Fico surpreendida quando constato que ainda há mulheres que não sabem que a vagina é servida por uma quantidade substancial de músculos que, se treinados, podem transformar uma noite em mil, mais aquela em que é conveniente despachar o parceiro.
É evidente que treinar a vagina exige, sobretudo no início, concentração, persistência, algum esforço e sobretudo um homem pacífico, colaborador, resistente, jovem e seguro, controlado, tranquilo ou virgem – os virgens não sabem se o que estamos a fazer é o que imaginam ser o habitual. Em alternativa, não é de todo afastada a possibilidade de os amarrarmos à cama de modo a que não consigam mexer um pêlo, esteja ele onde estiver.
Convém, para início do processo, enfiarmos na vagina, até à base, o pénis colocado estrategicamente por baixo de nós. Pode causar algum incómodo, depressa esquecido, porque estamos atentas ao movimento seguinte. Nada que não se possa atirar para trás.
É necessário fazer descer todos os nossos sentidos para a massa rija, cilíndrica, que nos ocupa a vagina. Procuremos apertar o pénis encravado, até lhe sentir o pulsar da glande. Se o conseguirmos, com mais um pequeno esforço faremos com que a vagina se aperceba do formato daquilo que a preenche. O arredondado da glande, o sulco, a pulsante massa dos corpos cavernosos, as veias e as artérias que nos escaldam as paredes do sexo.
É evidente que o processo é moroso, mas indiquei já as características da cobaia.
Para iniciação creio que por agora basta. Quando perceberem que tiveram sucesso neste primeiro passo, podem desatar a gemer, a gritar e a bradar por todas as divindades que conheçam, porque merecem ser muito bem recompensadas.
Passaremos à segunda lição, quando me aprouver e considerar que o tempo empregue neste primeiro exercício já foi o suficiente e já surtiu os efeitos desejados.
Camille