"Acabei de receber esta mensagem e lembrei-me da Funda São.
Aqui está o verdadeiro significado da expressão «passar pelas brasas».
Forte abraço
Rui Farinha"
14 junho 2013
13 junho 2013
«Lufoda de ar fresco» - Patife
Patife
Blog «fode, fode, patife»
Onan ou a arte da masturbação (II)
Os movimentos descritos em Onan (I) devem ser preocupação constante do homem que deseja usufruir de todas as potencialidades que a masturbação lhe oferece. Não são apenas práticas de transição, a abandonar logo que lhe seja dada oportunidade. São, pelo contrário, excelentes métodos de controlo e, embora no início o recurso à imaginação, povoando o espaço de corpos femininos, seja permitido, o tempo e a constância vão tornar este expediente desnecessário. Ficará apenas a consciência do próprio corpo.
Neste segundo passo, tens de reproduzir o que já aprendeste.
As gotas espessas de lubrificante que te sai da glande e que espalhas com a palma da mão, devem agora servir para humedeceres o corpo do pénis. Se for insuficiente, a saliva acrescentada pode suprir esta lacuna ou um lubrificante que compras em qualquer farmácia ou loja da especialidade. Os tímidos e mais acanhados, podem usar uma pérola de creme, uma das menos espessas e densas, mais diluídas e menos viscosas, porque “há sempre um motivo para usares "NIVEA".
Sem exerceres força, faz deslizar os dedos que abraçam levemente o pénis rumo à sua base. Procura que no movimento ascendente cobrir toda a glande. Tens de retardar a vontade de exercer pressão ou de acelerar este mover demoníaco. Sê lento, suave, quase angélico de tão ameno.
Vai parando. Larga o pénis quando sentires que o desejo é insuportável. Procura o anûs e acaricia-o, rodando os dedos cremosos. Vais paulatinamente tentar enfiar um deles (o da aliança é o mais divertido) no ânus já bem lubrificado. Não forces. Basta que entres muito pouco. Sentirás um desconforto no início. Não te amedrontes, todos sentem. Com subtis oscilações do dedo verás que te habituas bem depressa. O anûs é um poço escuro de prazer contido.
Volta aos testículos. Sente-lhes a sutura, a pele enrijecida. O volume e a redondez. Baloiça-os com a palma da mão, como se estivesses a apreciar um fruto. Pesa-os, sente-lhes o volume e a rugosidade. Agora, enrola os dedos no corpo do pénis e repete os movimentos que te acabo de ensinar. Não cubras a glande, passa por ela, deixa que a tua mão quase escapar, deixa que a glande sinta o deslizar dos dedos, a palma da mão que foge do incêndio.
Mantém este mover durante largo tempo. Não te impeças de gemer de prazer de forma audível. A audição é tremendamente afrodisíaca.
Após largos, longos, compassados e lentos minutos gastos na tarefa que te dou, subitamente acelera o movimento. Esgaça o pénis com força. Sê bruto quatro, cinco, seis ou sete vezes e, de repente, larga tudo. Não faças nada durante um curto tempo. Sente apenas o desespero de quem quer mais e mais, mas se controla.
Repete depois o que já sabes.
Não provoques o orgasmo. Não ejacules. Ainda é cedo e tens muito mais para aprender.
Por agora basta. Levanta-te.
O resto do dia mergulhará em sexo. Vais sentir desconforto nos testículos, uma espécie de dor que sabe bem. Terás todos os sentidos despertos, sentirás que vais escaldar quem te tocar e esperarás por mim, para te salvar deste fervilhante Satanás.
Camille
12 junho 2013
«Areia» - João
"E assim, de repente, não sentes nada. É falso. Porque não tens interruptores. Mas ficas sem nada. Nada aqui. Nada ali. Nada em lado algum. É o preço que pagas por ir fundo. Por ir longe. É o arremesso, que como fisga te tira o recheio e te deixa casca. O sorriso dos dias dá lugar à penumbra. Não sentes tristeza nem felicidade, ficas um ser amorfo, vagueando pelo tempo à espera de um dia voltar a sentir as picadas dos alfinetes, de um dia voltares a sentir dôr, de um dia voltares a sentir qualquer coisa que se pareça minimamente com amor.
