02 maio 2014

«Regresso à poesia» - Patife

Volta e meia lá aparece alguém a acusar-me de ser ordinário, troglodita, homem das cavernas, parolo e o bajolo a sete. Confesso que ruborizo com tanto elogio. Mas depois fico sem dormir à noite a pensar mesmo que ofendi alguém com a minha sensibilidade de gnu, próprio de quem gosta muito de ir ao cu. Por isso, hoje torno a voltar-me para coisas bonitas, como a poesia. E também para aqueles que insistem em voltar, estranhamente na esperança de encontrar aqui coisas sábias, de ínclita profundidade intelectual, daquelas capazes de elevar a cultura nacional. Por eles, passei a noite em claro a pensar que se o Bocage e o Shakespeare fossem um só, teriam escrito muitas coisas lindas e fofinhas assim:

Se te comparo a um dia de tesão,
Desfaço-me num cansaço ameno
Espalhamos as roupas pelo chão,
Pelas ruas, pelos vales, pelo feno.

A toda a hora cresce o falo em demasia
Enfim, é essa a minha natureza;
Se quiseres só me tens por um dia,
Na constante mutação da picha tesa.

Mas na cama o tesão será eterno,
E de todas as maneiras pinarás;
Faço da minha picha o teu inferno:

Comendo-te pela frente e por detrás.
E quando eu precisar de me entreter,
Minhas mãos profanas te farão foder.


Patife
Blog «fode, fode, patife»

A Mamãe também ode, "aliada a Bocage e a Shakespeare":

"Quando eu precisar me entreter,
Olho-te pelo buraco da fechadura,
Sempre menino,
Assim é que vejo o amor:
A passar os dias com a pica dura.
Sou e sempre serei
Teu anjo pornográfico.
É a minha natureza:
Gozar, gozar, gozar...
De todas formas e maneiras,
E mostrar a São Rosas,
O que é ter a pila tesa."

Poema com mais de 40 anos

"Do baú... desconheço a autoria, sei que gosto tanto hoje, como gostei há mais de 40 anos, quando a copiei de uma qualquer revista..."
Teresa B.


A Mamãe Coruja imagina o poema... 40 anos depois:

Hoje, depois do jantar,
Quero comer-te!
Mexer teu corpo todo,
Um bom vinho saborear.

Hoje, após o jantar,
Hora de discutir a relação.
Fumar na tua presença.
Jamais!
Se arriscar desobedecer,
Dormirei no sofá, com tua ausência,

Hoje, após o jantar,
Que deixaste a queimar no forno.
Olhando a maldita novela,
Também nem fizeste meu bolo.

Vou falar sozinho, bem sei.
É certo que nem me vejas.
Vou pular certa frase, desconfiado,
Porque não sei o que seja
"Chupar um rebuçado".

Vou (tentar) fazer amor contigo,
É capaz que não consiga.
Afinal, 40 anos se passaram...
É menos tesão e mais fadiga

Pronto. Dei 10. Palavra mantida!
Trepar depois do jantar,
É coisa p'ra quem duvida.
Dez foram as tentativas
Vamos dormir! Não foste fodida.

Postalinho de Monument Valley

"Monument Valley é uma região dos Estados Unidos situada na reserva dos índios Navajos. Tem lá este... monumento"
Daisy Moreirinhas

30 abril 2014

Assim sim, eu participaria na «The Color Run»!


LENKA BY STEVE SHAW from TREATS! MAGAZINE on Vimeo.

Mas serviu-as todas descascadas

Há diferença entre "gostar muito de" e "estar convencido de que como todas".
Dito isto, a senhora do restaurante lá reduziu a dose de batatas.

«Rádio Farol» - João

"Eu sou a tua calma e o teu tornado. Sou a mão que te conforta e depois estimula. Tenho a voz que te adoça e o olhar que serena. Eu sou o teu rochedo e a certeza, o porto de abrigo, o lenço que recolhe as lágrimas e seca o rosto. Sou a estrada cujas curvas te embalam, sou o sol que te beija a pele, sou a mansidão que te trava e o animal que te espicaça. Sou muito mais do que se sabe, muito mais do que se vê. Sou a rendição, o deixar levar e sentir, o oposto do medo, a expectativa e a esperança. A parte do todo que duplica e que funde, o amor e a foda, a parede, a cama, o sofá e o relento, o alento nas mãos quentes, no vento, sem tento."
João
Geografia das Curvas

«conversa 2067» - bagaço amarelo

Ela - Há homens que pensam que o teste mais importante que passam com uma mulher é quando se deitam com ela.
Eu - E não é?
Ela- Claro que não. É quando acordam no dia seguinte, se é que chegam lá...
Eu - Quando acordam?!
Ela - Sim... uma coisa é conhecer um gajo à noite, gostar dele nem que seja só um bocadinho e levá-lo para cama. Outra coisa, totalmente diferente, é gostar dele quando ele está com aquele ar ensonado, cabelo espetado e, se for preciso, com gases matinais.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

29 abril 2014

«Ménage» - Porta dos Fundos

Eva portuguesa - «1 beijo»

Quero 1 beijo.
1 beijo teu.
1 beijo à chuva. Molhado.
1 beijo ao sol. Quente.
1 beijo à lareira. Íntimo.
Quero 1 beijo que seja sentido.
1 beijo verdadeiro, honesto, corajoso, espontâneo.
1 beijo que sem falar diga mais que todas as palavras que já me disseste.
1 beijo que concretize todas as promessas que já me fizeste.
1 beijo que fale de amor.
Quero 1 beijo profundo que me leve aos teus braços. Que me faça viajar. Que me transporte a mundos que ainda desconheço. Que me revele realidades que ainda não vivi. Que me faça viver sonhos que ainda não sonhei.
Quero 1 beijo que me mostre a vida e cale a morte.
1 beijo que me transforme no melhor que posso ser.
1 beijo sem história, sem passado.
1 beijo lançado, caído, dado.
1 beijo que não se consegue evitar nem se pode prender.
1 beijo que diga bom dia e olá, mas nunca adeus.
1 beijo com sabor a sal, mas doce como o mel.
1 beijo com cheiro a proibido, mas que tinha que existir.
1 beijo forte como uma tempestade, que transmita a calma de 1 pôr do sol.
1 beijo ardente que conforta e incendeia.
1 beijo devastador,que apenas gera vida.
Quero 1 beijo.1 beijo teu.
Dás-me?...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado