05 outubro 2015

Erotismo e morte

Pedro Laranjeira - foto de Lourdes Calmeiro no blog
«Sete Mares», do outro Grão Mestre, Jorge Castro
(Caldas da Rainha, 27 de Junho de 2009)

Pedro Laranjeira, não podias ter-me feito isto, pá!
Além do tanto que fizemos (reportagem da Expofoda em 2006, vários e deliciosos despiques de poesia, a divulgação e defesa de várias causas, entre as quais o naturismo e, acima de tudo, o amor ao erotismo), ficaram tantos projectos/sonhos conjuntos por fazer - revista erótica, segunda edição do DiciOrdinário, o estudo do Charlie, o espaço da minha colecção e muitos etc.
Deixas-nos tantas excelentes memórias... e vou sentir muito a tua falta.
Tu eras um Mundo. E deste-me a honra de pertencer a esse teu Mundo. Serás sempre parte do meu.

A tua, só tua, eroticamente tua
São Rosas

Hoje masturbei-me...

Hoje masturbei-me sete vezes.
Reneguei do sexo a mulher.
Odeio pernas de luxo,
mas não sei se faça broche
... e só é homem quem quer!...

De resto, o sonho é tanto de amor
como o que digo e não sei:
que não dou fodas sequer,
e até nem me masturbei!

Pedro Laranjeira

(um dos primeiros poemas publicados 
por ele neste blog, em 2006)

O Pedro Laranjeira e o cabiço do
David Caetano, no 12º Encontra-a-Funda
(Caldas da Rainha, 14 de Novembro de 2009)

«Se me amarrares» - João

"Vem comigo, vamos ali passear, sentarmo-nos à mesma mesa, competir com as nossas pernas debaixo da mesa pelo mesmo espaço. Vem comigo que te amparo nesses caminhos de pedra irregular, não deixo que balances demasiado nos sapatos senão o balanço da minha canção de te embalar docemente nos meus braços. Vamos fazer essas curvas e contracurvas, até lá acima, até onde a vista alcança e tudo se vê, e pode ser que não passe gente, e pode ser que não passe ninguém, e eu te segure com apetite, ou tu me conquistes com o corpo sentado sobre o meu, vem-te comigo vem, que está calor e as tuas pernas despidas estão à minha vista, e tu provocas-me, ajeitas-te para que tas coma com o olhar ainda antes de me deixares que as toque com as mãos, que o meu caralho suba em ti ou tu desças em mim, tanto faz, é o que é, como é. E sinto os teus dedos apertar-me, e o teu lábio a morder-se, e tu a dizer-me que me deixas desfeito, que me vais deixar marcado, como ferro em brasa, vais cravar-me amor na pele, e eu já estou por tudo, e já estou em ti, e tu a morderes-te, a apertar-me, a fincar o teu corpo no meu como quem se agarra para não cair e nunca mais voltar, e dizes-me que se eu te amarrar, se eu te amarrar talvez esteja seguro. Talvez."
João
Geografia das Curvas

Hans Feurer - imagem do calendário Pentax de 1976


Via mon ami Bernard Perroud

Cães e desejos sexuais



Capinaremos.com

04 outubro 2015

«Quem manda» - Porta do Fundos

«que não me faças sofrer por ti» - bagaço amarelo



É um alívio saber que um grande Amor de hoje pode ser apenas uma vã lembrança amanhã, mas é um alívio ainda maior percebermos que às vezes pensamos que um Amor é grande quando, de facto, não é.
Os grandes Amores são aqueles que se vivem, não aqueles que apenas se querem viver. Quando sofremos por um Amor que nunca o chegou a ser, aproveitemos a dor, que será tão passageira quanto não foi esse Amor.
Quando sofremos por um Amor vivido, aproveitemos essa espécie de Amor que nos faz sofrer sem ter razão para isso.
Eu, agora que disse isto, peço-te que não me faças sofrer por ti.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI das Galerias Lafayette


Antes de pedires um desejo, pensa bem...

Crica para veres toda a história
Mamilo escorregadio


1 página

03 outubro 2015

Sumo de Pornografia - «As mulheres redefinem o que é sexy»


JUICE PORN: Women Redefine Sexy from Julia Patey on Vimeo.

Menina, estás à janela... com o teu...


Via mon ami Bernard Perroud

«Ir à lã e ser tosquiado» - por Rui Felício

Alberto, caixeiro viajante, vivia em Coimbra, mas passava a semana fora, a vender os seus produtos por todo o País.
Sempre que calhava passar por Penamacor, hospedava-se na Pensão Alzira. Era como se já fosse da casa. A Alzira e o João, seu marido tratavam-no como se fosse da família.
Certa noite, depois de jantar, sabendo que o João tinha ido a Lisboa tratar de um assunto e que o comboio da Beira Baixa só o traria de volta cerca da uma da manhã, dirigiu um lânguido olhar à Alzira e fez-lhe uma inesperada proposta.
«Ley sobre o caso de devaça contra o
delicto de pôr cornos, &c.»
Dom Joseph por graça de Deos Rey de Portugal...
- 15 de Março de 1751
Fac-símile de decreto real
na colecção de arte erótica «a funda São»
Dava-lhe 10 contos se ela fosse para a cama com ele antes de chegar o marido. Ela saiu da sala esbaforida e voltou pouco depois com um enorme facalhão, com ar ameaçador.
Disse ao Alberto que até não lhe desagradava a ideia, mas que jamais faria nada sem que o marido concordasse.
Por isso, iriam esperar pela sua chegada e ela perguntar-lhe-ia se ele a autorizaria a aceitar o negócio. O Alberto, aflito, ainda lhe pediu várias vezes para ela esquecer a proposta que num momento de loucura ele lhe fizera.
Mas a Alzira estava decidida!
Apontou-lhe a faca perto da garganta. Esperariam e ela faria aquilo que o marido achasse melhor. Por volta das duas da manhã, o João entra em casa, beija a mulher, olha o Alberto compungido e encolhido a um canto e perguntou o que se passava.
- Aqui o nosso amigo Sr. Alberto fez-me uma proposta muito interessante! - disse a Alzira.
- Ofereceu-me 10 contos para nos comprar aquela mula velha e meio cega que temos no quintal. Mas eu não quis decidir nada sem tu vires.
Resolve tu! – continuou ela, dirigindo-se ao João...
O Alberto, até aí, calado e assustado, fez um sorriso rasgado, virou-se para o João e disse-lhe:- A D. Alzira está equivocada Sr. João. Eu ofereci foram 15 contos.
O João, espantado, tartamudeou em surdina para a mulher:
- Oh Alzira, então era preciso esperares por mim?
Aquela pileca nem um conto de réis vale, mulher!
Olhou o Alberto e disse-lhe:
- Meu amigo, a mula é sua! Dê cá os 15 contos!
No dia seguinte, o Alberto arrastou a mula por uma corda a caminho da fronteira. Dois quilómetros mais à frente, puxou da pistola que habitualmente trazia consigo, deu dois tiros no animal e encaminhou-se à estação de Fatela para apanhar o comboio...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

História da Carochinha


Sim, sei que vivo num mundo à parte. É um mundo de faz-de-cona.

Patife
@FF_Patife no Twitter

02 outubro 2015

«Nudismo - ilegal... às vezes?»

Um vídeo sobre a situação jurídica confusa àcerca da nudez em locais públicos na Inglaterra e no País de Gales.


Sometimes Illegal? from Charlie Blackfield on Vimeo.