08 novembro 2013
Silvia Saint
Era uma criança rosada, de formas cheias, saudáveis, responsável por inesperadas aparições de tranças e tótós trigueiros na cozinha da avó, entre as giestas em flor do recreio na escola, ou no meio dos acólitos que apoiavam a liturgia da missa. Pequena aplicada, a sua disciplina favorita era o Meio Físico e Social, o seu passatempo o desenho com lápis de cera e nunca se furtava a cantilenas, sobretudo em tempo de janeiras, com o fito posto naquela rara malguinha de vinho quente com açúcar e canela. Esses, foram os dias de uma infância fantasiando com a pastelaria do porvir, onde pontificariam fortes em pastel, templos gregos de capitéis jónicos em chocolate branco, castelos bávaros com torres de caramelo ambarino.
Não suspeitava que anos depois seria ela mesma fonte de fantasia para milhões de pessoas, e que a sua padaria serviria de forno a múltiplos, grossíssimos cacetes.
Sempre que alguém conjecturar diante de vós sobre o futuro dos seus petizes, meditai nestas palavras.
Não suspeitava que anos depois seria ela mesma fonte de fantasia para milhões de pessoas, e que a sua padaria serviria de forno a múltiplos, grossíssimos cacetes.
Sempre que alguém conjecturar diante de vós sobre o futuro dos seus petizes, meditai nestas palavras.
É D'ArTesão
Ontem voltei a tentar fazer o amor.
Não sei se foi por ter usado plasticina, mas não ficou nada parecido.
Não sei se foi por ter usado plasticina, mas não ficou nada parecido.
«Os acrobatas» - Jaroslav Štika
Jaroslav Štika (1906-1940) - antiga Checoslováquia (actual República Checa)
Via my friend Bernard Perroud
07 novembro 2013
«La Pudicizia (a Modéstia)» - Antonio Corradini, 1751 - Cappella Sansevero - Museu de Nápoles
Desconhecia esta estátua mas o José Carlos Igreja apresentou-ma na minha página do Facebook (que já tem 1.100 gostos).
O seu autor é Antonio Corradini (1668-1752) e ficou conhecido principalmente pelas suas mulheres com véus, como é o caso desta «La Pudicizia», exposta na Cappella Sansevero, em Nápoles:
O seu autor é Antonio Corradini (1668-1752) e ficou conhecido principalmente pelas suas mulheres com véus, como é o caso desta «La Pudicizia», exposta na Cappella Sansevero, em Nápoles:
O coelho punk e o sapo aflito
Esta estatueta, com 45 centímetros de altura, fazia parte de um dos expositores do 1º Salão Erótico de Lisboa, realizado em 2005.
Quando a comprei, na minha visita ao SIEL, disse-me o vendedor:
- Leva a peça mais fotografada deste Salão.
Do primeiro Salão Erótico (que na altura baptizei de ExpoFoda) não tenho imagens. Mas do segundo há uma página de parceria com o Pedro Laranjeira e reportagens feitas pelo Luis Graça para a funda São.
Quando a comprei, na minha visita ao SIEL, disse-me o vendedor:
- Leva a peça mais fotografada deste Salão.
Do primeiro Salão Erótico (que na altura baptizei de ExpoFoda) não tenho imagens. Mas do segundo há uma página de parceria com o Pedro Laranjeira e reportagens feitas pelo Luis Graça para a funda São.
