11 agosto 2015

«Dorothea's Revenge» (a vingança daDoroteia) - Peter Fleischmann (1974)


DOROTHEA'S REVENGE (Peter Fleischmann, 1974) NSFW from Spectacle Theater on Vimeo.

Não façam fitas... métricas...


A sobrevalorização do pénis não lhe acrescenta um centímetro que seja. Trust me, rapaziada.

Sharkinho
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Moldes para peças de xadrez erótico

9 moldes em silicone - 1 rei, 1 rainha, 1 bispo, 1 cavalo, 1 torre e 4 peões (2 homens e 2 mulheres) e uma peça de cada, em gesso.
Explicação do vendedor para o modo de uso: Para colocar o material (gesso,cimento ou resina) nos moldes, é necessário colocá-los num suporte com buracos para os manter direitos. O buraco não deve permitir que o molde caia, com o peso. Para retirar as peças do molde, estas devem estar bem secas e deve colocar-se sabão no molde, desenrolando-o como se fosse uma meia.
Um complemento muito curioso de todos os jogos da minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)


10 agosto 2015

Passagem de modelos de carteiras de senhora


8 de junio libran las modelos, 8th june the female models are free, Madrid 2005 from Alicia Framis on Vimeo.

«mi bemol» - João

"Não sabia tocar. Não tinha esse talento. Se alguns tinha, a música pelos dedos não era um deles. Não tinha piano. A destreza dos seus dedos era outra, de outros movimentos, de melar a pele, não de encantar com notas, das notas que se fazem som e apelam aos sentidos. Mas havia música ali, naquela sala. E havia noite a chegar, ao compasso da terra a engolir o Sol, a pouco e pouco, com as linhas da paisagem a mudar de cor, os contornos a tornar-se difusos a pouco e pouco, os gatos nas varandas e nos telhados já pardos, as luzes dos automóveis já acesas naquele momento do dia em que parecem nem fazer tanta diferença assim, e nuvens, algumas também, a rasgar o azul a pontos, e soava música ali. Piano. O piano que não existia naquela sala, que os dedos dele não saberiam nunca tocar, mas havia piano. Havia piano a tocar de uma electrónica fria, provavelmente feita na China, mas piano ainda assim. Um traço de mi bemol a marcar um tom, ele taciturno, o ambiente nocturno, e um toque de frio.

Os pés dela percorreram o chão fresco, leve, ligeira, quase a deslizar, o tecido da camisa a esvoaçar ligeiramente, e a mão assente no pescoço dele, um beijo na cabeça, o corpo a encostar-se a ele, e sempre e ainda o mi bemol a marcar o tom, e a mão dele a tocar a mão dela, a agarrá-la, e ela a deixar o cabelo tocar-lhe o rosto, a janela em frente a eles, a cidade a encolher-se, engolida como o Sol, a pouco e pouco, as linhas da paisagem já negras, os contornos já desaparecidos, dos gatos nem sinal, as nuvens perdidas num céu pintado de negro, a escuridão a invadir a sala sem piano, os dedos sem teclas, pousados no corpo, a nudez a instalar-se, os braços dela a agarrá-lo pelas costas, a apertá-lo com força, e rodam os corpos, passa a perna sobre ele, senta-se ao seu colo, e segura-se assim, tanto tempo, tantos segundos juntos, até o calor os fazer suar dos corpos a bater corações em conjunto, sem fronteira, sem limite, tudo o que se esconde perfeitamente à vista, e nenhum problema, nenhum receio, complexo, restrição.

Quando termina a música, estão os dois na noite mais profunda. Os animais nos seus refúgios, os carros nas garagens, os contornos transformados em nada, a cidade morta, e eles num choro fininho que ao ouvido lhes diz, eu também."




João
Geografia das Curvas

Mamas em todo o lado...

Crica para veres toda a história
... em todo o lado mamas!


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08 agosto 2015

«Desejo compulsivo»


Compulsory Desire from MTK PROD on Vimeo.

«as pessoas que falam demais e as pessoas que falam de menos» - bagaço amarelo

Existem pessoas que falam demais e contam tudo a toda gente sobre tudo e sobre todos. Existem outras que falam de menos e se refugiam constantemente no silêncio para se manterem, a si e aos seus, na privacidade absoluta.
As pessoas que falam demais sabem que falam demais, mas acreditam que as pessoas a quem contam tudo não lhes vão fazer a desfeita de as desmascarar. Acreditam, acima de tudo, que falam demais a pessoas que falam de menos.
As pessoas que falam de menos fazem-no porque põem sempre a hipótese de estarem a falar com quem fala demais. É melhor não contar nada a este tipo porque ele vai contar tudo a toda a gente, pensam.
As pessoas que falam demais são boas, porque acreditam no outro. As pessoas que falam de menos são umas desconfiadas, apesar de desconfiarem de pessoas boas que confiam nelas.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»