28 outubro 2015

"Eu masturbo-me..."

Postalinho de Singapura 1

"Lençóis impermeáveis."
São P.


«pensamentos catatónicos (323)» - bagaço amarelo

Da dificuldade de género

Há mulheres que pensam que os homens são fáceis. Pensam que basta estalar os dedos para levar um para a cama. São parvas, até porque aquilo em que acreditam é a mais pura das verdades. A única excepção à regra são elas mesmas.
Os homens são fáceis, a não ser que sejam tratados como tal.
Há homens que pensam que as mulheres são difíceis. Pensam que é preciso este mundo e o outro para levar uma para a cama. São parvos, até porque aquilo em que acreditam é a mais pura das verdades. A única excepção à regra são eles mesmos.
As mulheres são difíceis, a não ser que sejam tratadas como tal.
A delícia da sedução pode passar por aí: um homem fácil a mostrar-se difícil e uma mulher difícil a tentar ser fácil. Nesse caso, ele dar-lhe-á este mundo e o outro até ela estalar os dedos.
O Amor é tão difícil, não é?


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Fama rapidinha



26 outubro 2015

Carl's Jr. - «Borderball» (fronteirabol)

«Muito disto» - João

"Estou colada ao teu corpo. Sabes? Sinto-te nas minhas costas, as tuas pernas nas minhas. O calor faz a pele transpirar, mas não existe desagrado, não é como a transpiração de um estranho que nos leva ao trejeito e fuga. É a tua pele, a minha pele, não há desagrado, só o nosso calor. Eu ajeito-me melhor para ti, sabes? Movo-me para que as minhas nádegas se encostem mais, para te sentir duro a latejar em mim, e lanço a mão ao teu corpo, faço-te umas cócegas ligeiras, tu afundas o nariz no meu cabelo, beijas-me o pescoço, e eu sei tanto, sei tanto do tanto que te quero foder, de como quero que me fodas, e fazer amor também, ao mesmo tempo, sem saber onde começa uma coisa e acaba outra, convencida de que uma e outra não começam nem acabam, são faces da mesma moeda, e eu digo-te que estou apaixonada por ti, suspiro baixinho, que sou tão tua, e tu apertas-me mais ainda, dizes-me ao ouvido as palavras que eu quero ouvir, e o teu timbre diz-me que é tudo verdade, que em nada me mentes, e digo que te amo, e peço-te que entres em mim, que o latejar que sinto fora de mim se faça um comigo, uno, como se indivisíveis. As tuas mãos percorrem-me, como uma estrada secundária, perdes tempo nas curvas a ver a paisagem, demoras-te, conduzes devagar os dedos por mim, e eu não quero nem consigo evitar suspirar, ou a espaços gemer, baixinho, faltar-me-ia ronronar, feita felina. Talvez o seja. Fazes-me sentir felina, de colocar as garras de fora e arrastá-las nas tuas costas, de te morder. Talvez tenhas de me segurar, talvez devas amarrar-me, antes que te solte a fera em cima e fiques em sangue, em feridas que terei de tratar, sentada ao teu colo, talvez tenha de massajar-te as costas enquanto o meu peito está ao nível da tua boca a pedir que o lambas, que me mordas levemente, muito levemente, os mamilos, talvez eu queira dizer-te muitas mais coisas ao ouvido, talvez eu precise muito de ti."
João
Geografia das Curvas

Eva portuguesa - «Cocaína»

Era meio dia quando recebi aquilo que eu pensava ser uma marcação normal. Bom, passar da entrada ao quarto foi complicado pois, apesar da curta distância, o senhor estava a ter bastantes dificuldades.
Já no quarto, entrega-me o pagamento sob a forma de uma bola de papel só que, em vez de ser jornal era, felizmente, papel moeda. 
Agarra-se a mim e às minhas mamas como se fosse plasticina... tudo acompanhado de fungadelas constantes e repetidas. Percebi imediatamente o que se passava: coca! Vendo-o tão acelerado, mando-o para o banho. Pior! Para além de obviamente não ter erecção, transpirava como um porco a caminho do matadouro e o coração parecia querer saltar do peito... 
Mau! Pensei. Apesar dos mimos e de tentar criar ambiente, o homem não conseguia estar parado. Temendo que ainda passasse mal, pedi-lhe para se vestir e sair. Vá lá; concordou que não estava nas melhores condições. Mas vestir-se e calçar-se foi uma aventura! Continuava a suar em bica e ia caindo três ou quatro vezes... 
Disse que voltava quando estivesse mais. Eu respondi: se calhar é melhor voltar quando estiver menos...

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado