02 fevereiro 2013
«conversa 1946» - bagaço amarelo
Eu - Não foi nada difícil. Até sou um nostálgico dos anos oitenta.
Ela - As mulheres dessa geração são muito Marco Paulo...
Eu - São muito Marco Paulo?! Que é isso?
Ela - Pentelheira, homem. Pentelheira...
Eu - Ah! Não, não foi difícil. Não me importo nada com o Marco Paulo...
Ela - Hoje somos todas muito mais Pedro Abrunhosa. É ou não é melhor?
Eu - O melhor é Exploited.
Ela - Exploited?! E isso é o quê?
Eu - Era uma banda punk em que todos tinham uma crista no cabelo, ou seja, um fiozinho.
Ela - És um excêntrico.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Suportes para CDs com perfis de mulheres nuas
Uma das «sexões» da minha colecção é de peças diversas actuais com design erótico.
Estes dois suportes para CDs em plástico, um azul e outro cor de laranja, fazem parte dessa «sexão».
Estes dois suportes para CDs em plástico, um azul e outro cor de laranja, fazem parte dessa «sexão».
01 fevereiro 2013
Homens...
... com mais tarefas domésticas têm menos relações sexuais
... é o que diz o estudo.
Raim on Facebook
O toque
A mão escorregou no lençol e ele tocou-lhe na perna. Por momentos, o silêncio que os abafava pareceu-lhes mais espesso. Quase irrespirável. Não se mexeram.
– Então? – perguntou ela, ao fim de um bocado que lhes pareceu uma legislatura com um governo de coligação.
Ele tirou a mão e perguntou, defensivo: – O quê?
– Podes tocar – disse ela, depois de pensar se ainda valia a pena dizê-lo. – Ou não foi por querer?
– Que te toquei?
– Sim.
Ele voltou a fazer a mão escorregar pelo lençol até lhe tocar na pele nua. – Foi de propósito – mentiu.
– Mas paraste… – “Tal como agora”, pensou ela mas não disse.
– Não sabia se querias – justificou ele, sem mexer a mão.
– Mas agora já sabes que quero – disse ela, evitando cuidadosamente o tom ácido que agora lhe saía sempre que falavam os dois.
– Sim, sei – confirmou ele e fez o indicador circular num limitado espaço da perna dela pois quase não mexeu a mão. Chateava-o que ela pudesse dizer que queria que ele lhe tocasse mas que nada fizesse para que isso acontecesse ou continuasse a acontecer. Ao fim de uns segundos, recolheu a mão.
– É isso tudo? – Se se juntasse água, muita água, e gelo, a voz dela fazia uma limonada perfeita.
– É mais do que tu fizeste. – Agora tinham que dividir a água, muita água, pelos dois, e as limonadas eram absolutamente intragáveis.
– Querias o quê?! – Ela respirou fundo. Ele não disse nada. Ela sentou-se na cama e continuou: – Que eu, derretida pela ponta do teu dedo a tocar-me em cinco centímetros da pele da perna, ficasse louca de paixão e te abocanhasse? Que, levada ao cúmulo, ao expoente da loucura, te fizesse vir na minha boca e depois saísse a correr e fosse escrever o teu nome em toda a parte…
– “Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura. Ora amarga, ora doce. Para nos lembrar que o amor é uma doença.”
– Dessa doença já estou eu curada. – Ela levantou-se da cama. – Tu curaste-me, João. Espero que não definitivamente mas curaste-me.
Ele sentou-se na cama a vê-la sair do quarto. Não se lembrava de nada para dizer.
Ela voltou atrás. Ele permaneceu sentado em silêncio, contrariado por não conseguir responder-lhe. Ela deu a volta à cama, agarrou na sua almofada, no telemóvel que estava em cima da mesa de cabeceira e avisou:
– Vou dormir para a sala. É melhor ligares o despertador que eu não te acordo!
– Definitivamente?
Ela parou na ombreira da porta: – Que não te acordo? – A pergunta dele pareceu-lhe despropositada.
– Não…
Como sempre ele não se mexia e parecia impávido e sereno e isso irritava-a mais do que tudo e não conseguiu esperar pela explicação: – Que vou dormir para a sala?
– Não, estava a pensar no teu “não definitivamente”; que eu te curei mas “não definitivamente”.
– Ah!... E?... Não percebeste, foi?
– É dúbio.
– Tu é que és dúbio! – Ela olhou para a almofada que tinha na mão direita e voltou a olhar para ele: – Eu espero voltar a amar ponto final – e virou costas ao quarto. Deu dois passos e pensou que ele era burro e que amanhã ia perguntar-lhe o mesmo e, então, sem parar de andar, disse mais alto: – Mas não a ti.
Ele encolheu os ombros, puxou a sua almofada para o meio da cama e deitou-se. “Tudo isto porque lhe toquei. Que pouca sorte…”
O que é mais obsceno: sexo ou guerra?
Cena do filme O Povo Contra Larry Flynt (1996):
Obscenatório
http://obscenatorio.blogspot.com.br/
A Principezinha!
Teces uma malha cinzenta e opaca
sobre as lágrimas agora embalsamadas...
São duas lentes com que olho o mundo velado,
sem nuvens, sem azul, sem pulsação...
Hastes que me aprisionam o rosto tolhido em pó,
escondido nesta almofada invisível,
clausura de vidro... e uma folha branca.
Desenho um novo planeta pleno de sorrisos,
cardumes em rios critalinos,
florestas sem cinzas ou túmulos humanos.
E escondo-me nessa linha de grafite,
tão fina como a teia que se esconde nos meus cabelos...
Viúva negra caminhas sobre os meus braços,
deténs-te no pescoço delgado!
Vampira que me crava as mandíbulas...
Arqueio sobre a lama quente,
destilo-me sobre a terra embebida em sémen
e ressuscito noutro corpo.
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Lua Cósmica
http://luacosmica.blogspot.pt
31 janeiro 2013
Fala
Heinz Brandenburg |
falar do falo
é uma fácil falácia
do príapo é mais própria
a prosápia
quanto ao caralho
não é pau de carvalho
mas engrossa a piça
o chouriço enchoiriça
e a piça incha e estica
mas o tesão
não se compra nem se vende
a cona destes versos
é que o fode!
in Sim… Sim! Poemas Eróticos, de E.M. de Melo e Castro, Vega Editora, 2000
blog A Pérola
«Toucinho-do-céu» - Patife
Patife
Blog «fode, fode, patife»
Amanhã ainda mais
Amas de facto se no sulco de cada nova ruga que lhe encontrares redescobrires a paixão pela pessoa com quem irás envelhecer essa certeza.
«SEX» - por Luis Quiles
"El sexo es uno de los temas a de los que mas recurro para expresar ideas o sensaciones, sobre todo porque aunque parezca mentira mucha gente aún se escandaliza por ver pollas y vaginas :s"
Luis Quiles
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