Fun - ilustrado por Rita Piri-Piri, "é um surpreendente livro de colorir por números, onde a normalidade cromática dá lugar ao psicadelismo em devaneios heterossexuais".
Only Girls - ilustrado por Candy Candy, "transporta-nos até ao doce mundo do sexo entre mulheres onde a pornografia é tratada com alegria e sensualidade, num ambiente pop".
"Fairy" Tales - ilustrado por Ricky Nacho, "mostra-nos as histórias de sempre, como nunca ninguém as contou, onde o universo homossexual é levado até ao mundo da fantasia".
Os livrinhos, que (se) vêm acompanhados de 12 pequenos lápis de cor (que me fazem lembrar os lápis das minhas t-shirts «faz-me um bico»), custam € 7 cada um e os portes são de € 2,50.
Já tenho estes miminhos na minha colecção, com dedicatórias dos 3 autores:
Comprem, meninas e meninos, comprem!
Vão ver como é divertido dar cor à malandrice.
Podem contactá-los através do blog
pornocoloringbook.blogspot.com
ou da página no facebook:
pornocoloringbook
02 outubro 2012
01 outubro 2012
A Verdadeira Estátua da Liberdade
Esta estátua ainda não existe, pois as mulheres ainda não são livres…
Quando as pessoas despirem os seus preconceitos ergueram a verdadeira estátua da liberdade.
Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/
«respostas a perguntas inexistentes (211)» - bagaço amarelo
Comecei-lhe pelos dedos. Tem piada, sempre que penso numa mulher qualquer, a primeira parte do corpo que me vem à cabeça é a face. Depois podem ser as pernas, os seios, as mãos ou o rabo, mas a primeira é sempre a face. A face é o bilhete de identidade de cada uma delas. Só na Rita é que são sempre os dedos.
Já não a via há anos, mas quando ouvi inesperadamente a voz dela do outro lado do telefone imaginei-lhe imediatamente os dedos, magros e delicados como quando passávamos todos os fins de tarde na esplanada da praia. Era aí, entre algumas cervejas e refrescos, que eles tocavam em tudo como se tudo fosse frágil, e folheavam o jornal como se as suas folhas fossem de gelatina. Líamos os diários praticamente todos e depois ficávamos à conversa até as palavras se cansarem dentro de nós, normalmente já pela noite dentro.
Tinha conhecido a Rita precisamente por causa dum jornal. Num comboio urbano entre Porto e Aveiro onde viajei ao lado dela. Ela dobrou o Diário de Notícias depois de o ler e pousou-o sobre a saia, eu pedi-lho emprestado. Tinha uma notícia sobre o aumento de divórcios em Portugal que eu queria ler e acabámos os dois a falar sobre o tema. Ficámos a saber que éramos os dois recém-divorciados. Ela tinha saído de Braga sem direcção para desanuviar a cabeça (palavras dela), e agora estávamos ali os dois, tão distantes quanto próximos, a esticar o tempo entre os transeuntes apressados na estação de comboio de Aveiro. Foi o primeiro fim de tarde que passámos na praia.
Lembro-me de a achar forte, tão forte que estranhei ela caber dentro daquele corpo tão pequeno. Por outro lado, à medida que me fui apaixonando por ela comecei a perceber que o meu corpo era demasiado grande para a minha fragilidade. Ela queria distância de tudo o que era homem (palavras dela), e eu nem sequer sabia bem o que queria (palavras dela também).
No último dia ninguém leu jornais. Acho que amuámos os dois, ou melhor, amuei eu e ela retribuiu. Tinha passado a tarde entre banhos no mar e pequenos sonos na toalha. Num desses sonos senti os dedos dela a caminharem pelas minhas costas, como os dedos das Páginas Amarelas.
- Tens que perceber uma coisa. Tu estás triste com a tua separação, eu estou zangada com a minha. - disse.
Acho que foi a primeira vez que me ri por esses tempos. Levantei-me para dar um último mergulho e nesse mesmo fim de tarde fui levá-la ao comboio. Foi há quase seis anos e entretanto nunca mais a vi. Hoje telefonou-me e comecei-lhe pelos dedos.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Na fronteira do perigo
Estás ao volante, parado no semáforo, e atravessa a estrada uma mulher vistosa, com tudo aquilo que gostas de apreciar numa mulher, mas atinges o limite da tua visão periférica e estás quase a virar os olhos para dentro mas a pessoa a teu lado, no lugar do pendura, também deu por ela e está a olhar para ti.
E a pessoa ao teu lado é a tua sogra.
E a pessoa ao teu lado é a tua sogra.
30 setembro 2012
«Tight - Bree Olson's all-girl porn star rock band»
«Tight» é uma banda rock feminina composta por estrelas porno.
Página oficial da banda... apertadinha.
Tight TV Series Trailer from Shaun Donnelly on Vimeo.
Página oficial da banda... apertadinha.
Tight TV Series Trailer from Shaun Donnelly on Vimeo.
