24 outubro 2015
«O aplauso da esposa» - por Rui Felício
Sentados no confortável sofá, uma luz tépida projectava as suas sombras, o Pedro com um copo na mão, a Inês reclinada, a blusa meio aberta, a perna esquerda dobrada sob a direita, conversavam…
Discorriam sobre os mais variados assuntos, sem que aparentemente houvesse entre eles nenhuma conexão. Eram palavras, simples palavras, que escondiam o pensamento comum.
Os olhares, os movimentos dos corpos, os gestos, iam, a pouco e pouco, denunciando esse pensamento e disfarçando os desejos cada vez menos ocultos que lhes toldavam a compostura.
A conversa decorria, mas já acompanhada pelo toque falsamente casual das mãos, pela profundidade dos olhares, pela irreprimível aproximação dos corpos.
Ela deixou-se escorregar no sofá, distendeu-se, abriu os braços num convite. Ele aproximou-se, abraçou-a, beijou-lhe os lábios, primeiro de forma suave, depois com crescente sofreguidão.
O diálogo mantinha-se, agora com as vozes roucas, entrecortadas com gemidos e juras de amor, traduzindo o visível prazer que ambos estavam a sentir.
Protegida pela escuridão, a Sónia, a mulher do Pedro, assistia a tudo, calada, sem que ninguém o soubesse.
Sem ciúme, pelo contrário, sentia-se estranhamente orgulhosa, admirando a forma perfeita como o Pedro se estava a desempenhar.
Apetecia-lhe gritar que ele era o seu marido, que aquele era o homem mais sensual e meigo do mundo, que sabia fazer feliz qualquer mulher, e que era assim que a amava a ela própria todas as noites.
Quando a cortina se fechou e as luzes cruas da plateia se acenderam, a Sónia foi a primeira a gritar “Bravo!“ , juntando os seus aplausos aos dos restantes espectadores do Teatro da Trindade que tinham presenciado a versão moderna da peça “Pedro e Inês”.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Discorriam sobre os mais variados assuntos, sem que aparentemente houvesse entre eles nenhuma conexão. Eram palavras, simples palavras, que escondiam o pensamento comum.
Os olhares, os movimentos dos corpos, os gestos, iam, a pouco e pouco, denunciando esse pensamento e disfarçando os desejos cada vez menos ocultos que lhes toldavam a compostura.
A conversa decorria, mas já acompanhada pelo toque falsamente casual das mãos, pela profundidade dos olhares, pela irreprimível aproximação dos corpos.
«Érostrato - Rito teatral» de Pedro Barbosa Centelha, colecção Teatro, 1983 da colecção de arte erótica «a funda São» |
O diálogo mantinha-se, agora com as vozes roucas, entrecortadas com gemidos e juras de amor, traduzindo o visível prazer que ambos estavam a sentir.
Protegida pela escuridão, a Sónia, a mulher do Pedro, assistia a tudo, calada, sem que ninguém o soubesse.
Sem ciúme, pelo contrário, sentia-se estranhamente orgulhosa, admirando a forma perfeita como o Pedro se estava a desempenhar.
Apetecia-lhe gritar que ele era o seu marido, que aquele era o homem mais sensual e meigo do mundo, que sabia fazer feliz qualquer mulher, e que era assim que a amava a ela própria todas as noites.
Quando a cortina se fechou e as luzes cruas da plateia se acenderam, a Sónia foi a primeira a gritar “Bravo!“ , juntando os seus aplausos aos dos restantes espectadores do Teatro da Trindade que tinham presenciado a versão moderna da peça “Pedro e Inês”.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
23 outubro 2015
Isto é que aumentaria as matrículas em Biologia!
Debby Heerkens, uma professora de biologia holandesa, decidiu adoptar um método de ensino controverso: subiu para uma mesa e tirou a roupa que tinha vestida... mostrando roupas que representam músculos, ossos e órgãos.
[visto aqui]
[visto aqui]
«preconceituoso australopiteco e homossexual não assumido» - bagaço amarelo
Estava triste, quando o criei, por causa duma mulher. Neste momento estou feliz por causa de outra. O futuro não sei como será. Tento não pensar nele.
Só estou a escrever isto porque recebi um comentário anónimo que, entre outras coisas, me chama um "preconceituoso australopiteco e homossexual não assumido" (sic).
Já que falo nisto, não sou homossexual nem, se o fosse, teria um orgulho muito especial por sê-lo. Também não teria vergonha. A orientação sexual de cada um é apenas uma característica que não determina nada de importante. Fico à espera, apenas, que um dia destes as pessoas deixem de pensar nisso como um bicho de sete cabeças e consigam ter uma vida sexual e amorosa sem macaquinhos na cabeça. A não ser, claro, que os macacos na cabeça façam parte dum fetiche qualquer.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Consultório sentimental - Season 1, Episódio 1» - Ruim
Muito boa galdéria me pergunta: “Ó Ruim, é de bom tom eu aderir à Via Verde na minha senaita logo no primeiro encontro?”
