22 dezembro 2015

«I am cake» (eu sou bolo) - Lucie Blush

“Gosto de experimentar com alimentos e como você pode imaginar, a cena foi totalmente nojenta no final. Farinha em todos os lugares, chocolate derretido, fodendo com cascas de ovos … Mas foi realmente incrível para obter muita porcaria e foder com o desejo de ser nojenta.”
Lucie Blush
actriz e directora porno alternativa

Quem não acha?!



Acho bonito, sim. E atão?

Sharkinho
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Pour toujours


«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 19








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«Two Essays On The Worship Of Priapus» - Richard Payne Knight, Esq.

Uma obra fundamental de estudo sobre o culto do falo, datada de 1875.
Sendo um livro difícil de encontrar, já o tinha mas não resisti a comprar este exemplar, que era da National Library of Scotland mas foi dispensado do stock ("de-accessioned"). Exemplar 370 de uma edição de 675.
Dois ensaios: «Discourse on the Worship of Priapus» e «An Essay on the Worship of the Generative Powers During the Middle Ages of Western Europe».










Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

21 dezembro 2015

«The twelve muses» (as doze musas)

Apresentação de um calendário com Milo Moiré fotografada por Peter Palm.
Não estás a ver quem é Milo Moiré, artista conceptual Suiça?! Vê aqui.


CALENDAR SHOW "THE TWELVE MUSES" | with MILO MOIRÉ photographed by PETER PALM from Milo Moiré on Vimeo.

«De costas para mim» - João

"Encontro-me contigo quando estás de costas para mim, a olhar o horizonte lá longe. O horizonte é sempre longe, bem vês, é o paradoxo de Zenão na ponta dos dedos, sempre que os levantas para tocar o horizonte que sempre te foge. A ti, a mim, a todos. Mas interessa tão pouco o horizonte se te encontro assim, quando estás de costas para mim, e a tua nudez me convida, as tuas linhas invadem-me os olhos e dizem-me que o corpo, esse corpo, é meu antes de ser teu, e num passo estou contigo, estou em ti, e pulsamos juntos, num mesmo movimento, e se ontem nos olhámos, se ontem fizemos o mais demorado amor, hoje fodemos, só porque sim, só porque podemos, porque conseguimos, porque foder e amar são velcro, são coisas que connosco se pegam e ficam unas, são aquilo que são, para nós e mais ninguém, mais nada. E de um gemido forma-se o meu nome na tua boca, a cabeça que oscila para um lado e o pescoço que fica livre para um beijo, a orelha que te mordo e as mãos a percorrer as estradas que te levam onde eu sei que vais querer estar, onde eu vou querer estar contigo, porque conheço todos os teus caminhos, sei como e para onde correm todos os teus rios, e isso, sem mais, é de nos fazer sorrir e ao mesmo tempo tremer sempre que nos encontramos assim, quando estás de costas para mim e me ouves chegar, e mesmo sem nos olharmos, sabemos já o que estamos a pensar, e sorrimos um para o outro sem o ver, sem ver o sorriso, nem o horizonte, que fica longe e longe estando sempre nos puxa."
João
Geografia das Curvas

František Kupka - «Dinheiro», 1899



Via mon ami Bernard Perroud

Nunca duvide do potencial inventivo dos pássaros



Capinaremos.com

20 dezembro 2015

Camisinhas gastronómicas

«pensamentos catatónicos (327)» - bagaço amarelo

Lembro-me duma despedida em particular. A da Sónia. Depois de um abraço prolongado, caminhei em passo apressado na direcção oposta a ela, de forma a que ela perdesse o mais rapidamente possível o ângulo de visão. Sabia que ela me observava, mas nunca me virei para trás. Era como se a despedida só acabasse efectivamente ali, naquele momento em que me deixasse de ver.
A ânsia para terminar a despedida foi maior do que a vontade de a ver uma última vez.
Como é que um homem pode conseguir desapaixonar-se durante uma caminhada de trinta ou quarenta metros? Não pode. Normalmente apaixonamo-nos num segundo, desapaixonamo-nos num ano.
Nunca acreditei em rápidas e limpas despedidas de um Amor. Depois de virar a esquina e de deixar de ser visto, os meus passos tornaram-se fracos e inconsequentes. Foi como se o meu corpo contrariasse em ditadura a minha vontade. Parei no conforto da cegueira. Imaginei-a ainda à porta, com as mãos a ampararem-se uma à outra, ainda a olhar para o vazio que eu tinha deixado para trás.
Recuei alguns metros até à esquina, só para a espreitar secretamente, mas afinal ela já não estava lá. A porta estava fechada e a casa envolvida num manto de silêncio.
Normalmente apaixonamo-nos num segundo, desapaixonamo-nos num ano. Durante esse ano, convém estarmos apenas connosco.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI da arte urbana