A emoção deixou-te. O brilho abandonou-te. O calor das mãos fugiu-te. Foram-se os talentos, as graças, e as vaidades. Respiras porque é automático, porque não precisas querer para o fazer, porque o corpo se mantém vivo em alma morta. O teu olhar ficou dormente. E assim, de repente, não sentes nada. Só o negro do vazio. Só o Sol a esconder-se no horizonte, e a noite sozinha a cair. Sobre as paisagens, sobre as pessoas, sobre ti. Ficaste sem voz. Ficaste sem escrita. Ficaste sem sangue acelerado por coração vivo. Cada um sabe de si, e tu nem de ti sabes. No caminho de seres Homem fizeste-te ao deserto, e agora o deserto está em ti com toda a sua extensão, sem oásis, só areia. Grossa. Desgastante. Pesada."
João
Geografia das Curvas
A emoção deixou-te. O brilho abandonou-te. O calor das mãos fugiu-te. Foram-se os talentos, as graças, e as vaidades. Respiras porque é automático, porque não precisas querer para o fazer, porque o corpo se mantém vivo em alma morta. O teu olhar ficou dormente. E assim, de repente, não sentes nada. Só o negro do vazio. Só o Sol a esconder-se no horizonte, e a noite sozinha a cair. Sobre as paisagens, sobre as pessoas, sobre ti. Ficaste sem voz. Ficaste sem escrita. Ficaste sem sangue acelerado por coração vivo. Cada um sabe de si, e tu nem de ti sabes. No caminho de seres Homem fizeste-te ao deserto, e agora o deserto está em ti com toda a sua extensão, sem oásis, só areia. Grossa. Desgastante. Pesada."
João
Geografia das Curvas
«meia hora de vida» - bagaço amarelo
Eu andava de mochila às costas há algumas semanas pela Europa e, para ser sincero, com um aspecto já bastante sujo e descuidado. Numa rua qualquer ela veio falar comigo e avisou-me que não devia continuar naquela direcção por causa dum grupo de extrema direita que estava uns metros à frente. Não gostavam muito de estrangeiros e podiam tornar-se agressivos. No princípio fiquei um bocado assustado e perguntei-lhe por onde é que devia seguir, pois nem sequer fazia a mínima ideia onde estava, e ela acabou por me convidar para beber uma cerveja num sítio seguro.
- I'm Vienna! - Disse ela.
- Are you Vienna or do you live in Vienna? - perguntei.
- No, no... my name is Vienna. - sorri.
E foi assim que começou a nossa conversa. Ela era loira, tão loira e tão bem vestida quanto uma actriz de cinema consegue ser. Bastante bonita e energética. Não demorou muito a perceber que eu estava praticamente sem dinheiro e que andava a pé porque um bilhete de metro custava, já naquele ano de mil novecentos e noventa e cinco, o equivalente a seiscentos escudos. Uma brutalidade, portanto. Disse-lhe que ia apanhar um comboio às seis da manhã para Praga e, por isso, nem sequer ia dormir em lado nenhum, o que era verdade. Pagou-me duas cervejas que custaram também um balúrdio e convidou-me para uma festa na casa dela nessa mesma noite.Assim, poderia sair da festa e ir directamente para a estação de comboios.
Aceitei um papelinho com uma morada escrita à mão, pensando que nunca na vida a iria procurar, e por isso despedi-me dela com um "see you!" acreditando que, na verdade, nunca mais a veria. À noite, no entanto, e porque a solidão começou a pesar, acabei por ir dar à casa dela depois de ter conseguido comprar uma garrafa de vinho português num supermercado. Assim que entrei, perguntei por ela, pois foi um desconhecido que abriu a porta e eu não sabia mais o que dizer. Um homem alto e muito magro mandou-me entrar, ofereceu-me uma cerveja, fez-me algumas perguntas por causa da garrafa que eu lhe entreguei e apresentou-me algumas pessoas. Ele, pelos vistos, também não conhecia todos os presentes. A Vienna, entretanto, tinha ido a um sítio qualquer e não ainda não tinha chegado.
