08 julho 2015

«respostas a perguntas inexistentes (304)» - bagaço amarelo

As pessoas são como ímanes. Habituam-se umas às outras e, mesmo quando já não se Amam, querem continuar a Amar-se. É por isso que o Amor mais difícil de terminar é aquele que já terminou, mas foi bom enquanto durou. Mesmo bom, daqueles a sério.
Podemos sentir uma nova paixão todos os dias. Todas as horas, até. Nenhuma delas chega aos calcanhares da paixão de todos os dias, aquela cujo princípio já se transformou numa memória distante, como a de um filme clássico qualquer.
Quando um Amor de todos os dias termina, o que sobra é um imenso nada. Mais do que da pessoa Amada, temos saudades do próprio Amor. É por isso que, às vezes, tentamos colmatar um grande Amor com um Amor pequenino. Se de um Amor grande sobra um imenso nada, dum Amor pequeno sobra sempre uma chaticezinha. Uma chaticezinha sempre é alguma coisa ou, pelo menos, dá para fingir que sim.
É essa a grande diferença entre um pequeno e um grande Amor. Tudo o que sobra ao terminar. Ou uma chaticezinha porque precisamos dela, ou nada porque já se viveu tudo.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

3 anúncios de contacto... 3 questões


1) Alguém me sabe explicar o que é uma "espanholada à francesa"?


2) Há por aí algum voluntário para ir ter chupado o seu "martelo todo natural" e gravar os "gemidos de égua", que fiquei curiosa de saber como são?


3) Ó Portuguesa da Curia, afinal tu privas-te ou não te privas?!

Gaba-te, cesto...



07 julho 2015

«Love and Lust in LA» (amor e luxúria em Los Angeles)

Ou então era uma surda-muda...


Hoje levei uma tampa. Mas com classe, à vedeta, sem uma palavra sequer. Apenas um quero que te fodas embrulhado num silêncio esclarecedor.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Postalinho da chegada a Conas

"Depois de seguirmos a placa... chegamos lá."
Ricardo F.



«Les trois orfèvres» (os 3 órfãos)

Tambuladeira - taça de escanção («taste-vin») em prata, de 1930, com imagem em relevo de uma mulher e 3 homens com falos erectos.
Esta taça junta-se a outras da minha colecção.
Beber vinho pode ser mesmo muito erótico.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)



06 julho 2015

Marisa Lingerie - «Strip»


MARISA STRIP COMMERCE - CANNES 2014 from A Voz do Brasil on Vimeo.

«Tu já sabias» - João

"Acredito que te seduzi, como tu me seduziste, mas o momento em que eu entrei em ti, na tua cabeça e no teu coração, não é o mesmo em que eu penso que entrei. Quando tu me deixaste entrar no teu corpo, já sabias há muito que assim seria. Já me amavas, já me desejavas, já me querias. Aquele momento em que eu penso que começo a seduzir-te é uma ilusão minha, é apenas o momento em que tu permites que eu pense isso, porque no teu sentir, eu já estava a seduzir-te, já estavas predisposta a mim, já ansiavas que desse os meus passos, usasse as minhas palavras, desesperavas que eu fosse um cabrão qualquer que te montasse ardil porque querias muito, querias tanto, cair nele. Vendo bem, o que havia para começar, começou muito antes do que se viu, tu soubeste primeiro, eu soube um pouco depois. O quanto depois, não sei. Tenho apenas uma suspeita, e uma frase. Que não fazias aquilo por qualquer um. Foi a janela a abrir-se, e eu a entrar. Quando tu já sabias que me querias dentro de ti."

João
Geografia das Curvas

Miguel Guilherme recita Bocage e O'Neill - LADO B

Alguma novidade?



Capinaremos.com

05 julho 2015

«Para sempre» - Porta dos Fundos

Luís Gaspar lê «Nem tenho paz nem como fazer guerra» de Petrarca


Nem tenho paz nem como fazer guerra,
espero e temo e a arder gelo me faço,
voo acima do céu e jazo em terra,
e nada agarro e todo o mundo abraço.

Tem-me em prisão quem ma não abre ou cerra,
nem por seu me retém nem solta o laço,
e não me mata Amor, nem me desferra,
nem me quer vivo ou fora de embaraço.

Vejo sem olhos, sem ter língua grito,
anseio por morrer, peço socorro,
amo outrem e a mim tenho um ódio atroz,

nutro-me em dor, rio a chorar aflito,
despraz-me por igual se vivo ou morro.
Neste estado, Senhora, estou por vós.

Petrarca
Francesco Petrarca (1304—1374) foi um intelectual, poeta e humanista italiano, famoso, principalmente, devido ao seu romanceiro. É considerado o inventor do soneto. Foi baseado no trabalho de Petrarca (e também de Dante e Boccaccio) que Pietro Bembo, no século XVI, criou o modelo para o italiano moderno, mais tarde adotado pela Accademia della Crusca.


Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa