11 novembro 2015

Uma posição nada católica...


Martin van Meytens Yr.
«Freira ajoelhada» (frente e verso)
cerca de 1731
Museu Nacional de Estocolmo


Via mon ami Bernard Perroud

«Consegues ser mais promíscuo do que um miúdo de dez anos?» - bagaço amarelo

Os homossexuais, bissexuais e transexuais não são, por definição, tarados sexuais que só pensam em sexo com vestimentas alegóricas, próprias do Carnaval do Rio de Janeiro. São pessoas que Amam, se apaixonam e sofrem de Amor como outra pessoa qualquer.
Estou a dizer isto por um motivo muito simples: quem assiste a uma marcha qualquer sobre o Orgulho LGBT pode pensar que sim, e é por isso que eu não dou muito crédito a essas marchas. Aceito-as, mas acho-as estúpidas porque têm um efeito contrário ao que teoricamente pretendem, ou seja, a aceitação generalizada de todas as orientações sexuais.
Vejo reportagens fotográficas e vídeo das várias marchas que recentemente se realizaram um pouco por todo o mundo (algumas, infelizmente, com intervenção policial injustificada) e vem-me à mente um programa de televisão que se poderia chamar "Consegues ser mais promíscuo do que um miúdo de dez anos?".
A promiscuidade não é exclusiva de quem não é heterossexual, mas as manifestações parecem querer fazer parecer que sim. Provavelmente, nunca ninguém ali falou com um putanheiro a sério, bom chefe de família, bebedor de Teobar e presente todos os fins de semana nos jogos do Benfica.
Por isso repito: os homossexuais, bissexuais e transexuais são pessoas que Amam, se apaixonam e sofrem de Amor como outra pessoa qualquer.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Eva portuguesa - «Fode-me»

Fode-me com o olhar, com as mãos, com o sorriso. Fode-me com a língua e com o sexo. Fode-me com força e depressa, com coragem e desespero. Fode-me devagar e com meiguice, quase como se fazendo amor. Fode-me a c*na e a boca; e o traseiro também. Fode-me até chegares à alma e encontrares a minha essência. Fode-me toda. Só não me fodas o juízo.

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Não vás ao médico, não...



10 novembro 2015

Tinta que desnuda


Paint Stripper from Tim Fitzgerald on Vimeo.

A matemática não é uma batata

Vou fazer sexo 3 vezes ao dia daqui a quatro anos. Não é uma promessa, é uma estimativa do resultado das vezes que isso que me apetece agora

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 13







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Mulher ave... vulgo passarinha

Esta é uma peça muito pessoal da minha colecção, com um significado especial.
Com o meu Pai, aprendi a amar a natureza e o erotismo. Junto a uma fotografia dele, na minha escrivaninha, tenho um pequeno pássaro como os que ele salvou tantas vezes quando caíam do ninho no beiral do telhado da escola aonde era professor. E tenho esta... passarinha.
Se o meu Pai fosse vivo, certamente iria gostar desta companhia.



Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

09 novembro 2015

Bela tela...

«Eternizar momentos» - João

"Às vezes fotografo mulheres nuas. É certo que na maioria das vezes que aponto a objectiva às mulheres, elas estão vestidas, mas às vezes, às vezes sim, elas estão nuas. E mesmo quando estão vestidas há sempre um certo grau de nudez, e talvez algumas se sintam mais despidas com roupa do que sem ela. Estimo que se franzam alguns sobrolhos quando pensam nisto de eu fotografar mulheres nuas. Talvez lhes fosse mais fácil se eu fosse ginecologista. Talvez sentissem que eu passar os meus dias com a cabeça enfiada entre tornozelos a observar vaginas em variados graus de deterioração fosse mais casto, mais útil, mais seguro. Mas isto de virar vidro, sensores digitais e o meu olhar a corpos femininos despidos, não, isso não pode ser coisa boa. Este palerma que faz geografia em curvas, que tem sempre uma piada pronta como malaguetas e uma mente muito imaginativa não pode, seguramente não pode, fotografar mulheres nuas e não fazer disso algum tipo de joguinho, de limpeza oftálmica, de alimento à fantasia. E no entanto, se assim pensarem, dir-vos-ei, não me conheceis mesmo nada e tomais-me por outra pessoa que não eu.
Talvez sentissem que eu passar os meus dias com a cabeça enfiada entre tornozelos a observar vaginas em variados graus de deterioração fosse mais casto, mais útil, mais seguro.
Às vezes fotografo mulheres nuas. Vieram depois de muitos, muitos anos com as paisagens que não se queixam e não mudam muito, vieram a seguir aos edifícios e depois a alguns retratos, e a dificuldade cresceu, a responsabilidade chamou, e o corpo feminino colocou-se perante mim assim, a jeito para pressionar um botão e fazer uso da luz. E quando toca a fazer uso da luz, quando toca a enfiar sensações, sentimentos, estados de alma num rectângulo que a câmara me desenha, a responsabilidade chega a ser esmagadora. E importa-me tão pouco se as mulheres que estão frente a mim estão nuas ou não. Não estou apaixonado por elas, não lhes desejo o corpo, nada quero delas que não o respeito mútuo e o esforço por um bom resultado, que a todos faça chegar ao final do dia e pensar que aquela fotografia vai perdurar, vai transmitir alguma coisa que vai tocar a alguém. Não lhes toco sequer, e se tiver de o fazer, é com permissão e com explicação prévia do que vou fazer e porque vou fazer. Quando nos colocamos perante uma objectiva, estamos vulneráveis. Julgamos controlar tudo – tudo! – mas temos perante nós alguém com o poder de nos fazer parecer bem, ou mal, e não temos tanto poder sobre isso quanto pensamos. Vendo bem, o meu lado, protegido atrás do anonimato de uma máquina pesada, é o mais fácil. Sendo difícil, porque me exijo uma perfeição que sei que me ilude, é ainda assim o mais fácil. E essas mulheres, essas mulheres que se colocam frente a mim, nos mais variados estados de nudez – um rosto destapado num corpo totalmente vestido pode ser tão mais despido! – são mulheres a quem agradeço, mulheres que respeito, e que eu espero que tenham sempre sentido isso da minha parte.

Às vezes fotografo mulheres nuas. Mesmo quando estão totalmente vestidas. Podia dizer-vos que é pela arte. Prefiro dizer-vos que é pelo eternizar de momentos, na colecção que todos fazemos, elas e eu, de algo que nos transcenda. E descobri, com o tempo, que a fotografia facilmente nos transcende. Como poucas coisas."

João
Geografia das Curvas

Meta-me orfoses...



Via Giphy.com