20 novembro 2015
«conversa 2133» - bagaço amarelo
Eu - Queres muito que ele te telefone?
Ela - Por acaso, quero.
Eu - Já lhe telefonaste tu?
Ela - Não tenho coragem.
Eu - Porquê?
Ela - Logo no primeiro dia, eram para aí umas três da tarde, mandei-lhe uma mensagem a dizer que os homens são todos uma vergonha. Levam uma gaja para a cama e depois não dizem nada...
Eu - Hum...
Ela - Achas que o espantei?
Eu - Sei lá. A mim espantavas-me de certeza.
Ela - Opá! Estava ansiosa... Ele foi tão encantador. Fez-me o pequeno-almoço e tudo...
Eu - Fez-te o pequeno-almoço?
Ela - Sim, porquê?
Eu - É bom sinal. Eu só faço o pequeno-almoço se gosto muito da pessoa com quem passei a noite.
Ela - Fixe. Mas então porque é que ele ainda não disse nada?
Eu - Se calhar espantaste-o...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Obsceno» - Ruim
O que será para uns não será para outros, a obscenidade é como ananás na pizza ou o pickle do Big Mac e será sempre uma questão subjectiva sujeito à interpretação individual que cada um tem. Esta nossa avaliação moral que temos e que fazemos constantemente é o produto de anos de educação e exposição a vários elementos do nosso meio social.
O nosso julgamento a nós nos pertence e o meu partilho quando me o pedem, tentando sempre transmitir de forma a que a pessoa perceba o meu ponto de vista estando do meu lado.
Nesta questão partilho um pouco a visão do Larry Flint, um gajo que parece ter levado com uma pá de coveiro na cara, mas que teve uma luta de vida contra o cínico moralismo americano. Não vou estar aqui a citar o homem palavra por palavra, mas o fundador da revista pornográfica “Hustler” pôs as pessoas a pensar sobre o que podemos considerar obsceno. O corpo humano? Sexo? Homens nus? Mulheres nuas? Porque é o sexo obsceno? Em que medida um acto natural é de tal forma nos incutido como algo falado em forma de tabu que quando somos expostos há sempre parte de nós que se retrai? Até eu. Eu um dia se tiver uma filha, vou ter dificuldade em falar de sexo com ela porque de certeza vou ser demasiado cientifico e técnico porque a última coisa que qualquer pai deseja é falar de mamar em sardos com a própria filha. “Vai falar com a tua mãe, eu vou lá abaixo comprar tabaco” – seria a minha resposta.
E porque é que é assim? Porque eu, tal como vocês, e por muito que alguns de nós tenhamos sido criados por pais liberais (o meu caso), continuamos a viver num meio que de uma forma ou outro nos mina a cabeça para continuarmos a manter o sexo como algo que deve ser falado off topic. Há sim coisas que devem ser mantidas na intimidade, como em tudo porque entrar na vulgaridade é outro tipo de questão em si. Mas quando a simples visualização do corpo, de partes do corpo, de actos perfeitamente naturais (e não estou aqui a falar de dois anões a espetar cones de sinalização no rabo de uma alemã vestida de bailarina) é algo obsceno… a mim deixa-me algo triste. Não estou a dizer que devemos todos andar a espalhar fotos de nabos e senaitas em panfletos e distribuir à porta do metro no Saldanha apenas porque sim, dado que isso era ridículo e sem nexo. Agora quando uma coisa é com sentido e num propósito que se consegue encaixar num contexto e/ou conceito e no fundo até tem um sentido positivo, é muito triste constatar quem em pleno 2015 haja tamanha tacanhez de espírito.
Tacanhez de espirito essa que não se deixou impressionar ou achar obscena a foto de uma criança morta.
As imagens de violência que percorrem os nossos canais e redes sociais.
As imagens sangrentas de uma tourada em pleno horário nobre.
A exploração do sofrimento humano por parte de alguns media.
A violência psicológica e por vezes física para com mulheres que alguns dos reality shows nos trazem ao ecrã do nosso lar.
Portanto foi uma pila com olhos que incomodou? Ou umas mamas? Um rabo?
E não estou a dar demasiada importância a isto dado que foi uma denunciazinha parva e até quase sem maldade (espero eu), mas era um tema que já queria falar há algum tempo e aproveitei a maré.E sim, fiz uma tempestade num copo de água porque eu também gosto de me fazer de vítima. Sou uma diva de barba.
O que é obsceno? Que tipo de mundo estamos neste momento que já nem pisca os olhos a imagens de porrada, mas deixa-se ficar melindrado por uma pila com olhos?
O nosso.
Ruim
no facebook
O nosso julgamento a nós nos pertence e o meu partilho quando me o pedem, tentando sempre transmitir de forma a que a pessoa perceba o meu ponto de vista estando do meu lado.
Nesta questão partilho um pouco a visão do Larry Flint, um gajo que parece ter levado com uma pá de coveiro na cara, mas que teve uma luta de vida contra o cínico moralismo americano. Não vou estar aqui a citar o homem palavra por palavra, mas o fundador da revista pornográfica “Hustler” pôs as pessoas a pensar sobre o que podemos considerar obsceno. O corpo humano? Sexo? Homens nus? Mulheres nuas? Porque é o sexo obsceno? Em que medida um acto natural é de tal forma nos incutido como algo falado em forma de tabu que quando somos expostos há sempre parte de nós que se retrai? Até eu. Eu um dia se tiver uma filha, vou ter dificuldade em falar de sexo com ela porque de certeza vou ser demasiado cientifico e técnico porque a última coisa que qualquer pai deseja é falar de mamar em sardos com a própria filha. “Vai falar com a tua mãe, eu vou lá abaixo comprar tabaco” – seria a minha resposta.
