25 novembro 2015

Estes é que sabem brincar!


Nasty's Playground from ISSUEZ INC on Vimeo.

«pensamentos catatónicos (325)» - bagaço amarelo

Afastemo-nos

Quando nos acostumamos a um Amor e eles nos começa a parecer banal, a melhor coisa que temos a fazer é afastarmo-nos por um momento, para sentirmos a falta que ele nos faz.
É que quando se Ama alguém, o melhor que nos pode acontecer é sentir saudades desse alguém de vez em quando, para não cairmos no erro de pensar que é dispensável. O maior erro que se pode cometer no Amor é perceber a sua importância apenas quando ele já não está.
Quando isso nos acontece, zangarmo-nos com o Amor sem ele nos ter feito nada de especial, acabamos a fazer as pazes com as piores coisas que esta vida tem. O comando do televisor, por exemplo, para passar os canais num zapping que se quer tão rápido e insípido quanto a própria vida.
Por outro lado, se nos afastamos e a saudade não vem, ficamos esclarecidos sobre a falta que esse Amor não nos faz. Vejamos televisão então, porque certamente conseguiremos parar no melhor filme ou na melhor série.
Afastarmo-nos por um momento é o barómetro do que somos. Também do que não somos. Afastemo-nos todos por um momento e, assim que voltarmos, ou não, aos braços de quem Amamos, o mundo estará melhor.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Boa noite, Amor!

O dia cerra as pálpebras sobre nós
permitindo melhor apreciar as estrelas,
e oferendando a visão única
que apenas a noite pode vestir,
um manto terno, misterioso e protetor,
que roça de leve na nossa imaginação,
altera a velocidade do ritmo do  coração
e humedece de suor a nossa pele,
enquanto os dois ansiamos a sua chegada,
pálpebras cerradas e a face maravilhada!

Abraçamo-nos e, cúmplices, sorrimos,
calmos e ansiosos no mesmo tempo,
e entramos aconchegados noite dentro,
bebendo o som que um violoncelo solta,
enquanto um fado tinto escorre líquido
pelo bocal aberto de uma taça generosa.
As roupas ganham vida própria
e abandonam os nossos corpos ardentes,
espalhando-se pelo chão da casa,
como sinais da necessidade erótica
com que respiramos os momentos!

Quando reabrimos as persianas do olhar,
já o mapa estrelar não está na mesma posição
e a Lua brinca às escondidas connosco,
escondendo sempre o seu lado negro,
e descontraímos os músculos e os sentidos
nos corpos que em repouso se diluem no chão
e que, quase líquidos, esperam novo e fresco alvor…

Olhamo-nos, sorrimos e saudamo-nos:
– Boa-noite, amor!

Vitor. C
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Caiu-lhe um dente com a piada



24 novembro 2015

Et puis je fume



E depois a tarada sou eu...


Às vezes a neblina cobre a ponte Vasco da Gama com a elegância de uma lingerie.

Sharkinho
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adopção aprovada


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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 15







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Novas Cartas Portuguesas, vistas por Catarina Sobral

Impressão 1/20 de uma ilustração feita para uma exposição colectiva da Feira do Livro do Porto de 2015.

Como explica a autora, Catarina Sobral: "foi-nos pedido que escolhêssemos um livro e ilustrássemos a capa para uma exposição colectiva da Feira do Livro do Porto" (de 2015).

O livro «Novas cartas portuguesas» (NCP) é uma obra literária publicada conjuntamente pelas escritoras portuguesas Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa em 1972. As autoras ficariam conhecidas internacionalmente como “as três Marias” (The Three Marias tendo sido mesmo o título da edição original do livro em inglês). Nos anos setenta, a publicação de NCP assumiu um papel central na queda da ditadura dirigida por Marcelo Caetano, uma figura apenas superficialmente mais liberal que o seu antecessor António de Oliveira Salazar. O livro revelou ao mundo a existência de situações discriminatórias agudas em Portugal, relacionadas com a repressão ditatorial, o poder do patriarcado católico e a condição da mulher (casamento, maternidade, sexualidade feminina). NCP denunciou também as injustiças da guerra colonial e as realidades dos portugueses enquanto colonialistas em África, emigrantes, refugiados ou exilados no mundo, e “retornados” em Portugal.

Uma ilustração deliciosa na minha colecção.






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