21 dezembro 2013
«Máquinas que enganam» - João
"Caminhos, amor. São caminhos. Olha as cascas que se soltam de mim. Já nem cabelo tenho, foi-se todo, e a barba que me cobre começa a ser branca. Olha os pés, que se picam nas pedras angulosas. São máquinas, amor. Torcem, contorcem, esticam e comprimem. São cabos, é aço, é arame farpado. Olha o meu relógio, doce. Os ponteiros são corações com arritmia. Como extrassístoles do tempo. Joelhos. Esfolados. Olha as minhas mãos. As minhas mãos amor. Segura-me a cabeça e deixa-me tombar devagarinho. Dá-me mimo. Endireita-me o mundo, coloca-me o Norte no Norte, acerta-me o compasso, esbofeteia-me até voltar à vida, abana-me. Arranha-me à procura de dôr, de sangue. Senta-te em mim e deixa cair os cabelos no peito, faz-me cócegas, respira junto a mim. Não desistas de mim. Não antes de todos os outros. Uma linha recta é só isso, não estou morto, são máquinas que enganam. Não deixes que te puxem para fora de mim. Deixa-te estar sentada ao meu colo. A aquecer-me. Esfrega-me as mãos amor. Aquece-mas. Beija-mas e encosta-as à tua face. Não deixes que me levem."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
20 dezembro 2013
O milhór broshe da minhia vida, um broshe eculójicu
... logu entrou-me açim uns
calores perque çe á coiza quéu tenhu medu é de ratus, e ishto pra nam falare em
ratas…ui ui ui ui. Mash cum dildu infiadu no trazeiru e a
bocâ sheia de carne, á lá coiza milhor pra uma melhér bisha paçar uma nôte beim
paçada?...
O milhor broshe da minha vida, melhéres, çe é cu
um broshe podi çer milhor du coutro, fôi na minhia nova discuberta da vida há
nôite.
Melhéres, Badajós!
Uma çidade çeim peruconseitos e açim, quinté paresse cajenta ta´numa daquelash çidades onde as melhéres bishas andóm há vontadi, comu per izemples Nova Iorqui, ou Londris ou na Califórmia. Hihihiiii melhéres, queu éi çó chegare há feronteira e cumesso logu a cantare “ efe iu come tu sam fransiqu, bi shudu uére a felóuer êne iór hér..” …Nam çei çé açim cu çe canta a muziqa mash nam fash mal melhéres, o cuma melhér pressiza ei de çe çentire felish e açim, e asdepios us Ispanhóis nam çam açim nada bonsh a línguash, çalvo çeija, melhéres, cu çobre línguash a jente vai conversar de çeguida, já, jazinho hihihhi.
Aí falámus tantu melhéres, ele nu çeu setaque istranjeiro i éu a crere imitare o çéu Ispanholi, e discobri quele hera eculojista….Uma çurpreza melhéres, perqueu disse-le quera tameim eculojista e coizo e diçe-le pormenores, mazele isplicou-me ca eculojia nam é a jente handare na rua a fasere de lojinha a vemder o pacoti, mash çim aqueli coizo na natureza e açim e a poluição e mais nam çei o quéim, ca converça ficôu um becado aburreçida, mas asdespois paçou logu quele comessou a aprofumdar pró broshe eculójico.
Diçe-me eli açim: - Nelo, yo hago parte del Greenpeace y me gustan las cosas al natural.
Ai melhéres, Rispondi-le logu: -Carinhio, ió nó agu parti dela Grinpiça, peru mi suona goçtóça, eça cósa dé piça e açi, i çé tu hiéris déça cósa, ió tambieni quierio çieri.
E açim foi. Melhéres, nu apartemento dele bezentou os nóços curpinhus com aseite virjeim çalvo çeija e ai, logu aí a jenti lambeu-çe todas umas hás ôtras quei uma coiza cu dá uma tuza…. Xi……melhéres…
Mas nam! Nam avia porblemas. O méu home era ispiçtacular perque fôi bushcar uma coiza cas lambisgoitas aviam de uzar mais e açim, : um dildu!
Mash nam hera um dildu deças cu vossezes tam há pinçar.
Nam çenhor, o méu home hera eculójicu: a açim u dildu hera um belu pupino, ca medida çerta, lizinho e goshtozo.
E fôi açim u milhor broshe da minhia vida.
Ai melhéres: co o dildu infiadu no trazeiru e a bocâ sheia de carne, á lá coiza milhor pra uma melhér bisha paçar uma nôte beim paçada?
Olheim, melhéres, çe les diçer cu asdespois fômus cumere uma çalada çó de vardura e açim: alefasse, agriãus, rudelas de senoura, becadinhus de seboila e açim, tudu regadu co um belu aseite. Ai melhéres, ca vontade cu me deu fôi de faser-le ali mejmo um ôtro broshe, mejmo mejmo eim peleno ristórante e açim. Mazólheim. Fôi logu de seguida.