E porque é que é assim? Porque eu, tal como vocês, e por muito que alguns de nós tenhamos sido criados por pais liberais (o meu caso), continuamos a viver num meio que de uma forma ou outro nos mina a cabeça para continuarmos a manter o sexo como algo que deve ser falado off topic. Há sim coisas que devem ser mantidas na intimidade, como em tudo porque entrar na vulgaridade é outro tipo de questão em si. Mas quando a simples visualização do corpo, de partes do corpo, de actos perfeitamente naturais (e não estou aqui a falar de dois anões a espetar cones de sinalização no rabo de uma alemã vestida de bailarina) é algo obsceno… a mim deixa-me algo triste. Não estou a dizer que devemos todos andar a espalhar fotos de nabos e senaitas em panfletos e distribuir à porta do metro no Saldanha apenas porque sim, dado que isso era ridículo e sem nexo. Agora quando uma coisa é com sentido e num propósito que se consegue encaixar num contexto e/ou conceito e no fundo até tem um sentido positivo, é muito triste constatar quem em pleno 2015 haja tamanha tacanhez de espírito.
Tacanhez de espirito essa que não se deixou impressionar ou achar obscena a foto de uma criança morta.
As imagens de violência que percorrem os nossos canais e redes sociais.
As imagens sangrentas de uma tourada em pleno horário nobre.
A exploração do sofrimento humano por parte de alguns media.
A violência psicológica e por vezes física para com mulheres que alguns dos reality shows nos trazem ao ecrã do nosso lar.
Portanto foi uma pila com olhos que incomodou? Ou umas mamas? Um rabo?
E não estou a dar demasiada importância a isto dado que foi uma denunciazinha parva e até quase sem maldade (espero eu), mas era um tema que já queria falar há algum tempo e aproveitei a maré.E sim, fiz uma tempestade num copo de água porque eu também gosto de me fazer de vítima. Sou uma diva de barba.
O que é obsceno? Que tipo de mundo estamos neste momento que já nem pisca os olhos a imagens de porrada, mas deixa-se ficar melindrado por uma pila com olhos?
O nosso.
Ruim
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19 novembro 2015
Sardinha que parece um sardo
Sardinha recortada em madeira e pintada à mão por Isaura, do Parque Biológico da Serra da Lousã.
Não posso ver um peixe pintado com cabeça vermelha que não queira comprar para a sexão «o que não é suposto ser erótico» da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Não posso ver um peixe pintado com cabeça vermelha que não queira comprar para a sexão «o que não é suposto ser erótico» da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
18 novembro 2015
«conversa 2132» - bagaço amarelo
Eu - Acho muito bem. Para mim é mais uma forma de conhecer pessoas...
Ela - O problema é que, pelo menos até agora, só me apareceram homens desinteressantes.
Eu - Desinteressantes?! Com quantos é que já te encontraste?
Ela - Nenhum.
Eu - Nenhum? Como é que decides que uma pessoa com quem nem sequer falaste é desinteressante?
Ela - Pelo perfil.
Eu - O perfil pode ser uma grande tanga. Sabes isso, não sabes?
Ela - O perfil escrito, sim, sei. Mas se não me aparece um gajo com um metro e setenta no mínimo, uns peitorais razoáveis e dois palminhos de cara, nem sequer vou tomar café...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Eva portuguesa - «Barramento de Chamadas»
A tecnologia é tal actualmente que até nós,"mulheres da má vida", já temos acesso a telemóveis com sistemas operativos inteligentes que nos permitem activar o barramento de chamadas. Tipo lista negra mas sem sermos incomodadas com o toque do telefone. É que, ao contrário de muito desocupado e mal amado que anda por aí, eu tenho mais que fazer que ocupar o meu tempo e queimar a paciência a atender chamadas de frustrados e ainda ignorantes das actividades masturbatórias, a fazerem falsas marcações. Como tal, a partir de agora, accionei o barramento de chamadas de números privados.
Quem realmente quiser frequentar este tipo de actividade e não queira dar o seu número pessoal (o que eu também entendo) pode sempre ir gastar 20€ num telemóvel já com cartão e guardá-lo só para isto. Solução fácil, certo?...
Lamento, mas a falta de carácter e de dinheiro para poderem usufruir da minha companhia, de alguns ressabiados, obriga-me a tomar estas medidas...
Aos que são de boa fé, o meu pedido de desculpas antecipadas.
Beijos doces.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Quem realmente quiser frequentar este tipo de actividade e não queira dar o seu número pessoal (o que eu também entendo) pode sempre ir gastar 20€ num telemóvel já com cartão e guardá-lo só para isto. Solução fácil, certo?...
Lamento, mas a falta de carácter e de dinheiro para poderem usufruir da minha companhia, de alguns ressabiados, obriga-me a tomar estas medidas...
Aos que são de boa fé, o meu pedido de desculpas antecipadas.
Beijos doces.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
17 novembro 2015
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