07 julho 2013

Além mar

(Foto © J.P. Sousa, 2005, Ousadia)

O mar vivo na ponta de Sagres não dava para andar ali à vela mas que lhe importava isso agora que conhecera aquele pescador de Lagos, com o rosto tisnado pelo sol mas senhor de uma pele jovem e macia pela qual a sua língua aguava.

Aqueles glúteos eram o império que atraía e que era forçoso agarrar com ambas as mãos, espalmando-as para puxar à sua face o padrão das descobertas e dar azo ao prazer do céu da boca. E quando lhe sentia o corpo a ajoelhá-lo no chão e a empurrar-lhe as nádegas com as coxas em vagas altaneiras, toda a linha do horizonte se tornava uma praia paradisíaca.

Mais a mais que desde que contratara a bom preço escudeiros e homens de várias nações para irem rentinhos à costa à cata do Preste João das Índias, que bem lhe tinham ficado de emenda os balanços e os vómitos da vez que foi a Ceuta e depois a Tânger, tinha todo o tempo do mundo para conviver com os rapazes algarvios que eram todos bem apessoados e seguros e despachados no manejo dos mastros, como se fossem espadas como na tropa.

Não fosse estarem sempre a chamá-lo à corte para o retrato de família e seria senhor absoluto da sua vida como num castelo onde todos se prestavam a servi-lo com delícias. Embora tivesse de convir que aquele chapeirão de abas largas com aquela enorme e voluptuosa fita pendurada lhe dava um ar de verdadeiro conquistador, habituado ao exotismo e calores medievais das praças marroquinas.


Mais feministas...


Via Meus Nervos!

06 julho 2013

«Make Up Your Mind»


Make Up Your Mind from Steven Whore on Vimeo.

«conversa 1998» - bagaço amarelo

Ela - Olhas para as tuas mãos...
Eu - O que é que têm?
Ela - Estão secas. Será que nunca pões um creme nessa pele?
Eu - Não, nunca ponho.
Ela - Estás a gozar!
Eu - Não estou nada.
Ela - Nunca puseste um creme nas mãos?
Eu - Não.
Ela - Então como é que fazes para as hidratar?
Eu - Bebo coisas. Água, cerveja, vinho, leite, uísque...
Ela - Está explicado porque é que é tão mais fácil ser homem...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Poster do filme «Celles qu'on n'a pas eues»

Um mimo de cartaz de cinema francês, de 1981: «Celles qu'on n'a pas eues» (aquelas que nós não tivemos), de Pascal Thomas.
A partir de agora, esta na minha colecção.

Homens, mulheres, e decotes


Via Testosterona

04 julho 2013

Cuca mini - «Tarraxinha»

«Papo de peida» - Patife

Foi no final de um jantar com pessoas da classe alta que, após uns valentes copos de um maravilhoso vinho tinto, usei a expressão “peida”. A incómoda pausa que se sucedeu foi indicativa de que eu, tal como o Pacheco tantas vezes o faz, tinha ido longe demais. Mas confesso que não percebi o constrangimento. Não estava a falar de uma peida qualquer. Se estivesse a falar de uma peida descaída, cheia de pêlos, mal amanhada e com uma disseminação de celulite a tentar recriar um queijo suíço, até percebia. Mas sou um cavalheiro e não ia introduzir uma peida qualquer num jantar da primeira divisão da classe social. Dado o silêncio cortante achei que devia explicar isto. É que eu referia-me a uma peida de contornos perfeitos e não a um pacote com potencial para tirar o apetite de vosselências. Falava de um daqueles papos de peida que passados dois anos os dedos ainda ficariam erectos só pelo leve mencionar de tal pandeireta que, um dia, profanaram à bruta. E, gajo sabido, ainda me precavi explicando que não foi por qualquer fixação anal. Que não sou um fetichista da bilha. Foi mesmo por despeito, pois só reparei no papo de peida da moça depois de lhe ter tentado desonrar a senisga. E digo desonrar porque pelo aspecto devia ser considerada uma chona santa devido à falta de uso. Não tivesse ela uma bichana tão abandonada às traças e muito provavelmente nem teria reparado na bufa. É que até cheirava a mofo. Com isto lembrei-me da casa da minha tia avó e daí a imaginar um naperon a tapar-lhe a pachacha foi um tirinho, o que acabou por praticamente me obrigar a virar para a peida.

Patife
Blog «fode, fode, patife»