02 outubro 2012

«Porno coloring books» - cada um de nós pode ter um pouco de arTesão

Por que motivo os livros para colorir hão-de ser apenas para as crianças?!
Três ilustradores portugueses tiveram a excelente iniciativa de criar os «Porno coloring books», "uma viagem ao mundo da pornografia como forma de combater a crise".
Cada um com a sua visão, criam três universos de fantasias para colorir:
Straight Fun - ilustrado por Rita Piri-Piri, "é um surpreendente livro de colorir por números, onde a normalidade cromática dá lugar ao psicadelismo em devaneios heterossexuais".
Only Girls - ilustrado por Candy Candy, "transporta-nos até ao doce mundo do sexo entre mulheres onde a pornografia é tratada com alegria e sensualidade, num ambiente pop".
"Fairy" Tales - ilustrado por Ricky Nacho, "mostra-nos as histórias de sempre, como nunca ninguém as contou, onde o universo homossexual é levado até ao mundo da fantasia".

Os livrinhos, que (se) vêm acompanhados de 12 pequenos lápis de cor (que me fazem lembrar os lápis das minhas t-shirts «faz-me um bico»), custam € 7 cada um e os portes são de € 2,50.





Já tenho estes miminhos na minha colecção, com dedicatórias dos 3 autores:




Comprem, meninas e meninos, comprem!
Vão ver como é divertido dar cor à malandrice.
Podem contactá-los através do blog
pornocoloringbook.blogspot.com
ou da página no facebook:
pornocoloringbook

01 outubro 2012

A Verdadeira Estátua da Liberdade


Esta estátua ainda não existe, pois as mulheres ainda não são livres…

Quando as pessoas despirem os seus preconceitos ergueram a verdadeira estátua da liberdade.

Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/


«respostas a perguntas inexistentes (211)» - bagaço amarelo

dedos

Comecei-lhe pelos dedos. Tem piada, sempre que penso numa mulher qualquer, a primeira parte do corpo que me vem à cabeça é a face. Depois podem ser as pernas, os seios, as mãos ou o rabo, mas a primeira é sempre a face. A face é o bilhete de identidade de cada uma delas. Só na Rita é que são sempre os dedos.
Já não a via há anos, mas quando ouvi inesperadamente a voz dela do outro lado do telefone imaginei-lhe imediatamente os dedos, magros e delicados como quando passávamos todos os fins de tarde na esplanada da praia. Era aí, entre algumas cervejas e refrescos, que eles tocavam em tudo como se tudo fosse frágil, e folheavam o jornal como se as suas folhas fossem de gelatina. Líamos os diários praticamente todos e depois ficávamos à conversa até as palavras se cansarem dentro de nós, normalmente já pela noite dentro.
Tinha conhecido a Rita precisamente por causa dum jornal. Num comboio urbano entre Porto e Aveiro onde viajei ao lado dela. Ela dobrou o Diário de Notícias depois de o ler e pousou-o sobre a saia, eu pedi-lho emprestado. Tinha uma notícia sobre o aumento de divórcios em Portugal que eu queria ler e acabámos os dois a falar sobre o tema. Ficámos a saber que éramos os dois recém-divorciados. Ela tinha saído de Braga sem direcção para desanuviar a cabeça (palavras dela), e agora estávamos ali os dois, tão distantes quanto próximos, a esticar o tempo entre os transeuntes apressados na estação de comboio de Aveiro. Foi o primeiro fim de tarde que passámos na praia.
Lembro-me de a achar forte, tão forte que estranhei ela caber dentro daquele corpo tão pequeno. Por outro lado, à medida que me fui apaixonando por ela comecei a perceber que o meu corpo era demasiado grande para a minha fragilidade. Ela queria distância de tudo o que era homem (palavras dela), e eu nem sequer sabia bem o que queria (palavras dela também).
No último dia ninguém leu jornais. Acho que amuámos os dois, ou melhor, amuei eu e ela retribuiu. Tinha passado a tarde entre banhos no mar e pequenos sonos na toalha. Num desses sonos senti os dedos dela a caminharem pelas minhas costas, como os dedos das Páginas Amarelas.

- Tens que perceber uma coisa. Tu estás triste com a tua separação, eu estou zangada com a minha. - disse.

Acho que foi a primeira vez que me ri por esses tempos. Levantei-me para dar um último mergulho e nesse mesmo fim de tarde fui levá-la ao comboio. Foi há quase seis anos e entretanto nunca mais a vi. Hoje telefonou-me e comecei-lhe pelos dedos.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Na fronteira do perigo

Estás ao volante, parado no semáforo, e atravessa a estrada uma mulher vistosa, com tudo aquilo que gostas de apreciar numa mulher, mas atinges o limite da tua visão periférica e estás quase a virar os olhos para dentro mas a pessoa a teu lado, no lugar do pendura, também deu por ela e está a olhar para ti.
E a pessoa ao teu lado é a tua sogra.

Borboletas no estômago

Uma história de amor.



Belíssimo.

