28 abril 2013

Cozinha crua


Cooking in the Raw (Tea) S02 Ep04 HD Preview from NudeMuse on Vimeo.

«Fazer amor dentro de água» - por Rui Felício


Hoje de manhã a maré estava baixa, como eu gosto.
É quando, durante umas horas, o mar nos revela parte dos segredos de uma vida esfusiante que se abriga nas rochas, onde a erosão milenar foi escavando túneis e grutas que protegem os seres marinhos dos seus predadores.
Serpenteando, a água límpida, num ondular repetitivo, mas nunca repetido, vai banhando as rochas descobertas, as algas, os musgos, os ouriços, os moluscos, os pequenos peixes, até os insectos.
A mim, acariciava-me as pernas meio submersas, intrusas…
Involuntariamente, fixo o meu olhar num casal, mais à frente, recoberto pela água, entregue à loucura de um apertado abraço.
Bolhas de ar subiam velozes, desfazendo-se em espuma à tona de água, como capitoso champanhe.
Presenciar a beleza de um acto de amor, em invulgar ambiente aquático, afastou os pruridos que a razão me aconselhava. Foi mais forte do que eu, invadir a privacidade daqueles jovens…
A refractária ondulação permitia-me adivinhar, mais do que realmente ver, deformadas, as imagens dos braços enleados, das pernas entrelaçadas, das bocas coladas, dos corpos fundidos num só.
Num frenesim!
Uma e outra vez a água revolteava-se quando os corpos daqueles jovens surgiam à tona, já indiferentes aos olhares estranhos, perto do êxtase.
Subitamente, a calmaria…
Ainda os vi, de braços enlaçados, deslizarem suavemente, lado a lado, afastando-se, saciados, em direcção a uma rocha mais longínqua.
Amanhã vou estar de novo naquela praia. Gostava de poder agradecer àqueles dois jovens polvos, por me terem mostrado a beleza do amor dentro de água…

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Quinta-feira




Quinta-feira é noite de ir às putas desde que a carta de condução lhe deu acesso àquela estrada que elas enchem de cor e alegria e muito brilho. É um dia mais sossegado que os de fim de semana e ninguém desconfia ou pelo menos a sua mãe que nem nota que o seu menino mais novo já tem uns cabelos grisalhos e tal como as crianças julgam que os seus pais não têm sexo é sabido que as mães pensam o mesmo dos filhos à sua guarda.

Na timidez da primeira vez num sábado de sol a pino as raparigas cercaram-no de atenções como uma travessa de salgadinhos cheirosos por acabarem de sair da frigideira a piscarem-lhe o olho para uma trincadela até que uma mais ousada esticou uma mão toda no seu sexo e massajou-lhe umas sensações inauditas como se o quisesse a ele para uma abébia ganhando a decisão imediata de a seguir. Usava chinelas verdes de salto alto a conferir-lhe uma bambolear sensual das nádegas em cada passada e quando atirou com a blusa e a saia ostentando uns bicos espetados e muito castanhos e um triângulo de pêlo fofinho como o da gata lá de casa o ceguinho ergueu-se logo como se os testículos fossem saltos altos. Nas flexões que se seguiram até lhe escorrer o desejo as chinelas brilhavam no verde da relva no encadeamento da cara dela que avisou prontamente não poder beijar sendo desde aí fácil a contabilidade de uma vida de muito esperma derramado e nem um linguado para amostra.

Quando chega o verão nem a condução o distrai da curvatura de umas pernas a chinelar desde o saliente calcanhar até ao ressalto do rabo e se o zingarelho começa a espreguiçar-se encosta logo à berma que é um cidadão cumpridor.

«Wippen» de Ineke Goes


WIPPEN from Ineke Goes on Vimeo.

27 abril 2013

Preservativo origami vs. preservativo tradicional

Os benefícios da «Camisinha Origami»


ORIGAMI vs. Latex Condom from ORIGAMI Condoms on Vimeo.

