07 março 2014
A origem da perspectiva - Stéphane Lallemand e Albrecht Dürer
Stéphane Lallemand. A origem da perspectiva. 2007. 95 x 180 cm
Albrecht Dürer (1472 – 1528) Der Zeichner des liegenden Weibes (Os signatários da mulher deitada?). Xilogravura (de “Underweysung der messung…”, Nuremberg, 3ª edição, 1538)
06 março 2014
Belicismos
Para além da preocupação demonstrada pelos homens em relação ao tamanho do pénis, existe uma, mais esconsa e menos publicitada, mas não menos absorvente: a força com que é projectado o esperma.
Diz-me a minha vasta experiência que esta condicionante masculina não tem variantes múltiplas. Os tons cinza nesta paisagem a preto e branco, são escassos.
Pelas minhas mãos passaram orgasmos masculinos que me fizeram pensar que, se não tivesse cuidado, ficaria com estalactites em todos os compartimentos. A força, o ímpeto, o impulso, a pujança e a energia com que era expulso o esperma humilhavam qualquer fonte luminosa com ambições de chafariz. Outros tive em que o espesso líquido quente e encorpado, escorria lento pelo corpo do pénis, depois de um primeiro jacto de potência pouco significativa. Acredito que se torna mais interessante um disparo, abundante e de longo alcance. Todas as mulheres se consideram responsáveis pela quantidade e robustez da lava deste vulcão. No entanto, há fogos de artifício, elevados ao céu com a energia de foguetões da NASA, que não possuem a qualidade e o estranho e despudorado brilho do prazer do fogo preso. O deslizar lento e compacto, denso e grosso da massa leitosa que um pénis faz surgir enquanto lateja nas mãos de quem o manipula, pode ser bem mais sugestivo e capaz de despoletar manobras inolvidáveis que aproveitam esta quase seráfica forma de culminar um orgasmo.
É em nós que reside a capacidade de rentabilizar o modo como os machos se consomem na inconsciência de um orgasmo.
Não importa muito o ângulo e o alcance do míssil. O que interessa é sempre a arma que o dispara.
Alfinete de peito (sem broche)
Medalha de pénis em tecido com alfinete de ama e fitas, oferecido pelo Nelson Silva para eu trazer na lapela... até à colecção.
Visita também a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Visita também a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
05 março 2014
«Muitas vezes» - João
"Foi muitas vezes assim. Ele entrava porta dentro e sentava-se ao lado dela, e deslizava os dedos pelo cabelo, ou percorria-lhe as costas com as mãos, dava-lhe o braço, fazia-lhe carícias nas mãos. Às vezes pousava a mão sobre a coxa, ou sobre o joelho. Falava-lhe das coisas mundanas, mas as mundanas eram do mundo dele, e por isso eram importantes mesmo que banais, eram as coisas que faziam a colecção das suas horas. E ela calada. E depois o Sol ia embora, e vinha a noite, e o novo dia trazia outra porta que se abria e lá estava ele de novo, a entrar-lhe espaço dentro, e a dizer coisas, e a fazer-lhe carícias, e a juntar o corpo dele ao dela, e a olhá-la, e ela a ele, mas calada. E o Sol ia embora, e vinha a noite. O Sol foi-se embora muitas vezes, e a noite caiu, e caiu, e sempre fez por cair. E o novo dia trouxe-o sempre, na porta que se abria. E sentava-se ao lado dela. E falava, falava, falava. Dizia coisas. Contava coisas. Outras vezes dizia silêncios. E ela sem articular palavra. E um dia o Sol escondeu-se, a noite veio, e o novo dia também. E ele não veio, a porta não se abriu. Ficou do lado de fora, encostado, silencioso, de orelhas como os cães, atento. E ela, lá dentro, calada, parada. A olhar a porta. A boca disse vai, mas os olhos disseram fica. Os braços disseram desaparece, mas o corpo encerrado sob a pele gritava não fujas de mim."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
«conversa 2051» - bagaço amarelo
Eu - Já. Por acaso li ontem na internet.
Ele - Eu também o li na internet e mandei-o logo à minha namorada, por email, a ver se a irritava. Ela costuma ter ciúmes da minha ex-mulher...
Eu - E ela? Irritou-se?
Ele - Nem por isso. Respondeu-me logo, passado cinco minutos. Pôs-me um bocado a pensar..
Eu - Então?
Ele - Disse-me que o melhor é separarmo-nos já, a ver se o sexo entre nós nos começa a fazer bem.
Eu - Isso anda assim tão mal?
Ele - Pelos vistos...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Postalinho de transportes rodoviários
"Ia eu a passar na Mealhada, a caminho do trabalho, quando vi este reboque inédito à beira da estrada."
PM
PM
04 março 2014
Subscrever:
Mensagens (Atom)