10 janeiro 2016

«conversa 2142» - bagaço amarelo

Eu - Estou a precisar de praia. Queres vir comigo este fim de semana?
Ela - Pode ser, se me explicares porque é que me estás a convidar...
Eu - Explicar o quê?
Ela - Porque é que me estás a convidar...
Eu - Tenho que te explicar porque é que te estou a convidar para ir à praia?!
Ela - Gosto de entender as coisas...
Eu - Para não ir sozinho, sei lá...
Ela - Pois, o problema é esse...
Eu - Qual?
Ela - O convite é razoável. A explicação é que é uma merda...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI da raspadinha


Maitena - Condição feminina 9



09 janeiro 2016

Homens, aprendam a cozinhar salsichas enroladas!

Postalinho de Bragança - 3

"Uma das figuras do Museu Ibérico da Máscara e do Traje".
Paulo M.


«Violência doméstica» - por Rui Felício

«A Venus Castigadora»
Leopold von Sacher-Masoch, Colecção As Eróticas,
Editora de Brasilia, 2000
Colecção de arte erótica «a funda São»
O Xavier era um miúdo irrequieto, ingénuo e, por causa da sua traquinice, era o bombo da festa na escola e em casa.
Fomos colegas na primeira classe da escola da Rua dos Combatentes.
Um dia, no recreio, contou-me a tareia que na noite anterior a mãe lhe tinha dado.
Só porque entrou no quarto dos pais sem bater à porta..
Furiosa, a mãe levantou-se, berrou-lhe que estava farta de o avisar para não entrar sem bater e pedir licença.
Baixou-lhe as calças e desancou-o com fortes palmadas no rabo. Até ainda tinha as marcas!

- A minha mãe é uma fera - choramingava o Xavier - E não foi só a mim que ela bateu. O meu pai também deve ter levado. Eu bem o vi com as calças em baixo.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Papa misto!


Calma, não sou nenhum bicho-papão. Mas tenho uma picha-papona.

Patife
@FF_Patife no Twitter

08 janeiro 2016

Max Švabinský - «Paradise Sonata IV. Early Spring», gravação em madeira, 80 x 53 cm, 1918



Via mon ami Bernard Perroud

«respostas a perguntas inexistentes (320)» - bagaço amarelo

como se alimenta um Amor

O Amor é um animal indomesticável. Todos sabemos disso e, às vezes, até agradecemos que ele seja assim. O problema é que ele só se alimenta de certezas, apesar de ser, ele próprio, uma incerteza.
Não tenho a certeza total do que digo. Sei que, no meu caso, foi assim que o alimentei toda a vida. Com certezas digo. Acordo de manhã, pego em todas as certezas que tenho e dou-lhas à boca. Até aqui tudo bem, não fosse ele às vezes perder a fome durante longos períodos de tempo ou, noutras ocasiões, morder-me à traição.
O Amor é um pouco assim, morde a mão que o alimenta.
Já tive um Amor, por exemplo, que só se alimentava dois ou três dias por semana. Nos outros dias preferia ficar em jejum. Dei-lhe um telefone para que ele me ligasse sempre que estivesse com fome, o que aconteceu durante alguns meses. Eu procurava os restos das minhas certezas para o alimentar, mas um dia deixou de me ligar. Fiquei sem ele e sem o telefone.
Por outro lado, tive outro que comia demais. Tinha tanta fome que um dia me mordeu os dedos. Fiquei a sangrar a acabei por abandoná-lo como se abandona outro animal qualquer. À sua sorte. Tive notícias dele algum tempo depois. Morreu.
Entre os dois tipos de Amor que já tive, no entanto, sempre preferi os esfomeados aos que entram em dieta constantemente, Mais vale uma ferida de vez em quando do que a solidão de um animal fugitivo. É por isso que às vezes pego nas certezas todas que tenho, cozinho-as como posso, e dou-as ao primeiro Amor que passa por mim.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Um dia, Meio Metro... um dia serás minha!» - Ruim




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