04 maio 2014

Tom Wesselmann










Rendez-vous


La Défense exibia junto ao novo Arco do Triunfo um formigueiro de fatos com gravata que se individualizavam quer pelo formato ou número de brincos expostos quer pelos cabelos em rabo de cavalo, espetados ou coloridos em tons de azul, vermelho ou verde alface, situação que me divertia como se fosse uma figurante de um filme de Fellini e deixei-me ficar encostada à entrada da FNAC.

Até que ele surgiu todo em ganga, essa bendita urdidura que lhe realçava os contornos dos materiais não expostos, com uns óculos escuros a proteger-lhe o mel dos olhos, num passo certo e apressado tal e qual o Brad Pitt e corri para ele como se os pés subitamente leves tivessem asinhas. E o seu salut Marie foi pegar-me ao colo fazendo-me rodar a saia como um carrocel e as minhas pernas numa coreografia que buscava o amparo das suas ancas para se entrelaçarem impelindo a minha boca a descair no seu pescoço em beijos sugados poro a poro.

Por isso, antes que a claquete batesse o final do tempo de cena fugimos daquele local formatado numa engenharia cinzenta para dar azo ao triunfo do instinto com os corpos em arco.

Postalinho de Santiago (2)

"Coisas que se encontram ao longo do Caminho Português do Interior para Santiago de Compostela"
Antonino S.



03 maio 2014

Pausa de Primavera 2014 em Cancun


Cancun SpringBreak 2014 Explicit Uncensored (Viral Video) from ExpedienteQR on Vimeo.

«O estorvo dos testículos» - por Triângulo Felpudo

A propósito do post «Les boules (III)» da Camille, sobre as bolas que - ora bolas - participam mas não entram, o Triângulo Felpudo pinou:

"Simbologias, virilidades e biologias à parte, os quicos são uma realidade que o cérebro masculino mecanicamente ignora. E com razão. Não se entende essa opção do Alfa e do Ómega em dotar-nos de dois penduricalhos no hemisfério sul. Não havia solução mais elegante? Ninguém se interessa por eles; essa é a verdade. Há tarados por mamas, rabos, conas cor-de-rosinha, vergalhos arbóreos. Mas nunca ouvi nenhuma gaja, ou paneleiro do mesmo sexo, dizer que se pelava por um helénico par de tomates. São os primos inconvenientes cuja presença toleramos nos almoços de família. 
- Colhões: porquê? - será a minha primeira frase, caso um dia me encontre diante do Criador."

Homem e mulher - arte precolombiana

Dois alfinetes em metal banhado a ouro, baseados na lenda de Eldorado.
Fazem parte da minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Por esse ele não esperava

Olha, vamos negociar, te dou cinco desejos se você trocar esse seu primeiro.


Vai ter que liberar o brioco, Gênio.

Capinaremos.com

02 maio 2014

«Erection» (erecção)

«Regresso à poesia» - Patife

Volta e meia lá aparece alguém a acusar-me de ser ordinário, troglodita, homem das cavernas, parolo e o bajolo a sete. Confesso que ruborizo com tanto elogio. Mas depois fico sem dormir à noite a pensar mesmo que ofendi alguém com a minha sensibilidade de gnu, próprio de quem gosta muito de ir ao cu. Por isso, hoje torno a voltar-me para coisas bonitas, como a poesia. E também para aqueles que insistem em voltar, estranhamente na esperança de encontrar aqui coisas sábias, de ínclita profundidade intelectual, daquelas capazes de elevar a cultura nacional. Por eles, passei a noite em claro a pensar que se o Bocage e o Shakespeare fossem um só, teriam escrito muitas coisas lindas e fofinhas assim:

Se te comparo a um dia de tesão,
Desfaço-me num cansaço ameno
Espalhamos as roupas pelo chão,
Pelas ruas, pelos vales, pelo feno.

A toda a hora cresce o falo em demasia
Enfim, é essa a minha natureza;
Se quiseres só me tens por um dia,
Na constante mutação da picha tesa.

Mas na cama o tesão será eterno,
E de todas as maneiras pinarás;
Faço da minha picha o teu inferno:

Comendo-te pela frente e por detrás.
E quando eu precisar de me entreter,
Minhas mãos profanas te farão foder.


Patife
Blog «fode, fode, patife»

A Mamãe também ode, "aliada a Bocage e a Shakespeare":

"Quando eu precisar me entreter,
Olho-te pelo buraco da fechadura,
Sempre menino,
Assim é que vejo o amor:
A passar os dias com a pica dura.
Sou e sempre serei
Teu anjo pornográfico.
É a minha natureza:
Gozar, gozar, gozar...
De todas formas e maneiras,
E mostrar a São Rosas,
O que é ter a pila tesa."

Poema com mais de 40 anos

"Do baú... desconheço a autoria, sei que gosto tanto hoje, como gostei há mais de 40 anos, quando a copiei de uma qualquer revista..."
Teresa B.


A Mamãe Coruja imagina o poema... 40 anos depois:

Hoje, depois do jantar,
Quero comer-te!
Mexer teu corpo todo,
Um bom vinho saborear.

Hoje, após o jantar,
Hora de discutir a relação.
Fumar na tua presença.
Jamais!
Se arriscar desobedecer,
Dormirei no sofá, com tua ausência,

Hoje, após o jantar,
Que deixaste a queimar no forno.
Olhando a maldita novela,
Também nem fizeste meu bolo.

Vou falar sozinho, bem sei.
É certo que nem me vejas.
Vou pular certa frase, desconfiado,
Porque não sei o que seja
"Chupar um rebuçado".

Vou (tentar) fazer amor contigo,
É capaz que não consiga.
Afinal, 40 anos se passaram...
É menos tesão e mais fadiga

Pronto. Dei 10. Palavra mantida!
Trepar depois do jantar,
É coisa p'ra quem duvida.
Dez foram as tentativas
Vamos dormir! Não foste fodida.

Postalinho de Monument Valley

"Monument Valley é uma região dos Estados Unidos situada na reserva dos índios Navajos. Tem lá este... monumento"
Daisy Moreirinhas