Capinaremos.com

30 setembro 2012

«Tight - Bree Olson's all-girl porn star rock band»

«Tight» é uma banda rock feminina composta por estrelas porno.
Página oficial da banda... apertadinha.


Tight TV Series Trailer from Shaun Donnelly on Vimeo.

vamos com calma...


Raim on Facebook

Escolhi apaixonar-me por ti


À saída da primeira matiné, tropecei nos degraus e antes de aterrar de cu no chão ainda bati com a biqueira dos sapatos nos teus joelhos, desmanchando-te a resma de jornais e revistas que trazias debaixo do braço numas esvoaçantes borboletas que embateram nos vidros da porta do átrio e me serviram de espelho para te adivinhar as formas das nádegas que o casacão escondia. Convidei-te para um café e quiseste também uma água lisa que bebias em golinhos para aclarar a tua voz meiga e modulada como se fosses um locutor de rádio.

Éramos mais dois náufragos da vida da grande cidade e antes da terceira sessão, girámos a bússola para o norte do sexo, esse anti-depressivo militante, trocando o imaginário da tela por travelings das nossas peles e beijos sôfregos em grande plano. Retive a audácia de me deixares sentar sobre o teu peito para cantar ao microfone com aqueles gestos e torções arrebatados enquanto afundavas o nariz num negrume de caracóis.

São apenas retalhos dos sentidos mas antes que a morte ponha uma pedra sobre o assunto e nos redija o epitáfio de que fomos tudo menos aquilo que queríamos fazer, quero afirmar-te que escolhi apaixonar-me por ti e podemos continuar a grunhir ao ritmo do ranger das madeiras e do colchão, a fazer eco da escolha acertada do aproveitamento de cada dia.


Os vários tipos de 69, por Alfredo Moreirinhas

Na minha página no Facebook (que atingiu 400 "gostos"), divulgo o que é publicado aqui e, além disso, eu e outra malta da fundiSão publicamos outras coisas.
A propósito da «taça em bronze com 69 entre duas mulheres» da minha colecção, o Alfredo Moreirinhas esclareceu:
"Esse é que é o verdadeiro 69... porque homem e mulher é: 6-9 
E, já agora, "homem" com "homem" é 6=9
Atenção que eu vou registar a patente do 6-9 e do 6=9 ..."

"Querido, eu queria ir às compras..."



Via fecskelaszlo

29 setembro 2012

As duas louras falam de Copa do Mundo, macumba, artesanato e peitos!

«pensamentos catatónicos (274)» - bagaço amarelo

Desde que acordei até à hora do almoço tive um dia mais ou menos cinzento. Andei sozinho pela cidade à procura de nada, a olhar para algumas montras tristes. Acabei por tomar um café sem sabor numa pastelaria da baixa e voltar para casa sem vontade de fazer o almoço. Foi uma manhã sem gosto, pode-se dizer. Não sei porquê.
Gosto de gostar, passe a redundância. Às vezes é como se a vida, infelizmente, não me desse a possibilidade de gostar de coisas suficientes para ser feliz. Pelo menos é isso que sinto e acho que é essa é a grande arma do facebook: poder gostar de um ror de coisas com um simples click. Abro a página inicial e em dez minutos já gostei mais vezes do que no resto da semana. É uma sensação efémera de prazer, mas ainda assim funciona.
Na verdade, aquilo de que o facebook se apercebeu a tempo é de que todos sofremos um défice no verbo gostar. Por um lado, sentimo-nos permanentemente insatisfeitos com as poucas coisas de que realmente gostamos, por outro, não nos chega a quantidade de vezes de que somos gostados. O facebook tornou o verbo gostar uma questão administrativa. Até podemos estar a mentir, mas fica lá carimbado que gostamos de qualquer coisa.
Não estou a dizer mal do facebook. Hoje, por exemplo, já gostei de uma mão cheia de coisas de que já nem lembro quais foram, tudo para compensar a falta de coisas que tive para gostar de manhã. Soube-me bem gostar delas, assim como me soube bem saber que há mais pessoas que ficaram a saber que eu gostei. Gostei disso, pronto. Às vezes é o que se tem. Mais nada.
O meu telemóvel tocou há bocadinho. Vi um número que não conhecia e demorei a atender. Era uma mulher muito simpática a representar uma rede de supermercados, a propósito duma reclamação que lá deixei a semana passada. Explicou-me o que se tinha passado e acabou por me dizer que espera que eu lá volte. Que gosta muito de me ter como cliente, concluiu.
Lá está o cabrão do verbo gostar, pensei. Serve para tudo e mais alguma coisa. Fiz imediatamente uma chamada, a quem de direito, para lhe dizer que a Amo. Senti-me melhor. Amar é um luxo, gostar pode ser um lixo. E eu gosto de Amar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Isqueiro com duas mulheres, com malandrice

Isqueiro metálico da marca «Penguin», que comprei  para a minha colecção.
Tem em cada face uma mulher. Abrindo a tampa do isqueiro e invertendo-o, numa das faces vê-se a mulher da cintura para baixo, com uma perna dobrada e a tocar-se com a mão na vagina. Na outra face, vê-se a outra mulher de cócoras, da cintura para baixo.