07 outubro 2015

Pirocas peruanas

Pici..., perdão, pecinhas de artesanato peruano no mercado de San Pedro, Cusco.
Réplica de jarro Mochica.

Em 1948, na obra "Lost City of the Incas", onde relata a sua descoberta de Machu Picchu, Hiram Bingham notou que havia peças de cerâmica, produzidas por civilizações anteriores aos Incas, que desafiavam escandalosamente a moral e os bons costumes de então. 

Disse: "As peças mais surpreendentes de cerâmica (...) provêm da costa Norte do Peru onde, antes do império incaico, os ceramistas nativos se excederam na produção de realistas grupos humanos e ainda de vivos retratos. Alguma cerâmica ribeirinha permanece ainda inigualada na sua condição de reflexo de acções e emoções humanas. Encontra-se o corpo desnudado, exibindo-se em distintas atitudes, algumas degeneradas de tal forma que são excluídas de exposições públicas.".

A descrição refere-se à arte cerâmica da civilização Mochica (ou Moche, que até está mais de acordo com a temática de algumas peças de cerâmica), que dominou o deserto costeiro Norte do Peru entre os anos 100 a.C. e 700 d.C. e com algumas obras capazes de provocar a inveja de qualquer indivíduo que, na sua macheza, não esteja dotado de um pénis digno de um bovino.

Era uma vez o machismo


06 outubro 2015

Miss Joana Well - «Pedro Laranjeira, o que é, afinal, a saudade?»









Porque eu não quero saber
Porque haveria eu de querer saber
o que é, afinal, a saudade?
O que me trará, agora, a verdade
de um poema sem música, sozinho,
largado à dor, vivo sem nascer
O que me trará, agora, a verdade
desse patamar sem escadas, vizinho
de ninguém, nem subir nem descer.
Porque haveria eu de querer saber
o que é, afinal, a saudade?

Talvez se eu falar assim muito baixinho,
e doer assim tanto mas nem sequer gemer
Talvez se ensurdecer mais um bocadinho
e respirar apenas, nem venham dizer.
Porque eu não quero saber
Porque haveria eu de querer saber
o que é, afinal, a saudade?
É que eu sei, eu sei, eu sei, na verdade
que agora, já não te sei o caminho
Olho-te mas já não te sei como ver
Porque haveria eu de querer saber
que, agora, és tu, afinal, a saudade?

Miss Joana Well

Pornhub preocupa-se: Salvem as Mamocas


Pornhub Cares: Save the Boobs from Pornhub TV on Vimeo.

Simplex


O prazer simples de ver explodir a pele do ombro num arrepio ao primeiro toque dos lábios na nuca.

Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 8








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Fauno e cabra

Conjunto de duas peças em bronze da fundição Bergmann (Viena de Áustria) que se encaixam muito bem... em diversas posições... na minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)









Oposição da pesada



HenriCartoon

05 outubro 2015

Erotismo e morte

Pedro Laranjeira - foto de Lourdes Calmeiro no blog
«Sete Mares», do outro Grão Mestre, Jorge Castro
(Caldas da Rainha, 27 de Junho de 2009)

Pedro Laranjeira, não podias ter-me feito isto, pá!
Além do tanto que fizemos (reportagem da Expofoda em 2006, vários e deliciosos despiques de poesia, a divulgação e defesa de várias causas, entre as quais o naturismo e, acima de tudo, o amor ao erotismo), ficaram tantos projectos/sonhos conjuntos por fazer - revista erótica, segunda edição do DiciOrdinário, o estudo do Charlie, o espaço da minha colecção e muitos etc.
Deixas-nos tantas excelentes memórias... e vou sentir muito a tua falta.
Tu eras um Mundo. E deste-me a honra de pertencer a esse teu Mundo. Serás sempre parte do meu.

A tua, só tua, eroticamente tua
São Rosas

Hoje masturbei-me...

Hoje masturbei-me sete vezes.
Reneguei do sexo a mulher.
Odeio pernas de luxo,
mas não sei se faça broche
... e só é homem quem quer!...

De resto, o sonho é tanto de amor
como o que digo e não sei:
que não dou fodas sequer,
e até nem me masturbei!

Pedro Laranjeira

(um dos primeiros poemas publicados 
por ele neste blog, em 2006)

O Pedro Laranjeira e o cabiço do
David Caetano, no 12º Encontra-a-Funda
(Caldas da Rainha, 14 de Novembro de 2009)

«Se me amarrares» - João

"Vem comigo, vamos ali passear, sentarmo-nos à mesma mesa, competir com as nossas pernas debaixo da mesa pelo mesmo espaço. Vem comigo que te amparo nesses caminhos de pedra irregular, não deixo que balances demasiado nos sapatos senão o balanço da minha canção de te embalar docemente nos meus braços. Vamos fazer essas curvas e contracurvas, até lá acima, até onde a vista alcança e tudo se vê, e pode ser que não passe gente, e pode ser que não passe ninguém, e eu te segure com apetite, ou tu me conquistes com o corpo sentado sobre o meu, vem-te comigo vem, que está calor e as tuas pernas despidas estão à minha vista, e tu provocas-me, ajeitas-te para que tas coma com o olhar ainda antes de me deixares que as toque com as mãos, que o meu caralho suba em ti ou tu desças em mim, tanto faz, é o que é, como é. E sinto os teus dedos apertar-me, e o teu lábio a morder-se, e tu a dizer-me que me deixas desfeito, que me vais deixar marcado, como ferro em brasa, vais cravar-me amor na pele, e eu já estou por tudo, e já estou em ti, e tu a morderes-te, a apertar-me, a fincar o teu corpo no meu como quem se agarra para não cair e nunca mais voltar, e dizes-me que se eu te amarrar, se eu te amarrar talvez esteja seguro. Talvez."
João
Geografia das Curvas

Hans Feurer - imagem do calendário Pentax de 1976


Via mon ami Bernard Perroud

Cães e desejos sexuais



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