09 fevereiro 2014
A colecção já pode adoecer pois tem curador!
Ontem, o futuro curador (não gosto do nome para a função de coordenador... parece que é quem cura presuntos ou queijos... mas chamemos-lhe assim) da exposição da colecção na Pensão Amor, visitou e conheceu ao vivo a colecção de arte erótica «a funda São». Numa tarde de conversa à medida que íamos vendo as peças, finalizada por um brinde com uma ginjinha de Alcobaça que é um mimo, ficou evidente para mim que o Dr. Paulo Mendes Pinto é a pessoa indicada para "tomar conta" da minha colecção na Pensão Amor.
Quanto à previsão de abertura, como o espaço definitivo precisa de obras, estamos a preparar um aperitivo da exposição, num espaço disponível da Pensão Amor e que esperamos poder ter pronto antes do Verão.
Estou toda molhadinha...
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Quanto à previsão de abertura, como o espaço definitivo precisa de obras, estamos a preparar um aperitivo da exposição, num espaço disponível da Pensão Amor e que esperamos poder ter pronto antes do Verão.
Estou toda molhadinha...
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| O Dr. Paulo Mendes Pinto e o Farol do Zé Penicheiro (fotomontagem - adoro fotomontar - de uma imagem amavelmente gamada à revista Sábado) |
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Orelhas quentes
Àquela hora da manhã não sei que raio de impulso de nossa senhora dos aflitos me deu para largar a bica e me levantar a interpor-me entre o murro certeiro do grandalhão e a cara dele. Talvez a quase certeza de que os homens não batem a uma mulher a não ser no recato doméstico sem audiências mas adiante.
Ele agradeceu-me polidamente com um novo café e fiz das tripas coração para não lhe berrar que a mim gajo nenhum paga coisa alguma. E ele lá foi abrindo as suas asas de deputado desterrado para a capital e circundado de gente por todos os lados, com propostas de acção, de negócio e de troca de favores a abarrotar-lhe os dias. Nem lhe faltava sexo mesmo que depois lhe pedissem um emprego melhor para si ou alguém da família ou um jeitinho para despachar uma licença na câmara daquele gajo que ele até conhecia. Tanto mais que choviam gajas a colarem-se com o corpinho todo pelo prazer de depois passearem o seu estatuto pelo braço. Às vezes até gastava umas notas valentes com meninas de preço tabelado só para escolher à sua maneira o que pagava.
Recolhi os instintos de o despir e de lhe apaziguar as mágoas com muita transpiração numa confusão de sexos na boca e mãos cravadas em nádegas e até da magia de fazer crescer uma pila dentro de mim em toques sincronizados e espasmódicos de vagina porque ele não precisava de uma foda mas de um par de orelhas amorosas que lhe espantasse a solidão dos dias.
Ele agradeceu-me polidamente com um novo café e fiz das tripas coração para não lhe berrar que a mim gajo nenhum paga coisa alguma. E ele lá foi abrindo as suas asas de deputado desterrado para a capital e circundado de gente por todos os lados, com propostas de acção, de negócio e de troca de favores a abarrotar-lhe os dias. Nem lhe faltava sexo mesmo que depois lhe pedissem um emprego melhor para si ou alguém da família ou um jeitinho para despachar uma licença na câmara daquele gajo que ele até conhecia. Tanto mais que choviam gajas a colarem-se com o corpinho todo pelo prazer de depois passearem o seu estatuto pelo braço. Às vezes até gastava umas notas valentes com meninas de preço tabelado só para escolher à sua maneira o que pagava.
Recolhi os instintos de o despir e de lhe apaziguar as mágoas com muita transpiração numa confusão de sexos na boca e mãos cravadas em nádegas e até da magia de fazer crescer uma pila dentro de mim em toques sincronizados e espasmódicos de vagina porque ele não precisava de uma foda mas de um par de orelhas amorosas que lhe espantasse a solidão dos dias.
«União perfeita» - por Rui Felício
Ao principio, ela só parecia ter um defeito.
Tinha medo do escuro, só se sentia calma e descontraída quando a luz incidia no seu corpo esbelto e atraente.
Nos primeiros dias tive dificuldade em adaptar-me, porque na intimidade do nosso quarto eu gostava mais da cálida modorra da escuridão.
Para a satisfazer, contudo, comprei um candeeiro de luz mortiça que fica aceso toda a noite do lado dela e concluí que afinal aquele seu hábito, em vez de defeito, era uma virtude.
Fez-me descobrir o prazer de admirar as sombras desenhadas pela luz, que marcavam e delineavam os seus contornos apetecíveis em mil nuances que a escuridão só permitia ao tacto, nunca ao olhar.
Ela adora sentir o meu respirar junto do corpo, e eu recebo o dela na minha pele, como um bálsamo viciante, provocador, numa permuta contínua, sincopada, quase perpétua que se alimenta uma da outra, mantendo-nos unidos, à vezes insaciáveis, aumentando as sensações num ritmo crescente dos eflúvios e do sangue, em direcção ao cume da vida, ponto de encontro único dos amantes que os deuses marcaram como o clímax incontrolável do prazer.
Pergunto-me como demorei tantos anos a descobrir que a união perfeita é afinal bem mais simples do que parece.
Basta que saibamos dar a quem amamos o que temos para dar e receber em troca aquilo que nos faz falta.
Ela não prescinde do dióxido de carbono que expiro e eu estaria morto se não aspirasse o oxigénio e a energia química que aquela lindíssima planta me dá através da clorofila e da fotossíntese.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
08 fevereiro 2014
«Any given Sunday» - João
"O que eu gosto de estacionar o carro, à beira do mar ou do rio, num final de tarde, e dormir uma sesta, não tem explicação. Também gosto (diria, prefiro) de carícias, mimo, cuddling. Mas por ora, fiquemos em dormir uma sesta. E dei por mim num local que conheço muito bem, ao pé do rio, onde vi a água picada pela brisa e os barcos passar, o Sol a cair sobre o mar, e eu num estado de transe, a dormitar embalado pelo barulho de pessoas que passavam. Quando lá cheguei, estava já um automóvel estacionado em local recuado naquele amplo recinto, local que nada interessava para ver o rio ou as pessoas passar. E quando acordei e por fim me retirei, o carro ainda ali estava. E eu olhei, por escasso instante, para confirmar o que sabia. Lá dentro e no banco de trás uma mulher repousava (forma de expressão, suspeito), sentada ao colo do seu homem, com os cabelos caídos e ela também caindo sobre ele, num beijo que adivinho longo e numa coreografia ritmada. Sorri. Sorri com gosto cá dentro, e deixei-me levar para outros dias no intrincado das minhas sinapses."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
Os cartões de telecomunicações também podem ser muito malandrecos...
... e, quando são, sujeitam-se a vir parar à minha colecção, como estes.
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07 fevereiro 2014
«Feita ao bife» - Patife

Patife
Blog «fode, fode, patife»
«Corpos e Almas - 2004/2013» - compilação de poemas da Helena Fonseca
A c&a (Corpos e Almas) já colabora com o blog «a funda São» quase desde o seu início, partilhando aqui connosco os poemas que tem vindo a publicar no seu blog . A Corpos Editora já tinha publicado um livro seu e agora (depois de muito trabalho ao longo de alguns anos) concluiu esta compilação de todos os poemas do blog:
Obrigada, c&a!
Obrigada, c&a!
06 fevereiro 2014
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