Neim shigámos ao apartemento, fôi mejmo nu carru dele, melhéres, e deshta vesh com iogurete tudu naturale e açim. Ai ai,, Cuma melhér neim çabe çé lête da piça, çé o lête du pacote, ai ai hhihihhi ehihihiiii, ai ai cu belu trucadilhu melhéres hihihi cu çou uma pueta hihihhi……
Melhéres, dispois deshta isperiênsia tôu au vóço dispor pra les oferecer um broshe eculójico. Çó fis duash veses, mash póço deser cu tôu já um verdadêru ispiçalishta.
Çe quizereim ispirimentare, melhéres? Mi liguim hihihihihi .
discobri quele hera eculojista da Grinpiça |
Uma çidade çeim peruconseitos e açim, quinté paresse cajenta ta´numa daquelash çidades onde as melhéres bishas andóm há vontadi, comu per izemples Nova Iorqui, ou Londris ou na Califórmia. Hihihiiii melhéres, queu éi çó chegare há feronteira e cumesso logu a cantare “ efe iu come tu sam fransiqu, bi shudu uére a felóuer êne iór hér..” …Nam çei çé açim cu çe canta a muziqa mash nam fash mal melhéres, o cuma melhér pressiza ei de çe çentire felish e açim, e asdepios us Ispanhóis nam çam açim nada bonsh a línguash, çalvo çeija, melhéres, cu çobre línguash a jente vai conversar de çeguida, já, jazinho hihihhi.
Beim… çobre o ingate, a coiza fôi cuase há intrada
do Bare Guei; riparei no mossôilo, lindu e altu e açim, us olhus muinto clarus,
quinté pençei cu fôsseim lentis de comtacto
e devu confeçar cu me çenti um becadinhu injevosa e açim perque asho caquelas lentis nu meu ôlhu éi cu
ficavóm beim. Hihihiiii já tou a vere vossezes harmadus em marotus, co eça coiza du ôlhu e açim
hihihiiiii mash tenhóm calma melhéres cu já la vamus.
Ai ai, mas fofos,
puzos olhus nas bolas do rapash,
livantei u olhare pra çima e us nóços olharis...., melhéres..., num mumento de
majia, crusaram-çe eim sheio e fôi logu
tiru e queca, ai… melhéres, digu queda,
mash nu fim, vai a dare no mejmo hihihihihi- ( aiai quéu çou terríveim). Aprezentei-me: - Melhéri, ió mi iamu Nelo, i ushtéi? Comu çe iama? Quiéries tumar iuna cópa ?Aí falámus tantu melhéres, ele nu çeu setaque istranjeiro i éu a crere imitare o çéu Ispanholi, e discobri quele hera eculojista….Uma çurpreza melhéres, perqueu disse-le quera tameim eculojista e coizo e diçe-le pormenores, mazele isplicou-me ca eculojia nam é a jente handare na rua a fasere de lojinha a vemder o pacoti, mash çim aqueli coizo na natureza e açim e a poluição e mais nam çei o quéim, ca converça ficôu um becado aburreçida, mas asdespois paçou logu quele comessou a aprofumdar pró broshe eculójico.
Diçe-me eli açim: - Nelo, yo hago parte del Greenpeace y me gustan las cosas al natural.
Ai melhéres, Rispondi-le logu: -Carinhio, ió nó agu parti dela Grinpiça, peru mi suona goçtóça, eça cósa dé piça e açi, i çé tu hiéris déça cósa, ió tambieni quierio çieri.
E açim foi. Melhéres, nu apartemento dele bezentou os nóços curpinhus com aseite virjeim çalvo çeija e ai, logu aí a jenti lambeu-çe todas umas hás ôtras quei uma coiza cu dá uma tuza…. Xi……melhéres…
Olheim fofos, melhéres, ai cum broshe a um home
todu bezuntadu e iscorregadiu e açim, aiaiai melhéres…. Cu coiza tam bôa… xi…
us tomatinhos todus brilhantes e a piça de ingual modu, e a minhia mãu a mecher
eim tudu com eshta arte cu Deush me déu… E fôi cuando ia a abucanhar a pessa,
digu a piça quele me disse: “Nelo, carinho, aguarda um ratito.”
Melhéres, logu logu entrou-me açim uns
calores perque çe á coiza quéu tenhu medu é de ratus, e ishto pra nam falare em
ratas…ui ui ui ui.Mas nam! Nam avia porblemas. O méu home era ispiçtacular perque fôi bushcar uma coiza cas lambisgoitas aviam de uzar mais e açim, : um dildu!
