Um sábado qualquer...
09 maio 2015
08 maio 2015
CoolCoolCool - «Ad Song»
Com a actriz porno russa Anna Polina (25 anos).
CoolCoolCool - AD SONG (Official Uncensored /// ANNA POLINA) from CoolCoolCool on Vimeo.
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Teresa Torga - liberdade... mas não para a nudez!
Para quem não saiba quem é a Teresa Torga da canção do Zeca Afonso... o Rui Pato mostrou-nos a explicação:
Aqui dão mais detalhes:
Com o título "Quem se despiu na via pública, ontem, às 4 da tarde?", no Diário de Lisboa (4.5.75), Rogério Rodrigues conta a história de uma mulher "de que não se conhecia o nome", que ontem, às quatro da tarde, fazia strip-tease enquanto dançava, ao centro do cruzamento da Avenida Miguel Bombarda com a Avenida 5 de Outubro."Visivelmente surpreendidos, alguns espectadores da cena, invulgar em ruas de Lisboa, dirigiram-se para a mulher no intento de a proteger das vistas de quem passava e de quem parava, persuadi-la a vestir-se e abandonar o local. No meio da confusão, surge o repórter António Capela, que começa a disparar. Os populares, indignados com o que consideram 'uma baixeza moral', investem sobre ele, insultam-no, empurram-no, agridem-no e só a intervenção do proprietário da drogaria vizinha impede que não lhe partam a máquina. (...) Entretanto a mulher tinha sido levada para o limiar de um prédio com porteira à porta. Já vestida, olhava apática para as pessoas que a rodeavam. Dizem-me que se chamava Maria Teresa. 'Não sou Maria. Não sou Teresa. Tenho muitos nomes.' Tinha os lábios encortiçados e recusava o copo de água que lhe ofereciam.""Quem se despiu na via pública, ontem, às 4 da tarde?". interroga-se o jornalista. que passa a contar o percurso de vida, entretanto averiguado, de uma mulher de 41 anos, divorciada, sucessivamente actriz de revista, emigrante no Brasil, cantora de fado e que agora, no intervalo de tratamentos no Júlio de Matos, "mudava discos no pick-up" de uma boite em Benfica.Usava o nome de Teresa Torga "porque há um escritor que se chama assim" e ela gostava muito de ler, conta uma vizinha. A última vez que o repórter a viu seguia ela num carro da polícia para a esquadra do Matadouro. Zeca Afonso lê a crónica, magnífica, põe-lhe notas e voz, e imortaliza-a.
(in "Os dias loucos do PREC" de Adelino Gomes e José Pedro Castanheira. Ed. Expresso/ Público, 2006).
E aqui explicam um pouco mais e podes ouvir algumas músicas cantadas pela Teresa Torga.
José Afonso - «Teresa Torga»
Letra e música: Zeca Afonso
in «Com as minhas tamanquinhas»
No centro da Avenida
No cruzamento da rua
Às quatro em ponto perdida
Dançava uma mulher nua
A gente que via a cena
Correu para junto dela
No intuito de vesti-la
Mas surge António Capela
Que aproveitando a barbuda
Só pensa em fotografá-la
Mulher na democracia
Não é biombo de sala
Dizem que se chama Teresa
Seu nome é Teresa Torga
Muda o pick-up em Benfica
Atura a malta da borga
Aluga quartos de casa
Mas já foi primeira estrela
Agora é modelo à força
Que a diga António Capela
T'resa Torga T'resa Torga
Vencida numa fornalha
Não há bandeira sem luta
Não há luta sem batalha
Aqui dão mais detalhes:
Com o título "Quem se despiu na via pública, ontem, às 4 da tarde?", no Diário de Lisboa (4.5.75), Rogério Rodrigues conta a história de uma mulher "de que não se conhecia o nome", que ontem, às quatro da tarde, fazia strip-tease enquanto dançava, ao centro do cruzamento da Avenida Miguel Bombarda com a Avenida 5 de Outubro."Visivelmente surpreendidos, alguns espectadores da cena, invulgar em ruas de Lisboa, dirigiram-se para a mulher no intento de a proteger das vistas de quem passava e de quem parava, persuadi-la a vestir-se e abandonar o local. No meio da confusão, surge o repórter António Capela, que começa a disparar. Os populares, indignados com o que consideram 'uma baixeza moral', investem sobre ele, insultam-no, empurram-no, agridem-no e só a intervenção do proprietário da drogaria vizinha impede que não lhe partam a máquina. (...) Entretanto a mulher tinha sido levada para o limiar de um prédio com porteira à porta. Já vestida, olhava apática para as pessoas que a rodeavam. Dizem-me que se chamava Maria Teresa. 'Não sou Maria. Não sou Teresa. Tenho muitos nomes.' Tinha os lábios encortiçados e recusava o copo de água que lhe ofereciam.""Quem se despiu na via pública, ontem, às 4 da tarde?". interroga-se o jornalista. que passa a contar o percurso de vida, entretanto averiguado, de uma mulher de 41 anos, divorciada, sucessivamente actriz de revista, emigrante no Brasil, cantora de fado e que agora, no intervalo de tratamentos no Júlio de Matos, "mudava discos no pick-up" de uma boite em Benfica.Usava o nome de Teresa Torga "porque há um escritor que se chama assim" e ela gostava muito de ler, conta uma vizinha. A última vez que o repórter a viu seguia ela num carro da polícia para a esquadra do Matadouro. Zeca Afonso lê a crónica, magnífica, põe-lhe notas e voz, e imortaliza-a.
(in "Os dias loucos do PREC" de Adelino Gomes e José Pedro Castanheira. Ed. Expresso/ Público, 2006).
