19 setembro 2013

«contra a parede» - pequeno filme animado de adams carvalho


contra a parede from adams carvalho on Vimeo.

Suporte de telemóvel

Mulher de pernas dobradas, apenas com luvas e collants.
Suporte de telemóvel que faz parte da minha colecção.


Colecção digitalizada de revistas porno portuguesas

Um visito da minha página no Facebook disponibilizou-me a sua (enorme) colecção de revistas pornográficas portuguesas (a mítica Gina, Tânia, Weekend Sex, Darling Sex, Sex Strip e outras) em formato digital (pdf), o que tem a vantagem de as páginas não se colarem.
E, como ele é vosso amiguinho, deixa-me partilhar convosco a pasta onde estão essas revistas digitalizadas:

Revistas porno portuguesas

Aproveitem que o link não vai estar disponível eternamente...
[actualização] não esteve mesmo muito tempo disponível: "Esta é uma notificação automática do Dropbox para informar que seus links públicos foram temporariamente suspensos por gerar tráfego excessivo". Esta malta, quando afunda, é danada

Assim não se perdem chaves

Crica para veres toda a história
Puxadores de portas em latão


1 página

18 setembro 2013

«Vens buscar-me?» - João

"Havia um socalco relvado e um murete branco, e uma paisagem desimpedida sobre uma parte da cidade ribeirinha, com o Sol de uma tarde ainda de Inverno a fazer brilhar a ondulação das águas doces a misturar-se com as salgadas. Tu estavas sentada em frente, e eu de lado, virado para ti.
– Quero tanto ficar contigo. Deixas?
– Deixo. Claro que deixo, também quero muito – retorqui, enquanto me aproximava do teu ombro, pousando nele a cabeça e segurando as tuas mãos. E prossegui – respeitar-me-ias se fizesse algo diferente?
– Como? Diferente como?
– Respeitar-me-ias, como homem, se fizesse algo diferente do que vou fazer?
Veio o silencio, alguns segundos apenas, e logo depois:
– Mas vens buscar-me? Espero por ti?
– Espera.
– E vens mesmo buscar-me?
– Vais querer? Vais querer que te procure? Como saberei se ainda me queres?
– Se me prometeres que me vens buscar, eu faço-te saber.
– Sim amor. Vou buscar-te – e depois, falando-lhe ao ouvido, enquanto a apertava nos meus braços, disse – estejas onde estiveres, sabes que te quero, e eu sei que me queres – e em voz alta, completei – e quando te for buscar, vou agarrar-te tanto, tanto. E vou perder as minhas mãos no teu cabelo, e vou cheirar-te como um perfume raro, e vou olhar tanto, mas tanto esses teus olhos… – e então as lágrimas pesadas e grossas escorriam do teu rosto, e eu inquietei-me, sofri calado, e tu de novo – quero tanto ficar contigo, e isto é tão pouco – e olhavas para outro lado, não me encaravas, e eu apertei-te de novo contra mim e disse-te:
– Não te percas, não me percas. Não me esqueças, amor. Eu vou-te buscar."

João
Geografia das Curvas

Nó cego

No meu sonho estás amarrada e nos teus olhos não leio qualquer vontade de fugir.

«pensamentos catatónicos (297)» - bagaço amarelo

Hoje, não por acaso

Hoje, não por acaso, lembrei-me dela. Nunca percebi se a Amei sem me apaixonar ou se me apaixonei sem a Amar. Só percebi o meu corpo clandestino, como um fugitivo sem papeis, a querer esconder-se no dela. Assim, sem cartão de cidadão nem passaporte, e ela a deixar sabendo que era ilegal.
Hoje, não por acaso, lembrei-me duma bebedeira de batidos de fruta mais uma guitarra com cinco cordas, um tapete na parede com dois cavalos e um rádio fanhoso a tentar captar a nossa atenção. Depois ela, e eu sem perceber se era a sorte ou o azar que me tinha levado até ali, àquela doce e terminável fonte de prazer.

- E agora? - perguntei

Hoje, não por acaso, lembrei-me do dedo indicador da mão direita dela a trancar-me suavemente os lábios, e os dela a dizerem shhhhhhhhh!, como se o silêncio fosse a única razão para estarmos ali fechados em nós mesmos, por uma só vez.
Hoje, não por acaso, lembrei-me de a ter levado ao autocarro, numa linha qualquer que ligava a rotunda da Boavista à cidade da Maia, e de eu ter ficado ali horas depois de lhe dizer adeus, acreditando que se ali ficasse talvez a tornasse a ver. E a cidade disse shhhhhhhh!
Hoje, não por acaso, lembrei-me que o Amor tem esta mania estúpida de, mais tarde ou mais cedo, nos vir dizer que não é bem assim. Que estávamos enganados e nos devemos sentir gratos por isso. E eu aqui, a concordar com ele, que me sinto grato por ter existido e por me lembrar dele. Hoje, não por acaso.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Fazer um minete de silêncio» - o Amigo de Alex


Montagem d'O Amigo de Alex