Mash nam hera um dildu deças cu vossezes tam há pinçar.
Nam çenhor, o méu home hera eculójicu: a açim u dildu hera um belu pupino, ca medida çerta, lizinho e goshtozo.
Shupa! Shupa Nelo, antis cu çe apague hihihi |
Ai melhéres: co o dildu infiadu no trazeiru e a bocâ sheia de carne, á lá coiza milhor pra uma melhér bisha paçar uma nôte beim paçada?
Olheim, melhéres, çe les diçer cu asdespois fômus cumere uma çalada çó de vardura e açim: alefasse, agriãus, rudelas de senoura, becadinhus de seboila e açim, tudu regadu co um belu aseite. Ai melhéres, ca vontade cu me deu fôi de faser-le ali mejmo um ôtro broshe, mejmo mejmo eim peleno ristórante e açim. Mazólheim. Fôi logu de seguida.
Neim shigámos ao apartemento, fôi mejmo nu carru dele, melhéres, e deshta vesh com iogurete tudu naturale e açim. Ai ai,, Cuma melhér neim çabe çé lête da piça, çé o lête du pacote, ai ai hhihihhi ehihihiiii, ai ai cu belu trucadilhu melhéres hihihi cu çou uma pueta hihihhi……
Melhéres, dispois deshta isperiênsia tôu au vóço dispor pra les oferecer um broshe eculójico. Çó fis duash veses, mash póço deser cu tôu já um verdadêru ispiçalishta.
Çe quizereim ispirimentare, melhéres? Mi liguim hihihihihi .
19 dezembro 2013
18 dezembro 2013
«Mente porca» - João
"Não sou puritano. Os meus neurónios deliciam-se com erotismo e sensualidade, e, não raras vezes, mesmo com pornografia. As coisas que eu imagino cá dentro não são para cabeças sensíveis. Tenho o que podem chamar mente porca, perversa, twisted mind, o que quiserem. Mas, na verdade, a ser alguma coisa, esta mente, creio que não será “porca”, na medida em que tenho requinte naquilo que imagino, sexualmente. E, no mais, tenho grande facilidade em transportar quase tudo (nunca tudo, há limites) para o domínio do sexo, mesmo as coisas mais inocentes.
Quando me dizem que tenho uma mente porca, talvez estejam a ver a coisa ao contrário. Talvez isto revele, apenas, que enquanto todos os outros se dão ao trabalho de fugir à verdade, eu aceito, sem combater, que na vida vai tudo dar ao mesmo. Ao sexo. Entre aqueles que teriam gostado de me conhecer, conto Kinsey, Masters, Johnson e Freud. Não tivemos tempo. E haverá muitos mais, eu é que sou limitado no conhecimento."
João
Geografia das Curvas
Quando me dizem que tenho uma mente porca, talvez estejam a ver a coisa ao contrário. Talvez isto revele, apenas, que enquanto todos os outros se dão ao trabalho de fugir à verdade, eu aceito, sem combater, que na vida vai tudo dar ao mesmo. Ao sexo. Entre aqueles que teriam gostado de me conhecer, conto Kinsey, Masters, Johnson e Freud. Não tivemos tempo. E haverá muitos mais, eu é que sou limitado no conhecimento."
João
Geografia das Curvas
«pensamentos catatónicos (299)» - bagaço amarelo
Do outro lado, na mesa à minha direita, um homem começou a levantar a voz à companheira. Não num tom violento, mas numa tentativa óbvia de a anular. Percebi que a conversa vinha já da noite anterior e se baseava toda na futilidade dela como companheira de vida dele. O Amor deve ser útil? - Perguntei-me. Restava-lhes uma ar desconsolado para duas chávenas de café nervosas e tristes.
- Nunca dizes nada de jeito! - repetia ele.
Ela nada dizia.
O Amor é antidemocrático, eu sei. Pior ainda, é um golpe de Estado e uma usurpação do nosso trono. O poder do povo termina no momento exacto em que se apaixona. Compreendo bem a coisa. A sério que sim. O que não aceito é esta mania de viver em casamentos cansados e violentos. As revoluções nunca fizeram mal a ninguém. Muito menos ao Amor.
O casal de idosos levantou-se e saiu. Fiquei a vê-los pelo canto do olho. Deram as mãos e desapareceram lentamente na primeira curva levando com eles o seu silêncio único. Ao meu lado direito a discussão agravou-se. Ela decidiu responder. Talvez as palavras não se esgotem sempre, mas era bom que às vezes o fizessem. Pelo menos foi o que pensei.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Que tal um Cinemotel?
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Só não confunda pipoca com piroca. Ou confunda!
Obscenatório
obscenatorio.blogspot.com
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