E aqui explicam um pouco mais e podes ouvir algumas músicas cantadas pela Teresa Torga.
Letra e música: Zeca Afonso
in «Com as minhas tamanquinhas»
No centro da Avenida
No cruzamento da rua
Às quatro em ponto perdida
Dançava uma mulher nua
A gente que via a cena
Correu para junto dela
No intuito de vesti-la
Mas surge António Capela
Que aproveitando a barbuda
Só pensa em fotografá-la
Mulher na democracia
Não é biombo de sala
Dizem que se chama Teresa
Seu nome é Teresa Torga
Muda o pick-up em Benfica
Atura a malta da borga
Aluga quartos de casa
Mas já foi primeira estrela
Agora é modelo à força
Que a diga António Capela
T'resa Torga T'resa Torga
Vencida numa fornalha
Não há bandeira sem luta
Não há luta sem batalha
«Madrugada fria» - João
"Fiz aquela estrada na madrugada fria, umas vezes molhada, a estrada vazia a acelerar por ali fora, minutos, pouco menos, pouco mais, gente que concorria comigo nas faixas da vida paralela a caminho de qualquer lugar, mas eu arrancado da cama, cama onde me apetecia estar, onde queria ficar, quente, contigo, com o teu corpo atirado para cima do meu, e sempre havia calor, como havia calor, e eu queria tanto ficar, queria tanto estar, e arrancávamo-nos um do outro, os dois do leito, olhando os ponteiros do relógio, a luz a quebrar a escuridão em dois, a entrar pela janela e deixar distinguir o contorno da roupa tão depressa despida horas antes, e eu a lançar-me num beijo teu e num abraço triste, de que não vás, que fiques, que te quero aqui, que quero ver o sol forte, mais forte que esta luz ténue, quero recebê-lo contigo, e triste vias-me partir, e triste partia eu, e fiz aquela estrada na madrugada fria, na madrugada molhada, os quilómetros vazios, e suponho que tu te preparavas para o dia nascente com a saudade vertida na roupa já fria.
“Das traseiras da tua casa deitas uma escada e por fim, vens ter a mim, vens ter a mim, e eu qual Romeu digo-te sim, dou-te amor quem mo quer dar a mim?
Tenho os meus armários cheios de cartas a dizer I love you, que eu só quero alguém como tu, vem por-me a nu, vem por-me a nu. Queria amor e amor deste tu.”
(contém excertos de Linha das Fronteiras, dos Trovante)"
João
Geografia das Curvas
“Das traseiras da tua casa deitas uma escada e por fim, vens ter a mim, vens ter a mim, e eu qual Romeu digo-te sim, dou-te amor quem mo quer dar a mim?
Tenho os meus armários cheios de cartas a dizer I love you, que eu só quero alguém como tu, vem por-me a nu, vem por-me a nu. Queria amor e amor deste tu.”
(contém excertos de Linha das Fronteiras, dos Trovante)"
João
Geografia das Curvas
07 maio 2015
«respostas a perguntas inexistentes (299)» - bagaço amarelo
Todos procuramos certezas no Amor, sem percebermos que são elas o seu fim. Um Amor a sério vive sempre da dúvida e da insegurança, do receio e da saudade. Por mais que se tenha de um Amor nunca é suficiente. A insuficiência e a insegurança, como duas irmãs gémeas, andam sempre de mão dada.
Pedir a quem se Ama que dê mais é a mesma coisa que pedir a um rio que mude o seu curso natural. Não se faz nem leva a lado nenhum. Para viver bem com um Amor é preciso viver bem com o insuficiente.
Mal do Amor quando é suficiente, quando um dos apaixonados diz para si mesmo que já chega. Todos procuramos certezas no Amor, é verdade. Eu procuro-as na insuficiência, porque é dela que vivo.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«A louca do Sacré-Coeur»
Livro de banda desenhada de Moebius e Jodorowsky.
Junta-se a muitos outros da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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06 maio 2015
Querer e poder
Pede-me o que quiseres e dar-te-ei o que puder.
Façamos tudo o que melhor nos aprouver.
Consensualmente unidos pelo prazer.
Ousemos sonhar sem que os transformemos em pesadelos.
De forma controlada, descontrolemo-nos.
Eva portuguesa - «Sonho»
Hoje sonhei contigo... com o teu cheiro másculo e o teu sabor doce. Com a tua voz forte e o teu toque meigo. Com o teu desejo selvagem e a tua carícia reconfortante.
Hoje sonhei contigo... ouvi o teu riso contagiante e deixei que lesses a mágoa no meu olhar. Apreciei cada centímetro do teu corpo e deixei que usasses o meu. Fodemos com urgência para depois nos amarmos de forma lascivamente prolongada. Chupámos o sexo tentando soprar a alma. Demos início à tempestade que nos levou à calmaria.
Hoje sonhei contigo... e foi como um regresso a casa: tranquilo mas nervoso; desejado mas não esperado; sentido mas distante.
Hoje sonhei contigo... e foi apenas isso: um sonho...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Hoje sonhei contigo... ouvi o teu riso contagiante e deixei que lesses a mágoa no meu olhar. Apreciei cada centímetro do teu corpo e deixei que usasses o meu. Fodemos com urgência para depois nos amarmos de forma lascivamente prolongada. Chupámos o sexo tentando soprar a alma. Demos início à tempestade que nos levou à calmaria.
Hoje sonhei contigo... e foi como um regresso a casa: tranquilo mas nervoso; desejado mas não esperado; sentido mas distante.
Hoje sonhei contigo... e foi apenas isso: um sonho...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
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