07 outubro 2014

Lote de 14 selos, blocos e envelopes do 1º dia

Selos, blocos e envelopes do 1º dia da Guiné Equatorial, Micronésia, Bélgica, Eslovénia, Serra Leoa, Áustria, Palau e Hungria.

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06 outubro 2014

cápsulas em causa


Raim on Facebook

«Sente-te sexy, sente-te Saxe»

«respostas a perguntas inexistentes (280)» - bagaço amarelo

Do pão e do Amor

As paixões vivem da dificuldade. Quando se tornam fáceis morrem nesse mesmo instante. Desistam. Não há volta a dar. É por isso que não acredito quando alguém me diz que tem uma relação perfeita. A perfeição é o contrário do Amor.
Sobre os sobressaltos do Amor, já alguém os viveu com o padeiro? Claro que não. A não ser que se tenham apaixonado por ele. O padeiro faz o pão. É tudo muito fácil porque é só isso. Já o Amor Ama. Está tudo fodido.
É impossível pedir que alguém nos Ame da mesma forma que se pede um saco de pão, embora o desejo seja esse, acordarmos de manhã e pedirmos meia hora de Amor como quem toma café. Era bom, mas não existe.
Às vezes dou por mim no sofá da sala, naquela posição que não é sentada nem deitada, a pensar em como o dia foi difícil só por causa do Amor. É nesses momentos que me apercebo que vou fazer quarenta e três anos e tenho a sorte de ter uma vida difícil.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

"Amor, tenho uma notícia para você..."

Não acredito, é isso mesmo?! É sério, amor?



Isso mesmo, amor, agora sou um saco de banha e não farei nada pra mudar isso.

Capinaremos.com

05 outubro 2014

«Fol'Amor»


FOL'AMOR from GOBELINS pro on Vimeo.

«Néctar» - Isabel Rosete

Quero amar o teu corpo nu
Em todos esses pedaços
Que por ti vagueiam des-troçados,
Uni-los e integra-los em mim;

Quero consumir todo o teu néctar
Em cada orgasmo libertado,
Derramado pelos teus interstícios
Já abertos a todas as libertações;

Quero sugar-te as entranhas
Como um animal no cio,
Libidinosamente ansioso,
Insatisfeito pelo desejo intenso
Que, em nada, se consome.

Amo-te por e em todos os teus poros,
Por onde transpiras uma sensualidade
Única e irresistivelmente inebriante.

‑ És uma tentação permanente!
‑ És uma tentação permanente!
‑ És a tentação consciente
Que jamais se apaga da minha memória!

‑ És uma tentação permanente!
‑ És uma tentação permanente!
‑ És a tentação, lúcida,
De todos os meus desejos e quereres
Insaciáveis, fundeados
Neste turbilhão dos instintos
Que sempre me movem
Para dentro de ti,
Onde, então, permaneço
Afagada pelo calor do nosso prazer.

In “ENTRE-CORPOS” – livro de Poesia - de Isabel Rosete

Escultura de Botero

Luís Gaspar lê «Insisto…» de Maria da Graça Varella Cid


Insisto em confirmar serenamente que
Não deves incluir-me já no teu percurso,
Nem na redonda noite imensa aberta ao meio,
Nos bancos de coral onde o teu sangue nasce,
Nem nos flancos de sal ou no interior dos músculos.

Insisto em te avisar que meus segredos múltiplos
Te expurgaram de vez de todos os circuitos
Em seu lugar deixando um vácuo que se expande
Desde o meu raciocínio à margem do crepúsculo.

Confesso no entanto que o teu eco duplo
Me persegue voraz logo que a lua chega.

E não obstante tu não mudas de silêncio,
Não voltas para trás onde as minhas mãos nuas
Em metal te esculpiam como a um deus nocturno

Maria da Graça Varella Cid
Poetisa portuguesa nascida em 1933 e falecida em 1995. Publicou Tríptico de Sábado (1964), Perfeito do Indicativo (1982) e Demonstração a Giz (1984). Na sua poesia assiste-se ao confronto com a realidade africana, assente numa experiência da vida em Angola, com uma especial sensibilidade a diversos aspetos da negritude.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Da arte de bem cavalgar



Eu cá sou mais bolos e por isso digo que ele é uma queca de comer e chorar por mais que só de falar nisto até já me estou a babar. É que aquilo era logo ali hirto desde o primeiro instante dos beijinhos e coiso e tal de roçar os sexos um no outro como se fosse uma kizomba mesmo sem tirar a roupa até experimentar todas as posições do chão à cama sem esquecer a mesa de cozinha que até se me acaba o fôlego. Ai!...

Diga-se que como primogénito era um mestre de bem cavalgar toda a sela como el-rei D. Duarte. Mulheres, entenda-se. Que nem o seu pai lhe permitiria outra coisa sob pena de lhe encher a cara de chapadas ainda hoje que uma coisa é mostrar algum polimento a tolerar maricas e outra como bom macho tuga é fazer que eles que vão para longe que não há cá pão para malucos.

Só que a acompanhar esta dieta calórica e rica em proteínas naturais vinha a melhor tradição clássica do benfiquista bom chefe de família não me tratar pelo nome próprio mas por substitutos fofinhos como menina, linda, querida, fosse na hora de montar como se não houvesse amanhã fosse no dia a dia e o Senhor Doutor sabe que isso é que me deixa completamente fodida.

Instituto Maria da Penha - «o silêncio»