«conversa 1966» - bagaço amarelo

Ela - O meu marido, cada vez que vê um homem muito simpático, pensa logo que é um gay a tentar engatá-lo.
Eu - Isso é preconceito a mais. Ainda pensa que eu ando a tentar engatar-te a ti, só porque sou simpático contigo.
Ela - Não, isso não é um problema. Ele diz que tu és dos gajos mais antipáticos que já conheceu.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Esferográfica do faraó com dupla personalidade

De frente, tem uma coisa descomunal a sair do meio das pernas. De costas, o faraó tem uma coisa descomunal a entrar-lhe pelo rabiosque acima.
A partir de agora, faz parte da «sexão - objectos que não era suposto serem eróticos» da minha colecção.
Gentilmente oferecido pela gerência do restaurante chinês Panda, na estrada de Eiras, que recomendo.


Um sábado qualquer... - «Namoro»



Um sábado qualquer...

26 abril 2013

Homens sensíveis, é melhor não verem este video com uma mulher e uma banana!

Prostituição - a minha história (X)

Des)Articulada

Tudo isto são poemas que eu não consegui rimar
e quando as palavras se conseguem revoltar
puxam-me e atam-me e matam-me e levam-me,
marioneta esticada por cada ponta,
como um brinquedo que se desmonta.

De expressão pintada, não pode fechar
os olhos e assim a boneca dorme
quando se deita e quando se levanta
sem nunca perceber quando está a sonhar.
Tudo isto são poemas que eu não consegui rimar.

Verão de 1997... (...) Mais uns dias e cheguei àquela fase do mês. Aquela fase na qual me foi explicado que deveria comprar uma esponja na farmácia. Ri-me para dentro, entre o divertida e o desconcertada com a ideia, não estava preparada para isso mas também não queria que me julgassem - ainda mais - tonta. Nesse dia, nem fui nem disse nada, quase nem me mexi, vagueei, quase incrédula, pelo que estava a acontecer, o dinheiro estava ali, portanto não estive a sonhar, toquei no meu corpo para sentir que me pertencia, juntar espectadora e personagem principal, foi um "tique" que mantenho até hoje quando me sinto perder-me fora de mim e me apetece voltar, quando me apetece voltar, o conforto desta divisão em duas é sedutor e torna quem o possui mais inconsequente, menos sujeito a si próprio, menos à deriva das emoções. Só telefonei passados três dias, aleguei problemas ginecológicos, cada dia estava mais próxima de mim e mais longe daquilo, já não sabia se queria voltar mas também não queria fechar a porta. Passaram-se cerca de três semanas, todos os dias pensava naquilo mas o rumo do pensamento foi mudando conforme o dinheiro foi diminuindo, quando fazia contas ao que se tinha passado, tive alguns momentos mais pesados mas outros em que nenhuma dificuldade tive, quando fazia contas ao dinheiro a balança tocava no chão, e eis-me à porta, com a mesma estranheza inicial, como se fosse a primeira vez mas soubesse o que se passa ali porque li num livro, a minha vontade refém daquele Mundo do fantástico e do dinheiro, eu prisioneira de mim. (Continua)

Indefesa

Ele pegou no roupão de banho, tirou o cinto e com ele amarrou-me suavemente as mãos. Depois foi a vez dela. Com outro cinto, prendeu-me os pés. E eu aqui estou na cama, nua, atada e indefesa. Ao meu lado, também ela está nua. Vejo-a subir os joelhos e afastar ligeiramente as pernas. Apenas o suficiente para poder encaixar a cabeça dele. Ele é um “gourmet”, gosta de saborear vulvas devagar. Pelos gemidos dela consigo imaginar o que ele está agora a fazer. Já senti muitas vezes a língua dele no meu interior e sei quão ágil pode ser. Olho para o sexo dele. Nota-se bem, pelo volume, que o que a língua faz nela também transmite efeito no corpo dele. Neste momento, apetecia-me tocar-lhe com as mãos, com a boca, fazê-lo contorcer-se como ele está a fazer a ela. Apetecia-me gritar tão alto quanto possível como ela agora, naquele misto de face de dor e prazer que sempre me fascinou nela. Mas eles não quiseram que eu participasse no jogo dos dois, por crueldade. Ataram-me para não lhes tocar.  Não sabem (ou talvez saibam) que neste momento tenho ainda mais prazer do que eles. O prazer da antecipação, aquele que eu sinto neste momento  enquanto aguardo por eles, é só meu. Saber que daqui a pouco tenho os dois só para mim deixa-me à beira do orgasmo.  É egoísmo da minha parte, eu sei. Mas eles  merecem o meu egoísmo, os deliciosos cuéis.

Conto de fadas