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09 outubro 2015
08 outubro 2015
Postalinho das Vozes da Rádio
"Há particularidades assinaláveis na voz do António Miguel..."
Jorge Prendas
(Grupo Vozes da Rádio, em estúdio para um novo disco)
Jorge Prendas
(Grupo Vozes da Rádio, em estúdio para um novo disco)
«Copacabana» - de Lobo e Odyr
«Uma vida de dia, outra de noite. Copacabana já foi mais chique e segura do que é hoje em dia. Lobo e Odyr, os autores, percorrem o quotidiano de uma prostituta de nome
Diana, envolvida em esquemas que giram em torno de sexo sujo, do dinheiro, da droga, do crime - com uma análise antropológica crua da situação das profissionais do sexo à mistura - tudo nas melhores companhias, claro. A beleza fugaz e a luxúria debatem-se contra a miséria e a corrupção. Diana percorre estes trilhos, onde foi parar num golpe que deu para o torto. Salvar-se-á?»
Um livro de banda desenhada brasileira editado em Portugal pela Polvo - Rui Brito Edições.
Junta-se ao núcleo de banda desenhada da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Diana, envolvida em esquemas que giram em torno de sexo sujo, do dinheiro, da droga, do crime - com uma análise antropológica crua da situação das profissionais do sexo à mistura - tudo nas melhores companhias, claro. A beleza fugaz e a luxúria debatem-se contra a miséria e a corrupção. Diana percorre estes trilhos, onde foi parar num golpe que deu para o torto. Salvar-se-á?»
Um livro de banda desenhada brasileira editado em Portugal pela Polvo - Rui Brito Edições.
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«Cuidado» - Adão Iturrusgarai
O João Barreto aproveita para oder:
"E hoje em dia se quiser
um broche sem acidentes
obrigam-me a procurar
uma velha já sem dentes"
Ah fadista! Boca linda!
07 outubro 2015
Deusas das uvas
Video criado pela fotógrafa alemã Iris Brosch, durante as sessões de fotos com modelos nuas, fotografadas nas vinhas da região de Friuli (Itália), para o calendário da empresa SIMPLES, maior distribuidora de vinhos da Rússia.
friuli-goddesses of the grapes! from Iris Brosch on Vimeo.
friuli-goddesses of the grapes! from Iris Brosch on Vimeo.
«um adeus para sempre» - bagaço amarelo
Que espaço devemos dar a quem Amamos e que espaço devemos exigir para nós e para ambos? Não sei. Sei que, numa relação, só muito raramente duas pessoas estão de acordo nesta matéria, matéria essa que se vai aprendendo quase sempre tarde demais.
Lembro-me duma mulher a quem todos os dias eu não dizia nada. Sei muito bem que há muitas mulheres a quem nunca digo nada, mas esta era por opção. Sentávamo-nos todas as manhãs num café do Porto, frente a frente, a tomar o pequeno-almoço. Trocávamos olhares, sorrisos, às vezes até cheiros e compreensão. Nunca trocávamos palavras, nem sequer a que tem o nosso nome ou deseja um bom dia ao outro.
Obviamente apaixonei-me por ela, porque o mistério é sempre apaixonante. Obviamente passei a conhecer-lhe pequenos gestos e vícios. A forma como lia o jornal de trás para a frente, para no fim o dobrar em dois sempre com a capa para dentro, como se quisesse esconder as vergonhas do mundo que tinha acabado de ler. Bebia sempre um galão num daqueles copos que vêm dentro duma armação metálica e comia meia torrada com pouca manteiga. Às vezes, e esse gesto surpreendia-me sempre, penteava-se no reflexo dum espelho ferrugento. Surpreendia-me, porque parecia-me sempre renovada quando o fazia, como se tivesse acabado de beber um pouco de água da Fonte da Juventude.
Por falar em Fonte da Juventude, teria provavelmente mais uns vinte anos do que eu, ou seja, mais ou menos a idade a idade que eu tenho agora. Vivi naquela relação matinal e silenciosa durante alguns meses e passei a pensar nela como parte da minha vida. Se num ou noutro momento ela se atrasava e não aparecia, eu tornava-me ansioso e triste. Sofria.
Nunca soube o nome dela, nem ela o meu, mas senti-lhe os lábios no dia em que ela se levantou e me disse que era a última vez que nos víamos. Beijou-me. Ia atravessar o Atlântico de regresso a casa. Só aí é que eu soube que era brasileira, apesar do seu português europeu. Despediu-se no seu jeito tímido de todos os empregados e, já na porta, tornou a dizer-me adeus.
Um adeus para sempre.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Pirocas peruanas
Pici..., perdão, pecinhas de artesanato peruano no mercado de San Pedro, Cusco.
Réplica de jarro Mochica.
Réplica de jarro Mochica.
Em 1948, na obra "Lost City of the Incas", onde relata a sua descoberta de Machu Picchu, Hiram Bingham notou que havia peças de cerâmica, produzidas por civilizações anteriores aos Incas, que desafiavam escandalosamente a moral e os bons costumes de então.
Disse: "As peças mais surpreendentes de cerâmica (...) provêm da costa Norte do Peru onde, antes do império incaico, os ceramistas nativos se excederam na produção de realistas grupos humanos e ainda de vivos retratos. Alguma cerâmica ribeirinha permanece ainda inigualada na sua condição de reflexo de acções e emoções humanas. Encontra-se o corpo desnudado, exibindo-se em distintas atitudes, algumas degeneradas de tal forma que são excluídas de exposições públicas.".
A descrição refere-se à arte cerâmica da civilização Mochica (ou Moche, que até está mais de acordo com a temática de algumas peças de cerâmica), que dominou o deserto costeiro Norte do Peru entre os anos 100 a.C. e 700 d.C. e com algumas obras capazes de provocar a inveja de qualquer indivíduo que, na sua macheza, não esteja dotado de um pénis digno de um bovino.
06 outubro 2015
Miss Joana Well - «Pedro Laranjeira, o que é, afinal, a saudade?»
Porque eu não quero saber
Porque haveria eu de querer saber
o que é, afinal, a saudade?
O que me trará, agora, a verdade
de um poema sem música, sozinho,
largado à dor, vivo sem nascer
O que me trará, agora, a verdade
desse patamar sem escadas, vizinho
de ninguém, nem subir nem descer.
Porque haveria eu de querer saber
o que é, afinal, a saudade?
Talvez se eu falar assim muito baixinho,
e doer assim tanto mas nem sequer gemer
Talvez se ensurdecer mais um bocadinho
e respirar apenas, nem venham dizer.
Porque eu não quero saber
Porque haveria eu de querer saber
o que é, afinal, a saudade?
É que eu sei, eu sei, eu sei, na verdade
que agora, já não te sei o caminho
Olho-te mas já não te sei como ver
Porque haveria eu de querer saber
que, agora, és tu, afinal, a saudade?
Miss Joana Well
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