15 junho 2013
«conversa 1987» - bagaço amarelo
Eu - Deves ter tido razão. Por acaso sempre te achei simpática.
Ela - Normalmente sou simpática, sim. Não tenho outro remédio.
Eu - Não tens outro remédio?!
Ela - Não, porque não sou assim muito bonita. Se fosse uma mulher daquelas mesmo muito bonitas, já podia ser uma cabra com toda a gente.
Eu - Ia dizer-te que te acho bonita, mas de repente achei melhor ficar calado.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
14 junho 2013
Postalinho de Verão
"Acabei de receber esta mensagem e lembrei-me da Funda São.
Aqui está o verdadeiro significado da expressão «passar pelas brasas».
Forte abraço
Rui Farinha"
Aqui está o verdadeiro significado da expressão «passar pelas brasas».
Forte abraço
Rui Farinha"
13 junho 2013
«Lufoda de ar fresco» - Patife
Patife
Blog «fode, fode, patife»
Onan ou a arte da masturbação (II)
Os movimentos descritos em Onan (I) devem ser preocupação constante do homem que deseja usufruir de todas as potencialidades que a masturbação lhe oferece. Não são apenas práticas de transição, a abandonar logo que lhe seja dada oportunidade. São, pelo contrário, excelentes métodos de controlo e, embora no início o recurso à imaginação, povoando o espaço de corpos femininos, seja permitido, o tempo e a constância vão tornar este expediente desnecessário. Ficará apenas a consciência do próprio corpo.
Neste segundo passo, tens de reproduzir o que já aprendeste.
As gotas espessas de lubrificante que te sai da glande e que espalhas com a palma da mão, devem agora servir para humedeceres o corpo do pénis. Se for insuficiente, a saliva acrescentada pode suprir esta lacuna ou um lubrificante que compras em qualquer farmácia ou loja da especialidade. Os tímidos e mais acanhados, podem usar uma pérola de creme, uma das menos espessas e densas, mais diluídas e menos viscosas, porque “há sempre um motivo para usares "NIVEA".
Sem exerceres força, faz deslizar os dedos que abraçam levemente o pénis rumo à sua base. Procura que no movimento ascendente cobrir toda a glande. Tens de retardar a vontade de exercer pressão ou de acelerar este mover demoníaco. Sê lento, suave, quase angélico de tão ameno.
Vai parando. Larga o pénis quando sentires que o desejo é insuportável. Procura o anûs e acaricia-o, rodando os dedos cremosos. Vais paulatinamente tentar enfiar um deles (o da aliança é o mais divertido) no ânus já bem lubrificado. Não forces. Basta que entres muito pouco. Sentirás um desconforto no início. Não te amedrontes, todos sentem. Com subtis oscilações do dedo verás que te habituas bem depressa. O anûs é um poço escuro de prazer contido.
Volta aos testículos. Sente-lhes a sutura, a pele enrijecida. O volume e a redondez. Baloiça-os com a palma da mão, como se estivesses a apreciar um fruto. Pesa-os, sente-lhes o volume e a rugosidade. Agora, enrola os dedos no corpo do pénis e repete os movimentos que te acabo de ensinar. Não cubras a glande, passa por ela, deixa que a tua mão quase escapar, deixa que a glande sinta o deslizar dos dedos, a palma da mão que foge do incêndio.
Mantém este mover durante largo tempo. Não te impeças de gemer de prazer de forma audível. A audição é tremendamente afrodisíaca.
Após largos, longos, compassados e lentos minutos gastos na tarefa que te dou, subitamente acelera o movimento. Esgaça o pénis com força. Sê bruto quatro, cinco, seis ou sete vezes e, de repente, larga tudo. Não faças nada durante um curto tempo. Sente apenas o desespero de quem quer mais e mais, mas se controla.
Repete depois o que já sabes.
Não provoques o orgasmo. Não ejacules. Ainda é cedo e tens muito mais para aprender.
Por agora basta. Levanta-te.
O resto do dia mergulhará em sexo. Vais sentir desconforto nos testículos, uma espécie de dor que sabe bem. Terás todos os sentidos despertos, sentirás que vais escaldar quem te tocar e esperarás por mim, para te salvar deste fervilhante Satanás.
Camille
12 junho 2013
«Areia» - João
"E assim, de repente, não sentes nada. É falso. Porque não tens interruptores. Mas ficas sem nada. Nada aqui. Nada ali. Nada em lado algum. É o preço que pagas por ir fundo. Por ir longe. É o arremesso, que como fisga te tira o recheio e te deixa casca. O sorriso dos dias dá lugar à penumbra. Não sentes tristeza nem felicidade, ficas um ser amorfo, vagueando pelo tempo à espera de um dia voltar a sentir as picadas dos alfinetes, de um dia voltares a sentir dôr, de um dia voltares a sentir qualquer coisa que se pareça minimamente com amor.
A emoção deixou-te. O brilho abandonou-te. O calor das mãos fugiu-te. Foram-se os talentos, as graças, e as vaidades. Respiras porque é automático, porque não precisas querer para o fazer, porque o corpo se mantém vivo em alma morta. O teu olhar ficou dormente. E assim, de repente, não sentes nada. Só o negro do vazio. Só o Sol a esconder-se no horizonte, e a noite sozinha a cair. Sobre as paisagens, sobre as pessoas, sobre ti. Ficaste sem voz. Ficaste sem escrita. Ficaste sem sangue acelerado por coração vivo. Cada um sabe de si, e tu nem de ti sabes. No caminho de seres Homem fizeste-te ao deserto, e agora o deserto está em ti com toda a sua extensão, sem oásis, só areia. Grossa. Desgastante. Pesada."
João
Geografia das Curvas
A emoção deixou-te. O brilho abandonou-te. O calor das mãos fugiu-te. Foram-se os talentos, as graças, e as vaidades. Respiras porque é automático, porque não precisas querer para o fazer, porque o corpo se mantém vivo em alma morta. O teu olhar ficou dormente. E assim, de repente, não sentes nada. Só o negro do vazio. Só o Sol a esconder-se no horizonte, e a noite sozinha a cair. Sobre as paisagens, sobre as pessoas, sobre ti. Ficaste sem voz. Ficaste sem escrita. Ficaste sem sangue acelerado por coração vivo. Cada um sabe de si, e tu nem de ti sabes. No caminho de seres Homem fizeste-te ao deserto, e agora o deserto está em ti com toda a sua extensão, sem oásis, só areia. Grossa. Desgastante. Pesada."
João
Geografia das Curvas
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