18 agosto 2014

«respostas a perguntas inexistentes (276)» - bagaço amarelo

Só os homens é que sabem Amar.

O meu vizinho do lado era um tipo forte, de poucas palavras e muita acção. Trabalhava na distribuição de fruta e acordava todos os dias por volta das cinco da manhã. Eu simpatizava com ele, apesar de nunca termos tido um contacto muito próximo. Cumprimentava-me sempre, mesmo quando estava visivelmente mal disposto.
No apartamento à frente também só vivia uma pessoa. Era uma mulher igualmente de poucas palavras, mas que preferia virar a cara a dizer "bom dia" quando nos cruzávamos na escada do prédio.
Um dia descobri que eram marido e mulher, mas que tinham decidido viver tão perto e tão longe um do outro quanto possível. Por isso é que eram vizinhos, apesar de partilharem a cama regularmente. Foi ele que mo disse, numa noite em que ambos nos deixámos estar para além da hora no café da frente.

- As mulheres não sabem Amar. Só sabem ser Amadas! - concluiu ao pousar o último copo de vinho.

Já não vivo naquele edifício e nunca mais vi aquela gente. Mesmo assim nunca mais a esqueci, principalmente por causa desta frase, que terá sido a última que ele me disse para além do "bom dia" ou "boa tarde" habituais.
Se hoje passasse por ele, explicar-lhe-ia que na altura era apenas um jovem adulto e não percebi onde ele queria chegar, mas a vida ensinou-me muita coisa e hoje percebo. O tempo dá-nos destas certezas. Só os homens é que sabem Amar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Métodos de dormir em dupla

Que delícia, cara.




Capinaremos.com

17 agosto 2014

«Rejeitado por ser diferente»

Bryan Wilmoth cresceu numa casa muito conservadora e quando o seu pai descobriu a sua orientação sexual, expulsou-o de casa e impediu-o de contactar os seus familiares durante vários anos. Neste filme animado, Bryan conta a sua história e como fez para se reencontrar com os seus irmãos.


Rejeitado por ser diferente por EvelFatalis

Postalinho «on the rocks»





«Senta-te na minha boca» - João

"Tu estás sentada mesmo em frente a mim, de joelhos, e eu de pernas afastadas para melhor me chegar a ti, seguro-te o cabelo atrás da cabeça, firme, com a mão esquerda, e exerço um ligeira pressão que te limita, que te obriga a alguma tensão no pescoço. Temos os nossos olhos praticamente ao mesmo nível. A minha outra mão segura-te a nuca. Estamos despidos. De tudo. Seguro-te, e digo-te, numa voz tranquila mas determinada, que te vais sentar na minha boca. Ouviste? Eu vou deitar-me aqui, e tu vais sentar a tua cona em cima da minha boca, e eu vou como que abraçar-te as coxas, ou repousar as mãos na tua anca, admito até que, a espaços, alcance os teus seios. Mas o importante é que a tua cona vai estar na minha boca, e eu vou beber de ti, vou percorrer todos os milímetros do teu corpo mais secreto, vou saciar-me, ficar com o teu cheiro marcado na minha pele, vou degustar-te. Seguro ainda o teu cabelo e a tua nuca enquanto termino de to dizer, e leio alguma surpresa no teu olhar, e prossigo, vais vir-te na minha língua, quando o teu corpo entrar num ritmo frenético de um orgasmo, quando eu finalmente te deixar vir depois de altos e baixos, vais massacrar-me o rosto, vou ficar dorido, vais deixar-me as orelhas vermelhas, vais lançar os braços ao ar, nem vais saber o que fazer com eles, se te apoias na minha bacia atirando-te para trás, se te apoias na parede próxima, se puxas os teus cabelos ou pior que isso, os meus, que são poucos. Vir-te-ás na minha boca. E vais gostar. E eu vou gostar também. É assim que vai ser. Não tens palavras que me digas, nem grande latitude para menear, assentindo com a cabeça, mas percebo que a ideia te agrada, porque mordes o lábio. E percebo que a ideia te agrada sobretudo porque quando finalmente ajeitas o corpo e a tua cona toca os meus lábios e a minha língua, é um oceano de prazer que sinto, sou invadido por um néctar inconfundível. Tu estás feliz e eu também. E as promessas cumprem-se. Começam as hostilidades, entre as tuas coxas consigo ouvir-te repetir o meu nome por entre gemidos, e já sabes onde isto vai parar."
João
Geografia das Curvas

Fodera ou geografia das férias

Fodera é a palavra italiana para designar fronha ou uma marca americana de guitarras eléctricas.
Esta é uma informação útil se nestas férias se aventurar pelas costas do Mediterrâneo.

Se quiser chegar à Córsega não se enfronhe mas ate uma fita na testa, para lá não lhe escorrer o suor e, com mestria, toque guitarra.

Primeira reunião mensal dos viciados em sexo



Renan Lima
Dentro da Caveira