07 julho 2014

06 julho 2014

James Williamson and Lisa Kekaula - «I got a right»

É obsceno!


Paraíso das mamas


Quando era miúda as lojas mais populares incluíam no seu nome a palavra paraíso , como o paraíso do calçado ou o paraíso da moda apelando ao cliente mais afoito através do seu potencial de satisfação tal como as clínicas dermoestéticas de agora se estabelecem como paraíso das mamas, à escolha por catálogo e à medida.

E como quem não se sente não é filho de boa gente também eu não me cansava de lhe publicitar como seria um bom investimento para lhe encher as mãos. É que se ele nunca mostrara enfado pelas minhas 36 também é certo que nunca deixara de reparar nas mais avantajadas e de as elogiar. Mas o raio do gajo não se comovia argumentando com os tempos de crise e que as mamas estavam muito bem assim pois que as grandes são mais fetiche de garganta de gajo sem o qual até se passa bem e que era moda passageira. Lembrei-lhe que as clínicas especializadas provém de países desenvolvidos e que não podemos estar sempre na cepa torta. E acrescentei que a moda é de nível europeu ou até mundial e eu não era ninguém para a contrariar.

Ele levantou-me a camisola para prantar ambas as mãos nas minhas mamas, uma em cada uma, a sopesá-las como quem avalia laranjas, a mexê-las circularmente com as palmas, a fazer tesourinhas de dedos nos mamilos e acabar por me dizer que se eu não tinha poder de decisão sobre o meu paraíso de mamas fazia delas já ali uma república das bananas.

É, o mundo é cruel!



Renan Lima
Dentro da Caveira

05 julho 2014

À procura...

Postalinho de Alfama

"Mural do fado vadio, em Alfama.
Reparem no olhar da Maria Severa, que está a dirigir-se para a sardinha no prato. Mas... já prestaram atenção à sardinha?"
Foto de Tó Q.



O cara de...

Os meus amigos conseguem ser muitas vezes mais tarados do que eu (não, não é uma missão impossível!).
Num passeio que fizeram ao Gerês, o Rafaelito perguntou a um artesão se tinha alguma peça de cariz erótico:
- Ai, não, que a minha mulher não iria deixar!
Mas o Rafaelito descobriu esta peça esculpida num ramo de árvore e explicou ao artesão que viria para a colecção de arte erótica «a funda São» (mais propriamente, para a «sexão» do que não era suposto ser erótico).
Obrigada, Rafaelito!


Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Círculo virtuoso

Crica para veres toda a história
Progressão


1 página

04 julho 2014

«A primeira chapada entre dois estranhos»

«ManoZutra» - o KamaSutra da mão

Monólogo do Pênis

Olás...

Os Monólogos da Vagina, espetáculo teatral da norte-americana Eve Ensler, também teve a sua versão no Brasil, cuja peça  foi um estrondoso sucesso.

Mas fiquei pensando: E a minha versão, como seria, se nunca assisti ao espetáculo para poder adaptar? Como seria o meu "O Monólogo do Pênis?".  

Aí a cabeça  começou a variar (a minha cabeça, claro!).  As ideias se aglomeravam enquanto eu (não) tentava  dormir. Porque índia que se alimenta de produtos afrodisíacos naturais tem mais facilidade de ter a mente fértil para pensar em bobagens. Foi assim que comecei a imaginar como seria isso de um pênis falar com ele mesmo. Uma versão (nada)  adaptada de "Os Monólogos da Vagina".

O monólogo, um deles, seria assim:

- Hoje vou trabalhar. Se puder -  e me apetecer  - , vou visitar muitas " grutas" e "cavernas".
-Êpa! Mas preciso também ter cuidado. Se entrar em qualquer caverna ou gruta que não conheço posso sair machucado.
- Mas melhor sair machucado e ter experimentado o perigo, do que me arrepender de não ter entrado nesses lugares atraentes para o perigo,  misturado com o prazer.
- Ali tem uma caverna. Vou  puxar conversa:
- Oi, estás toda úmida. Mesmo assim vou entrar aí. E nem tenta proibir que já estou dentro.

Horas depois....

- Foi um sufoco, mas bem satisfeito com o que vi. Gruta apertada, quase me enforquei, mas foi demais!
- Acho que visitarei essa gruta  mais vezes!
- Ali uma outra. Estranho, parece estar  aqui há séculos! Vou entrar.

Segundos depois... 

- Muito larga essa gruta. Caberiam muitos de mim dentro dela. Respirei com tanta facilidade, que sequer senti o gosto de ser sufocado.
- Uau! Que delícia deve ser a  gruta que agora vejo! Uau!
- Nem dou chance para pensar se vou lá ou não. Eu vou...!

Minutos depois (minutos do tipo 60  minutos) ...

- Saí hoje para visitar todas as  grutas e cavernas. Então, as surpresas também fazem parte! Tudo bem que não era bem uma caverna, tampouco gruta, mas o  buraco estava no meio do caminho e fui entrando. 
- Pelo menos experimentei. E, na falta de uma caverna/gruta para  visitar, contentar-me-ei com um  buraco para  explorar. Aventura é isso.
- Aquela  ali  vale a pena! 
- Posso entrar nessa caverna?

1 hora  depois...

- Tudo bem que estava chovendo, mas por que colocar essa camisinha de plástico na  minha cabeça? Eu não estava com frio. Nem deu para sentir direito a sensação de estar em uma caverna. Gosto de liberdade!

Muitos e muitos  anos  depois...

- Porra de impotência! Droga de incontinência urinária! 
- Alguém pode me trazer uma pomada para assaduras? 
- Tanto faz se quem vai trazer a droga dessa pomada é homem, mulher jovem ou velha... Podem mexer à vontade comigo,  porque aqui só um guincho me levanta.
- Mas estou satisfeito! Passei bom tempo da vida trabalhando...
- Só não entendo o  porquê desses homens que trabalham em cavernas reclamarem tanto...!

Mamãe Coruja

Postalinho de brocharia

"Olá, São
Sempre que aqui venho lembro-me de ti.
Beijos desde Aix-en-Provence"
Jorge Prendas