07 agosto 2015
06 agosto 2015
Leda e o cisne
Pequeno prato em bronze com Leda – rainha de Esparta – e Zeus, transfigurado em cisne.
Uma peça da autoria de Max Le Verrier, na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Uma peça da autoria de Max Le Verrier, na minha colecção.
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05 agosto 2015
«A Guerra dos Tronos» - bagaço amarelo
Defendo a ideia de que todos os homens deviam ter um sofá só para eles, como antigamente. De preferência um monolugar grande e robusto, parecido com o trono de um rei, onde as crianças até podem dar uma cambalhota quando ele não está, mas a mulher nem pensar.
Todos ganham com esse sofá. O homem, que pode ser Rei em casa mesmo quando é humilhado todos os dias no trabalho; a mulher, que ganha o estatuto de conselheira familiar por uns momentos; a criança, que pode dar umas cambalhotas de vez em quando.
O sofá monolugar sempre foi um elemento essencial na estrutura familiar portuguesa. Era com esse sofá que parecia que tudo estava bem, mesmo quando tudo estava mal. Era o Poder do Trono. O homem sentava-se nele a ler o jornal e ganhava imediatamente o estatuto que não tinha em mais lugar nenhum, nem sequer no café da frente entre os bêbados diários (cada um deles também teria o seu sofá em casa).
Com o fim do sofá, as famílias desagregaram-se porque a peça principal da estrutura ruiu. As mulheres começaram a partir do princípio que também tinham o direito à felicidade e, pior, a decidir o seu próprio destino. Aumentou o número de separações, divórcios e discussões caseiras.
O Ikea tem parte da culpa, porque os seus sofás são todos iguais. Falta-lhe o sofá monolugar tipo trono, com uma almofada enorme, pesados pés de madeira e um tecido grosso e difícil para ela limpar.
Na boa época do sofá, um homem decidia que estava apaixonado e queria ficar com aquela mulher para toda a vida, sempre antes do primeiro sexo. Assim mesmo, com o verbo "ficar", não pelo seu significado de posse, mas sim pelo seu aspecto mais conservador. Ficar significa permanecer ou deter-se. O sofá era a garantia desse conservadorismo e o conservadorismo sempre seguiu um modelo masculino.
O fim do sofá como lugar de Poder é uma responsabilidade feminina, no exacto momento em que as mulheres decidiram que o homem não tinha o direito de decidir ficar (lá está o verbo de novo) com elas. A subversão da coisa é que deixou de ser o trono do Rei para passar a ser um lugar de queca. Foi o fim da monarquia lá de casa.
Ainda assim, todos os homens deviam ter um sofá como antigamente.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Todos ganham com esse sofá. O homem, que pode ser Rei em casa mesmo quando é humilhado todos os dias no trabalho; a mulher, que ganha o estatuto de conselheira familiar por uns momentos; a criança, que pode dar umas cambalhotas de vez em quando.
O sofá monolugar sempre foi um elemento essencial na estrutura familiar portuguesa. Era com esse sofá que parecia que tudo estava bem, mesmo quando tudo estava mal. Era o Poder do Trono. O homem sentava-se nele a ler o jornal e ganhava imediatamente o estatuto que não tinha em mais lugar nenhum, nem sequer no café da frente entre os bêbados diários (cada um deles também teria o seu sofá em casa).
Com o fim do sofá, as famílias desagregaram-se porque a peça principal da estrutura ruiu. As mulheres começaram a partir do princípio que também tinham o direito à felicidade e, pior, a decidir o seu próprio destino. Aumentou o número de separações, divórcios e discussões caseiras.
O Ikea tem parte da culpa, porque os seus sofás são todos iguais. Falta-lhe o sofá monolugar tipo trono, com uma almofada enorme, pesados pés de madeira e um tecido grosso e difícil para ela limpar.
Na boa época do sofá, um homem decidia que estava apaixonado e queria ficar com aquela mulher para toda a vida, sempre antes do primeiro sexo. Assim mesmo, com o verbo "ficar", não pelo seu significado de posse, mas sim pelo seu aspecto mais conservador. Ficar significa permanecer ou deter-se. O sofá era a garantia desse conservadorismo e o conservadorismo sempre seguiu um modelo masculino.
O fim do sofá como lugar de Poder é uma responsabilidade feminina, no exacto momento em que as mulheres decidiram que o homem não tinha o direito de decidir ficar (lá está o verbo de novo) com elas. A subversão da coisa é que deixou de ser o trono do Rei para passar a ser um lugar de queca. Foi o fim da monarquia lá de casa.
Ainda assim, todos os homens deviam ter um sofá como antigamente.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
04 agosto 2015
Bouquet de caralhos
Estatueta em gesso pintado em cor de bronze, com falos erectos como símbolo de fertilidade.
Um belo ramalhete da minha colecção.
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