Escolhi apaixonar-me por ti
À saída da primeira matiné, tropecei nos degraus e antes de aterrar de cu no chão ainda bati com a biqueira dos sapatos nos teus joelhos, desmanchando-te a resma de jornais e revistas que trazias debaixo do braço numas esvoaçantes borboletas que embateram nos vidros da porta do átrio e me serviram de espelho para te adivinhar as formas das nádegas que o casacão escondia. Convidei-te para um café e quiseste também uma água lisa que bebias em golinhos para aclarar a tua voz meiga e modulada como se fosses um locutor de rádio.
Éramos mais dois náufragos da vida da grande cidade e antes da terceira sessão, girámos a bússola para o norte do sexo, esse anti-depressivo militante, trocando o imaginário da tela por travelings das nossas peles e beijos sôfregos em grande plano. Retive a audácia de me deixares sentar sobre o teu peito para cantar ao microfone com aqueles gestos e torções arrebatados enquanto afundavas o nariz num negrume de caracóis.
São apenas retalhos dos sentidos mas antes que a morte ponha uma pedra sobre o assunto e nos redija o epitáfio de que fomos tudo menos aquilo que queríamos fazer, quero afirmar-te que escolhi apaixonar-me por ti e podemos continuar a grunhir ao ritmo do ranger das madeiras e do colchão, a fazer eco da escolha acertada do aproveitamento de cada dia.
Os vários tipos de 69, por Alfredo Moreirinhas
Na minha página no Facebook (que atingiu 400 "gostos"), divulgo o que é publicado aqui e, além disso, eu e outra malta da fundiSão publicamos outras coisas.
A propósito da «taça em bronze com 69 entre duas mulheres» da minha colecção, o Alfredo Moreirinhas esclareceu:
"Esse é que é o verdadeiro 69... porque homem e mulher é: 6-9
E, já agora, "homem" com "homem" é 6=9
Atenção que eu vou registar a patente do 6-9 e do 6=9 ..."
A propósito da «taça em bronze com 69 entre duas mulheres» da minha colecção, o Alfredo Moreirinhas esclareceu:
"Esse é que é o verdadeiro 69... porque homem e mulher é: 6-9
E, já agora, "homem" com "homem" é 6=9
Atenção que eu vou registar a patente do 6-9 e do 6=9 ..."
29 setembro 2012
«pensamentos catatónicos (274)» - bagaço amarelo
Gosto de gostar, passe a redundância. Às vezes é como se a vida, infelizmente, não me desse a possibilidade de gostar de coisas suficientes para ser feliz. Pelo menos é isso que sinto e acho que é essa é a grande arma do facebook: poder gostar de um ror de coisas com um simples click. Abro a página inicial e em dez minutos já gostei mais vezes do que no resto da semana. É uma sensação efémera de prazer, mas ainda assim funciona.
Na verdade, aquilo de que o facebook se apercebeu a tempo é de que todos sofremos um défice no verbo gostar. Por um lado, sentimo-nos permanentemente insatisfeitos com as poucas coisas de que realmente gostamos, por outro, não nos chega a quantidade de vezes de que somos gostados. O facebook tornou o verbo gostar uma questão administrativa. Até podemos estar a mentir, mas fica lá carimbado que gostamos de qualquer coisa.
Não estou a dizer mal do facebook. Hoje, por exemplo, já gostei de uma mão cheia de coisas de que já nem lembro quais foram, tudo para compensar a falta de coisas que tive para gostar de manhã. Soube-me bem gostar delas, assim como me soube bem saber que há mais pessoas que ficaram a saber que eu gostei. Gostei disso, pronto. Às vezes é o que se tem. Mais nada.
O meu telemóvel tocou há bocadinho. Vi um número que não conhecia e demorei a atender. Era uma mulher muito simpática a representar uma rede de supermercados, a propósito duma reclamação que lá deixei a semana passada. Explicou-me o que se tinha passado e acabou por me dizer que espera que eu lá volte. Que gosta muito de me ter como cliente, concluiu.
Lá está o cabrão do verbo gostar, pensei. Serve para tudo e mais alguma coisa. Fiz imediatamente uma chamada, a quem de direito, para lhe dizer que a Amo. Senti-me melhor. Amar é um luxo, gostar pode ser um lixo. E eu gosto de Amar.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Isqueiro com duas mulheres, com malandrice
Isqueiro metálico da marca «Penguin», que comprei para a minha colecção.
Tem em cada face uma mulher. Abrindo a tampa do isqueiro e invertendo-o, numa das faces vê-se a mulher da cintura para baixo, com uma perna dobrada e a tocar-se com a mão na vagina. Na outra face, vê-se a outra mulher de cócoras, da cintura para baixo.
Tem em cada face uma mulher. Abrindo a tampa do isqueiro e invertendo-o, numa das faces vê-se a mulher da cintura para baixo, com uma perna dobrada e a tocar-se com a mão na vagina. Na outra face, vê-se a outra mulher de cócoras, da cintura para baixo.
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