23 maio 2015

«Me! Me! Me! »


ME!ME!ME! Animated Music Video 日本アニメ(ーター)見本市「ftDao from Alen Marcells on Vimeo.

«São insondáveis os desígnios da Justiça» - por Rui Felício

O Carlos era um bom homem. Respeitador da lei e das obrigações sociais e conjugais. Mas a sua ingenuidade e credulidade eram muitas vezes motivo de chacota por parte de quem o conhecia bem...
Por isso interrogava-se, e da mesma forma o faziam os seus amigos, por que razão um dia a Fernanda, sua mulher, sem mais nem menos, o acusou de adultério exigindo-lhe o divórcio. A ele, que nunca conhecera sexualmente nenhuma outra mulher para além da Fernanda!
Estarrecido, e desta vez incrédulo, assistiu no tribunal ao modo como o Juiz permitiu, magnânimo, ao advogado da sua mulher interrogar, alegar, argumentar, ao mesmo tempo que, com ar intimidatório, lá do alto da sua cátedra, impedia o inexperiente e jovem advogado oficioso que tinha sido nomeado para o defender, de desempenhar o seu papel, interrompendo-o a cada palavra sua, desfazendo-lhe todas as tentativas de promover a sua defesa.
A Fernanda enunciou, perante o ar benevolente do Juiz, com inteira liberdade, uma por uma, as acusações de adultério que lhe fizera e quando ele procurou negá-las o Juiz mandou-o calar, dizendo-lhe que já estava suficientemente esclarecido...
O Juiz decretou o divórcio! E por efeito dele, a divisão dos bens do casal, como é de lei. Ainda por cima, todos esses bens tinham sido adquiridos com o seu exclusivo trabalho...
Felizmente não havia filhos, o que evitou a discussão sobre a quem caberia a sua guarda...
Passado algum tempo, o Carlos descobriu que o Juiz que o condenara era, desde há muito, amante da Fernanda e entendeu então a razão da sua rápida condenação sem provas, sem direito a defesa, a partilha dos bens...
Revoltado, congeminou a vingança e certa noite invadiu a casa do Juiz e matou-os aos dois enquanto dormiam. Entregou-se à polícia, confessou o duplo homicídio e voltou a ser julgado no mesmo Tribunal onde antes tinha sido injustiçado, dizendo para os seus botões: - Ao menos agora serei condenado com justiça!
O ingénuo Carlos enganou-se de novo. O Tribunal absolveu-o por considerar que o que ele fez foi para lavar a sua honra. Uma espécie de legítima defesa e, como tal, sem responsabilidade criminal.
Vá-se lá entender a Justiça!

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Segredo das Caldas

Boneca das Caldas da Rainha com um segredo: por debaixo da saia, sai uma garrafa... das Caldas.
Um dos muitos segredos da minha colecção.

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Um sábado qualquer... - «Sinceridades»



Um sábado qualquer...

22 maio 2015

Therion - «Initials B.B.»


Therion - Initials B.B. from Winter Martyrium on Vimeo.

Postalinhos da Turquia - 4

"Pilar fálico do período romano, no jardim do Museu das Civilizações da Anatólia, em Ankara."
Paulo M.




«Lembras-te das palavras que disseste?» - João

"Havia luz. Tenho dificuldade em dizer de onde, admito que da rua fria, talvez dos candeeiros lá fora, mas os nossos olhos já estavam habituados à escuridão, os nossos corpos já se tinham agredido com amor tantas vezes, e nenhuma promessa de descanso era cumprida, era só um processo de intenções que ficava pelo caminho. Na verdade, pensando nisso, o cansaço sobreveio variadas vezes, diria que a vontade na alma era muitas vezes mais forte que a força no corpo, mas havia luz, ténue mas luz. E aquele calor imenso. Lembras-te? Lembras as palavras que disseste? Porque elas ecoam sempre e em toda a parte."

João
Geografia das Curvas

«Sensor de chuva» - Shut up, Cláudia!




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21 maio 2015

Postalinho mais picante

"No ano passado mandei-te uma ou duas fotos deste cacto, só com a coroa de flores.Este ano ele está muito mais bonito, com os apêndices que entretanto nasceram e estão também floridos...
Beijocas
Teresa B."


«bullying» - bagaço amarelo

Tenho uma revelação a fazer ao mundo: quando era criança fiz bullying com outros. Fui violento, física e verbalmente, com colegas meus da escola. Tenho ainda outra revelação a fazer: quando era criança fui vítima de bullying. Alguns colegas meus agrediram-me, física e verbalmente, sem que houvesse motivo para tal.
Estou a caminho dos quarenta e quatro anos e olho para a minha experiência como algo que contribuiu para a minha formação e o meu crescimento. Foi através, também dessa violência, que me tornei naquilo que sou. Entre outras coisas, um pacifista.
Não, não estou a dizer que devemos aceitar o bullying como se fosse uma coisa normal, deixando os putos agredirem-se mutuamente como se fossem animais numa jaula. Devemos, todos nós estar lá, presentes. Até porque, adivinhem, nós também fazemos parte da formação e do crescimento desses putos.
Da minha professora, de quem tenho saudades, levei uma chapada ou duas, mas não foi isso que me fez parar (bem, houve uma reguada que ajudou bastante). Foi a vida toda e o facto de ter crescido. Recuso-me a esta visão simplista e maniqueísta da violência dividir bons e maus. Isso é falso.
A revelação final que vos tenho a fazer, e que eu pensava que Darwin já tinha feito antes de mim, é que Adão e Eva nunca existiram. Nós vimos mesmo de um antepassado em que a agressão foi uma forma de organização social (hoje ainda é). Está escrito nos nossos genes, nos lóbulos frontais e temporais e também numa ou outra hormona.
A boa notícia é que se passa exactamente o mesmo com o Amor, que também é algo em que se evolui. Na verdade, se me lembro hoje de ter chorado e rido intensivamente muitas vezes, foi sempre por causa do Amor e não dos murros que dei ou levei. Esses foram apagados pelos abraços de quem me Amou e nunca me condenou a ser uma pessoa má.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

1.500 peças bem compostinhas

Conjunto de 3 Puzzles "Classic 40´s Pin-Up Jigsaw" de 500 peças, da autoria de Vargas.
Uns dos muitos jogos da minha colecção.

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«Elefantes e viagra» - Adão Iturrusgarai