Primeiro vamos definir o que é um encontro. Nós tugas temos uma cultura única de “ir beber um cafezinho” antes de decidirmos se queremos esbardalhar crica alheia, ou no caso delas, se valerá a pena cometer pela 87ª vez o mesmo erro para depois acabarem a chorar em casa a comer Nutella com as mãos. Isto dos encontros é coisa dos filmes e das séries americanas, pois nós (povo teso), antes de ir gastar o pilim a pensar na pila gastamos na bica a pensar no bico.
Por isso quando se já chega à fase do encontro, subentende-se, que cada um já decidiu previamente que aquilo vai acabar em chavascal ordinário (ou pelo menos um deles). Ambos tentam manter uma postura cinicamente impecável no jantar como se não tivessem ambos a pensar em mil coisas medievais para fazer nas virilhas um do outro. Por isso vamos ser adultos e pensar que por um lado não vivemos dentro de comédias românticas com o Ben Affleck e que por outro também não vivemos em clips de 5 minutos do Pornhub com a Christy Mack. Para tudo há um meio termo. As pessoas fodem. Tu fodes. Eu fodo.. ou vamos todos pensar que sim. Como já disse aqui uma vez, até as nossas avós que por esta hora estão a tricotar umas meias de lã já saltitaram em cima de uma mola de chicha. Se tu galdéria de chaboita fácil já foste comida e deitada fora por mais que um gajo então repensa a maneira como encaras esses encontros e tenta oferecer algo mais à outra pessoa para além do par de mamas que tens. Se tu menina de bem que insiste em fazer o papel de gaja difícil e que tens junto à xoila uma porta em titânio reforçado com dois agentes do corpo de segurança pessoal da PSP, então repensa um pouco porque é que jantam todos à tua conta e depois metem-se nas putas… literalmente.
E para vocês homens o Ruim recomenda: esgalhar sempre uma antes do encontro para conseguirmos comportarmo-nos como um ser humano e não como um chimpanzé que comeu Cialis à colherada.
Bom senso e meio termo é o que é preciso pois não há uma receita única para a coisa.
Por falar nisso… alguém quer ir jantar comigo?
Ruim
no facebook
Primeiro vamos definir o que é um encontro. Nós tugas temos uma cultura única de “ir beber um cafezinho” antes de decidirmos se queremos esbardalhar crica alheia, ou no caso delas, se valerá a pena cometer pela 87ª vez o mesmo erro para depois acabarem a chorar em casa a comer Nutella com as mãos. Isto dos encontros é coisa dos filmes e das séries americanas, pois nós (povo teso), antes de ir gastar o pilim a pensar na pila gastamos na bica a pensar no bico.
Por isso quando se já chega à fase do encontro, subentende-se, que cada um já decidiu previamente que aquilo vai acabar em chavascal ordinário (ou pelo menos um deles). Ambos tentam manter uma postura cinicamente impecável no jantar como se não tivessem ambos a pensar em mil coisas medievais para fazer nas virilhas um do outro. Por isso vamos ser adultos e pensar que por um lado não vivemos dentro de comédias românticas com o Ben Affleck e que por outro também não vivemos em clips de 5 minutos do Pornhub com a Christy Mack. Para tudo há um meio termo. As pessoas fodem. Tu fodes. Eu fodo.. ou vamos todos pensar que sim. Como já disse aqui uma vez, até as nossas avós que por esta hora estão a tricotar umas meias de lã já saltitaram em cima de uma mola de chicha. Se tu galdéria de chaboita fácil já foste comida e deitada fora por mais que um gajo então repensa a maneira como encaras esses encontros e tenta oferecer algo mais à outra pessoa para além do par de mamas que tens. Se tu menina de bem que insiste em fazer o papel de gaja difícil e que tens junto à xoila uma porta em titânio reforçado com dois agentes do corpo de segurança pessoal da PSP, então repensa um pouco porque é que jantam todos à tua conta e depois metem-se nas putas… literalmente.
E para vocês homens o Ruim recomenda: esgalhar sempre uma antes do encontro para conseguirmos comportarmo-nos como um ser humano e não como um chimpanzé que comeu Cialis à colherada.
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22 outubro 2015
«Sexus politicus - ligações perigosas» - livro de Christophe Deloire e Christophe Dubois
Escândalos sexuais de diversos políticos franceses das décadas mais recentes.
Bisbilhotices... na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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21 outubro 2015
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