Acabei por me sentar numa cadeira que tinha outra igualzinha mesmo ao lado, onde acabei por ficar quase uma hora. A cadeira ao lado da minha estava livre e, por isso, de vez em quando alguém se sentava ali e começava a falar comigo sem mais nem menos. Alguns, que não sabiam que eu era português, falavam em alemão, ao que eu respondia sempre da mesma forma, dizendo em inglês que não estava a perceber.
Durante esse tempo reparei numa mulher que, por qualquer motivo, me interessou bastante. Não é que fosse especialmente bonita (a Vienna, por exemplo, era muito mais atraente). Foi qualquer coisa daquelas que não conseguimos explicar, mas que faz com que de repente não pensemos em mais nada senão em conhecer aquela pessoa. Como quase todos os presentes estavam a rodar pela cadeira junto à minha, decidi ficar ali sentado à espera que chegasse a vez dela. Dessa forma poderia meter conversa discretamente, com o álibi de quem nem sequer tinha sido eu a ir ter com ela.
Pois bem... acho que ela foi das únicas que não se sentou ao meu lado. Na verdade, nem sequer olhou para mim durante todo esse tempo. Comecei, de certa forma, a ficar angustiado. Como tinha que ir embora, sabia que o tempo para a conhecer estava a passar e era limitado, como se de uma ampulheta se tratasse. Quando a Vienna chegou, finalmente, percebi que elas eram uma espécie de melhores amigas. Só nesse momento é que a conheci, pois foi-me apresentada. Chamava-se Lena e era portuguesa. Pelos vistos, a Vienna tinha-me dito que tinha uma grande amiga portuguesa mas eu, distraído como sou, nem sequer tinha ouvido.
Nesse momento, e porque entretanto já tinha bebido algumas cervejas, expliquei-lhe que tinha estado a noite toda à espera que se sentasse ao meu lado, só para a poder cumprimentar. Ela, não gostando muito do rumo da conversa, afastou-se. Lembro-me que fiquei desiludido e com uma pequena dor de barriga.
Eram cerca das cinco da manhã quando peguei na mochila para me ir embora e comecei a despedir-me dos poucos que ainda estavam presentes. A Lena era uma delas e ficou surpreendida. Expliquei-lhe que tinha um encontro em Praga nessa mesma tarde e tinha que mesmo que ir. Ela, para minha surpresa, ofereceu-se para me acompanhar à estação e foi assim que tive, muito provavelmente, umas das melhores meias horas da minha vida.
Nessa meia hora de vida apaixonei-me totalmente e, antes de entrar para o comboio, procurei-lhe no fundo dos olhos aquela sensação que tinha encontrado nas suas palavras: a de que valia a pena eu mudar de planos por uma incerteza. Tive dúvidas, para ser sincero. Trocámos contactos, um beijo tímido nos lábios e eu despedi-me. Nunca mais a vi.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Uma coisa não leva à outra
Quando, no primeiro encontro, ela me impediu de beijar-lhe a nuca por picar com a barba deduzi que iria entender a erecção como uma ameaça.
11 junho 2013
Eva portuguesa - «Obrigada»
Obrigada por marcarem e não aparecerem, fazendo-me perder dinheiro e tirando a vez a quem queira realmente estar comigo.
Obrigada por assim me prejudicarem, fazendo-me perder tempo, trabalho, sustento e a boa disposição.
Obrigada aos que se dão ao trabalho de ligar só para serem ofensivos, ordinários e nojentos.
Obrigada aos que ligam só para gozar comigo.
Obrigada aos que desligam sem aviso nem educação.
Obrigada aos que nem bom dia nem boa tarde dizem.
Obrigada aos que estão constantemente a dar toques, deixando-me assim cansada e impaciente.
Obrigada por existirem, pois assim posso melhor valorizar aqueles que realmente merecem.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Obrigada por assim me prejudicarem, fazendo-me perder tempo, trabalho, sustento e a boa disposição.
Obrigada aos que se dão ao trabalho de ligar só para serem ofensivos, ordinários e nojentos.
Obrigada aos que ligam só para gozar comigo.
Obrigada aos que desligam sem aviso nem educação.
Obrigada aos que nem bom dia nem boa tarde dizem.
Obrigada aos que estão constantemente a dar toques, deixando-me assim cansada e impaciente.
Obrigada por existirem, pois assim posso melhor valorizar aqueles que realmente merecem.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Subscrever:
Mensagens (Atom)