14 dezembro 2015
«Abismos vorazes» - João
"Tu és um homem bom, disse-lhe. E isso, em si mesmo, seria para muitos uma surpresa. Não que ele fosse um homem bom, mas que ela lho dissesse, pois se para tanta gente ela era um bicho frio, de sangue gelado, com a rispidez pronta ao disparo; mas não para ele, para o homem bom, que a sabia diferente de tudo isso. Se alguma coisa sabia, essa pelo menos era segura. Garantida. Não havia ali bicho frio, não havia sangue gelado. Mas ninguém sabia. Também por isso era algo diferente. Especial, arriscar-se-ia dizer. Ou porreiro. Bom mas bom. Escolhessem o que escolhessem, se o significado orbitasse em torno disso, estaria bem. Que ele era um homem bom, dissera-lhe. Parecia trazer pouco valor essa observação, porque se abriam abismos vorazes sob os seus pés, que lhe queria bem, e que por isso, nem que só por isso, ficaria feliz se ele estivesse feliz, que o queria de pé, organizado, firme. Que sempre seria uma pessoa feliz se ele estivesse feliz, e que sentiria na sua própria pele a mesma tristeza que ele, quando ele estivesse triste. E depois prometeu que olharia sempre por ele, que estaria presente para o ajudar, como uma mão invisível que embala ou trava a queda, que nunca mais, em tempo algum, se faria visível. Que estaria morta para todo o sempre, que também ela seria comida pelos abismos esfomeados de gente boa. E, para o facilitar, far-se-ia má, vestir-se-ia de ríspidez, arrefeceria o seu sangue até congelar, seria cruel, e sobretudo não seria mais. Dissolver-se-ia no ar como nevoeiro ou fumo. E ele, ele que fizesse o seu caminho. Porque ele é um homem bom, disse-lhe."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
Postalinho de Braga
"«Quem chave, chave!». Na Rua do Souto(?) em Braga, quase vizinha d' A Loja dos Pastéis de Chaves, há uma outra, com umas tostas a preços do... Bom! Apelativos (como o Sr. Carvalho)!"
Carlos Car(v)alho
Carlos Car(v)alho
13 dezembro 2015
«não quero saber!» - bagaço amarelo
Ou se calhar existe só uma. Sei lá.
Passamos a vida a abdicar da vida em nome da vida, sem percebermos que estamos a abdicar de nós mesmos, incluindo do nosso Amor, em nome duma outra coisa que nos permite respirar, mas não nos permite viver.
Já não nos apaixonamos por ninguém, mas sim pelo que alguém representa, mesmo que isso represente o nosso fim. Então que se foda! Digo eu.
Fiquem vocês com a merda do Vosso sucesso, da merda a que chamam pragmatismo e empreendedorismo. Privatizem-se à Economia e ao pouco tempo que têm para viver para além de um trabalho humilhante e que vos toma até os cinco minutos de pausa ao almoço. Fiquem com isso tudo, mas não me levem com vocês. Até podem ficar com os fins de semana que só servem para recuperar da vida merdosa e fria que têm. Só para vocês. Eu estou noutra, ou então não estou.
Isto chama-se capitalismo. Não se chama Amor... e eu não faço parte.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
12 dezembro 2015
«O beijo» - por Rui Felício
«Abraço» Estatueta em bronze de Bruno Zach Alemanha, ca. 1925 Colecção de arte erótica «a funda São» |
Entre a languidez do afago e a volúpia do corpo, a verdade do amor só se mede pelo beijo.
Que, como o algodão, não engana!
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Animal racional
Patife
@FF_Patife no Twitter
11 dezembro 2015
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