28 julho 2015
«Bike ride» (passeio de bicicleta)
Maria Riot's bike ride from Zure Room on Vimeo.
A short tease of Maria Riot's bike ride through the park before she met up with Wolf Hudson :)
Concept & styling: Proxy Paige & Maria Riot
D.o.P & Editing: Poppy Sanchez
Music: Connan Mockasin - It's choade my dear
O voo do moscardo
Gostava de ser mosca. Mas com pouso preferencial nas cortinas de duche em casas de banho rigorosamente seleccionadas. Uma mosca merece.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«Le couillausaure» (o colhãosauro)
O antepassado do Homem, tal como o imagina P. Leroux, em mais uma peça única da sua autoria, com 40 cm de altura, na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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27 julho 2015
«Milímetros» - João
"Estavas tão hesitante que se notava nas tuas pernas, torneadas, um recorte perfeito no contraste da paisagem, e não há ninguém, não há ninguém aqui, e tu num nervosinho miúdo, miudinho, e eu também, e a electricidade no ar, sentes? Sentes a electricidade a envolver-nos? A comer-nos por dentro, por fora, a atrair, a faísca a formar-se, e as tuas pernas a hesitar, os teus braços atrás das costas sem saber o que fazer, e para onde vamos, o que vem lá, um sol que nasce ou noite escura, e quem vem lá, quem está cá, ninguém, não há ninguém, só silêncio e hesitação, e o teu corpo a conquistar milímetros, avanços e recuos à força para novos avanços sem conseguir resistir e então que te quero, não consigo mais, e deixas-te cair sobre mim, e eu faço-me chão teu, e acolho o teu corpo a cair, a cair, a tombar, desfaleces sobre mim e suspiras, deixas rolar lágrimas pesadas de querer guardado e não há ninguém aqui, não há alma alguma que não a tua, e seguramo-nos num abraço longo, no conforto do cheiro da pele, e o silêncio é imenso, o tempo da verdade, dos sinais, da telepatia que nos faz."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
26 julho 2015
Luís Gaspar lê «Masturbação» de Maria Teresa Horta
Eis o centro do corpo
o nosso centro
onde os dedos escorregam devagar
e logo tornam onde nesse
centro
os dedos esfregam – correm
e voltam sem cessar
e então são os meus
já os teus dedos
e são meus dedos
já a tua boca
que vai sorvendo os lábios
dessa boca
que manipulo – conduzo
pensando em tua boca
Ardência funda
planta em movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
em torno
em volta
no centro desses lábios
que a febre toma
engrossa
e vai cedendo a pouco e pouco
nos dedos e na palma
Maria Teresa Horta
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Diabos vermelhos
Patife
@FF_Patife no Twitter
25 julho 2015
«respostas a perguntas inexistentes (307)» - bagaço amarelo
Em todas as disciplinas da vida vamos aprendendo alguma coisa com o tempo que passa. Aprendemos a cozinhar, a ler e a escrever. Aprendemos a atravessar as ruas, a fazer aviões de papel, a procurar emprego ou a descodificar o código genético humano. Aprendemos, melhor ou pior, tudo aquilo que precisamos. O Amor é a única disciplina em que precisamos de desaprender, talvez por ser, de facto, uma indisciplina. Foi o que eu aprendi nesta vida: a desaprender o Amor. Quem mo ensinou foi uma mulher.
Há uma razão simples para o que eu estou a dizer: tudo o que se ensina explica-se e o Amor morre no exacto momento em que precisa de explicação. "Eu estou com ele porque, apesar de tudo, é bom companheiro e até ajuda em casa", "eu estou com ela porque acho que o casamento deve ser para a vida", "eu estou com ela porque é fiel". Na vida, ensinam-nos sempre que o Amor é ter deixado de Amar. Desaprendamos isso, por favor.
Se todos desaprendêssemos o Amor, Amar tornava-se mais fácil. Menos frágil, mais seguro, mais Ele mesmo. Estou a escrever este texto num momento em que tenho uma enorme pedra na alma porque estou com saudades do meu Amor, aquele que eu não faço a mínima ideia por que motivo Amo. Nem quero fazer, aliás.
Quem me ofereceu esta oportunidade de desaprender totalmente a Amar foi uma mulher, no momento exacto em que me disse que nós já nos Amávamos. Nesse dia tentei explicar-lhe que sim, que nos Amávamos. Eu era o homem que sabia tudo sobre o Amor, ela era a mulher que não sabia nada. Ainda bem. Agradeço-lhe.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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