«As artes circenses do chupanço» - Patife
Patife
Blog «fode, fode, patife»
06 novembro 2013
«Tonight we Tanqueray» - João
"Há coisas que se desenvolvem com a idade. As nossas papilas gustativas crescem (envelhecem) connosco e descobrimos sabores que talvez não nos fossem agradáveis a princípio. É natural que estejam a pensar nisso. Eu também. O gosto por uma boa vulva pode não estar lá no começo, mas depois de se aprender a degustar tão delicioso fruto, quando o fruto é bom, dispõe sempre bem, deixa-nos a alma tranquila, e há algo de mágico nisso. Mas este apontamento breve é sobre Gin. O que não tem mal algum, porque não são coisas incompatíveis. Há vários anos atrás a ideia arrepiar-me-ia porquanto, por um lado, não sou apreciador de bebidas destiladas puras, e, por outro, o sabor da água tónica nem sempre me cativou. Mas hoje, confesso, sou adepto incondicional. E gosto particularmente do Tanqueray. Sei que não é o Gin, e que possivelmente não reúne a horda de seguidores confessos do Plymouth, mas para mim, para as minhas papilas, cai sempre bem, e deixa-me mais feliz do que o omnipresente Gordon’s.
Para mim, beber um GT é qualquer coisa próxima de um ritual. E o que me agrada nos rituais é, muitas vezes, o que se subentende. E nesse tanto, para além do sabor, adoro a mensagem com que promovem o Tanqueray: Tonight we Tanqueray. É uma mensagem malandra. O gajo (ou gaja) que pensou na frase Tonight we Tanqueray estava provavelmente a pensar, ao mesmo tempo, em coisas como “Tonight we fuck”, “Tonight you’ll fuck me hard”, ou qualquer coisa nessa linha. Em português também funciona. Esta noite parto-te toda. Ou tu a mim, para não ser sempre o mesmo a partir. Esta noite agarro-te por trás. Esta noite vens-te comigo. Esta noite agarro-te pelos tomates. Esta noite faço-te um bico. Esta noite… Dá para tudo. Não me canso disto. E não consigo olhar para o raio da garrafa sem sorrir, de forma mais ou menos expressiva, porque penso sempre, sempre, nisto."
João
Geografia das Curvas
Para mim, beber um GT é qualquer coisa próxima de um ritual. E o que me agrada nos rituais é, muitas vezes, o que se subentende. E nesse tanto, para além do sabor, adoro a mensagem com que promovem o Tanqueray: Tonight we Tanqueray. É uma mensagem malandra. O gajo (ou gaja) que pensou na frase Tonight we Tanqueray estava provavelmente a pensar, ao mesmo tempo, em coisas como “Tonight we fuck”, “Tonight you’ll fuck me hard”, ou qualquer coisa nessa linha. Em português também funciona. Esta noite parto-te toda. Ou tu a mim, para não ser sempre o mesmo a partir. Esta noite agarro-te por trás. Esta noite vens-te comigo. Esta noite agarro-te pelos tomates. Esta noite faço-te um bico. Esta noite… Dá para tudo. Não me canso disto. E não consigo olhar para o raio da garrafa sem sorrir, de forma mais ou menos expressiva, porque penso sempre, sempre, nisto."
João
Geografia das Curvas
Um a um, com pinça
Qualquer apoiante deste Governo deve proceder à depilação das partes como forma de dispensar os excedentes na função púbica.
«pensamentos catatónicos (301)» - bagaço amarelo
Não foi neste país que eu nasci. Na verdade, já nem sei onde é que está esse país em que eu nasci, mas um dia destes saio daqui e vou procurá-lo noutro sítio qualquer. Talvez o encontre, talvez não, mas sei que está exactamente onde as pessoas acordam umas ao lado das outras todas as manhãs porque gostam uma da outra. Só por isso, não por outro motivo qualquer.
O Amor não é um contrato, nem sequer uma promessa. É cada suspiro que damos quando estamos afastados de quem Amamos, cada gota de suor que partilhamos. No final é cada dia que passa. Não cada ano financeiro. Mais um bocadinho e os contabilistas começam a ter uma alínea orçamental para o Amor. Este ano podemos Amar-nos até duzentos e cinquenta euros. Depois disso acabou porque temos que comer qualquer coisa. Nada mau.
Um país é tanto pior quanto o número de ombros que se encolhem para não enfrentar a vida, e Portugal é um país de ombros encolhidos perante tudo e mais alguma coisa. Encolhemo-nos agora perante a evidência que, depois de perder tudo, perdemos também a capacidade de Amar..
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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