18 agosto 2015
Persuasão
Escutou em silêncio sentada na beira da cama, gostou do que ouviu e a alma foi a primeira coisa que despiu até não lhe restar roupa alguma.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 1
Carol Rossetti é uma ilustradora brasileira que criou o «Projeto Mulheres».
Como ela própria explica, "Eu sempre convivi com uma série de pequenas restrições cotidianas sobre meu corpo e o das tantas mulheres que fazem parte da minha vida, e depois de um tempo isso começou a me incomodar. Esse controle é tão parte da nossa cultura que nem sempre nos damos conta de como ele é cruel e do quanto restringe nossas escolhas pessoais. Mas não basta discutir exclusivamente as questões que afetam um grupo específico de mulheres. É preciso também discutir racismo, homofobia, bifobia, transfobia, elitismo, xenofobia, opressão contra pessoas com deficiências físicas. A luta por igualdade e respeito é muito ampla e deve ser inclusiva".
É mais uma das muitas causas pelas quais vale a pena lutar.
Obrigada pela honra de me autorizares a publicar aqui, regularmente, os teus desenhos de alerta e de luta. E bem vinda à fundiSão, Carla Rossetti!
Página pessoal
no Facebook
no Tumblr
Como ela própria explica, "Eu sempre convivi com uma série de pequenas restrições cotidianas sobre meu corpo e o das tantas mulheres que fazem parte da minha vida, e depois de um tempo isso começou a me incomodar. Esse controle é tão parte da nossa cultura que nem sempre nos damos conta de como ele é cruel e do quanto restringe nossas escolhas pessoais. Mas não basta discutir exclusivamente as questões que afetam um grupo específico de mulheres. É preciso também discutir racismo, homofobia, bifobia, transfobia, elitismo, xenofobia, opressão contra pessoas com deficiências físicas. A luta por igualdade e respeito é muito ampla e deve ser inclusiva".
É mais uma das muitas causas pelas quais vale a pena lutar.
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Jarras das Caldas
"Vou prá reforma", "Foi picada de enfermeiro", Mário Soares: "Ó cavaquinho que gaita será esta?" e "para sair o vinho fura-se o pipinho".
Não se passa sede na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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17 agosto 2015
«Virar» - João
"Gesticulavas com alguma violência, e depois afastavas-te, caminhando para longe, pontapeavas pedras no caminho e fixavas o olhar no horizonte, para depois voltar para perto de mim e gesticular de novo, ou bem pior que isso, atirar-me palavras afiadas, frases inteiras no fio da navalha a cortar fundo, e cada palavra era pior que a outra, e a raiva jorrava e dissolvia-se no vento fresco e eu tentava apaziguar-te, e esperavas que o fizesse, tu bem o dizias, que era a parte calma de ti, e tu a bater-me, e a dizer as coisas que o teu coração obrigava, e então segurei-te os pulsos, um deles atrás das tuas costas, o outro acima da cabeça, encostei-te ao carro e o meu corpo ao teu e disse-te, por fim, a um ouvido “Eu não sou um livro”, e depois de te beijar levemente, acrescentei ao outro ouvido “e não tenho páginas”."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
16 agosto 2015
Carta aberta
Minha querida empregada, o teu volume de trabalho é inversamente proporcional ao volume das tuas mamas. Mas enquanto as tiveres estás safa.
Patife
@FF_Patife no Twitter
Patife
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15 agosto 2015
«conversa 2123» - bagaço amarelo
Eu - Estás mesmo bonita, hoje.
Ela - Detesto que me digam isso.
Eu - Porquê?!
Ela - Porque a beleza é supérflua, é por isso. Prefiro que gostem de mim pelo que eu sou.
Eu - Pronto... não és bonita mas és adorável, então.
Ela - Vê lá se levas duas chapadas.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Desencontros» - por Rui Felício
«Melancholy (Melancolia)» Nicoleta Bida, Roménia, 2002 Acrílico sobre tela da colecção de arte erótica «a funda São» |
Uma vida inteira!
Nos momentos de melancolia a Isabel abandonava-se aos seus pensamentos secretos, escondida dos olhares do marido e dos filhos, receosa que eles lhos adivinhassem. Perdia-se em recordações, deixava que a imagem do Luís, aquele que foi o amor da sua juventude, lhe aparecesse nítida, tão presente que quase sentia o seu contacto. Ondas de confidências, gritos de alma, desejos inconfessados abanavam-lhe o corpo, uma doce dor apertava-lhe o coração.
Tantas foram as vezes em que, abraçada ao seu marido, era ao Luís que realmente beijava, que acariciava, que sussurrava palavras de amor.
Nunca mais tinha tido notícias dele, mas jamais o esquecera.
Até que, há pouco tempo...
Viu o nome dele na internet. Ficara a saber que ainda vivia em Portugal, casado e com filhos, do outro lado do mar. Começaram a trocar mensagens, a princípio formais, depois mais íntimas.
Ela, uma mulher madura mas ainda fogosa e bonita, não se conformava por tamanha e tão longa separação.
Um dia, faço-te uma surpresa, apareço-te aí, nem que seja por uns dias, para desfrutarmos este amor que ainda nos une, escrevia-lhe ela nas mensagens que lhe mandava.
O Luís às vezes respondia-lhe que era ele quem lhe faria essa surpresa. Que também ansiava tê-la nos braços, mostrar-lhe todo o amor que também nunca deixou de lhe ter.
Certo dia, o Luís recebeu um telefonema. Era a Isabel a dizer-lhe que, como lhe prometera, estava no aeroporto da Portela para estar com ele. Indicou-lhe o hotel de Lisboa onde se iria hospedar por uma semana e pediu-lhe que fosse encontrar-se com ela.
O Luís, atónito, respondeu-lhe que naquele mesmo momento estava a desembarcar no aeroporto de Newark, para onde tinha ido à procura dela. Fazer-lhe a prometida surpresa...
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
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