01 dezembro 2013

Bem passado s.f.f.





O Senhor Doutor bem sabe que eu demorei anos a ensinar ao orgasmo o caminho do clítoris para a vagina. Uma canseira de concentração e um gigantesco gastar de palavras para convencer os jovenzinhos dessa época que eles tinham feito tudo bem que caramba, eu não estava ali para traumatizar ninguém e era apenas eu que só ia lá de língua. A mesma língua gratificante que me uniu ao holandês que gritava muitos vivas ao Benfica por na sua terra tal expressão se referir à actividade física que mais gostava de praticar.

Tomei o desembaraço como lema e quem não tem cão, caça com gato que não vem daí mal ao mundo e por isso me recordo bastas vezes daquele meu apaixonado que nunca me viu o rosto e porém as suas mãos liam-me melhor o corpo mesmo por entre bátegas de suor usando-as tão constantemente em todos os meus pontos que era um ver se te avias nos múltiplos.

E agora voltei a si, Senhor Doutor, por causa do motoqueiro. Desde o início que eram grandes corridas de velocidade que as rapidinhas entre uma coisa que se apanha do chão e o caixote ou enquanto se espalha a base frente ao espelho da casa de banho têm a graça do desejo incontrolável sobretudo, nas situações mais improváveis. Após o acidente ficámos ensimesmados com a perspectiva de encostarmos o corpinho às boxes mas passados que estão uns meses ele já fica sentado como se a cadeira fosse um cavalo de raça e com a maravilha dos comprimidinhos azuis ergue-se num trote por mim adentro certinho que nem um fuso e o carrocel só pára quando eu tombo de cansaço no seu ombro petiscando-lhe o pescoço com beijinhos. Porque a carne bem passada até faz melhor à saúde, não é Senhor Doutor?...

Arroz em boa forma


Heavy metal


Objetos (espaço dedicado aos nossos amigos diários)

30 novembro 2013

Gobbledigook - Sigur Rós

«Mulheres fodilhonas» - João

"Por intermédio de um conhecido, cheguei à leitura de um artigo sobre um livro em que se afirma que as mulheres gostam tanto de sexo quanto os homens, e que, em rigor, gostam muito de foder. Não vejo aí nada de espectacular, nada que deva admirar um homem (que se considere) bem informado. O que esse texto me fez pensar, e merecer esta breve nota, é que os homens continuam assustados com as mulheres que gostam de foder. A mulher não tem sequer período refractário, pode foder até ficar dorida, até ficar em carne viva. Não precisa parar entre orgasmos. E creio que isso nos assusta. A nossa sociedade desenvolveu-se sobre uma mulher sexualmente amorfa, cujo desejo é limitado e orientado apenas para o companheiro. A mulher em que fomos ensinados a acreditar não tem fantasias, não tem desejos descontrolados de se vir como se não houvesse amanhã. Isso é obviamente mentira. Se somos feitos da mesma matéria, diferenças óbvias à parte, se nós gostamos de foder, as mulheres também.

Talvez o homem se assuste com a mulher fodilhona porque, sem período refractário e capaz de foder até não poder mais, pode saltar não de nenúfar em nenúfar mas sim de pénis em pénis. Temos medo de ficar para trás. No fundinho da nossa mente está o receio de não ter pedalada, de não ter pénis que chegue para manter feliz a fêmea que nos fode. Ora, homens, não é isso. Temos de ter muito mais trabalho, sim. Mas isso não se mede no tamanho do pénis, na grossura, ou nas horas consecutivas durante as quais conseguimos manter uma erecção firme. Acredito muito (mas muito) que é mais importante fugir ao eterno frango assado – nada de mal nele, mas não sempre! -, aceitar que o desejo não tem hora nem local certos, que há muito sítio para foder, muita loucura para viver, e que isso exige libertar o cérebro. O corpo vai atrás. O momento em que não temos medo de uma mulher que quer foder, é o momento em que fodemos à altura dela."

João
Geografia das Curvas

Mais uma peça para a sexão «o que não era suposto ser erótico» da minha colecção

Sino em faiança com um galo de Barcelos e a palavra "Portugal".
A pega é... fálica, Noé?



"Algo me faz pensar que..."



Via
Dançando sem Cesar

28 novembro 2013

«American Pie» - cena das tentativas de Jim para comer a Nadia

Duas estatuetas eróticas da Índia

Estatuetas em madeira com dois casalinhos que... se amam... e vieram da Índia para a minha colecção.
O primeiro casal, com a senhora a pôr o dedo na língua:




O segundo casal, numa posição acrobática (para não dizer impossível):