13 fevereiro 2016

«Férias em Nice» - por Rui Felício

Entraram ambos, um a seguir ao outro, na mesma fila para fazer o check-in no aeroporto da Portela.
Passo a passo, lentamente, foram avançando, empurrando as malas com o pé, à medida que a fila ia progredindo, ziguezagueante, por entre as baias que a balizavam.
Enquanto esperavam, trocaram sorrisos e frases de circunstância.
O segurança fez sinal quando chegou a vez dele e logo de seguida a dela, para os dois balcões contíguos do voo Lisboa-Nice.
Colocaram cada um a sua mala no tapete, entregaram os bilhetes e identificações e receberam os respectivos cartões de embarque.
Curioso, pensou o Pedro, ela também vai para Nice.
Inês, a bonita companheira de viagem, reparou igualmente nesse facto.
Naturalmente, embora registando a coincidência, nenhum fez qualquer observação.
Em lugares afastados no avião, fizeram a viagem de duas horas e meia, absortos nos seus pensamentos.
Após a aterragem, dirigiram-se ao tapete rolante onde circulavam as bagagens dos passageiros. O Pedro foi o primeiro a recolher a sua mala, fez um breve sinal de despedida à Inês e encaminhou-se para a saida em busca de um táxi.
«Mulher», 2010
Suporte para telemóvel em resina
Colecção de arte erótica «a funda São»
Chegado ao Hotel Victor Hugo, muito próximo da Promenade des Anglais, registou a entrada na recepção, subiu ao quarto,.atirou com a mala para cima da cama, abriu-a e aprestou-se para arrumar no roupeiro, as camisas, calças e pijama.
Primeiro confuso, depois espantado, verificou que na mala o que havia eram duas blusas, uma saia, várias peças de lingerie feminina, uma caixa com dois batons, cremes, verniz para unhas, acetona...
O telemóvel tocou, atendeu e ouviu uma voz feminina:
- Desculpe incomodar. Na mala que recolhi no aeroporto e que parecia a minha, encontrei numa agenda o seu numero de telemóvel e por isso lhe estou a ligar para lhe devolver a sua mala que trouxe por engano.
- Olhe, e, pelo que acabei de ver, eu devo ter a sua!, respondeu o Pedro.
- Podemos marcar um local para nos encontrarmos e fazer a troca, propôs a Inês. Eu estou hospedada no Hotel Victor Hugo, conhece?
- Incrível! Eu também estou nesse Hotel! No quarto 221.
- Eu estou no 113. Mas deixe-se estar. Eu vou já ter consigo, ok?
Minutos depois, o Pedro foi abrir a porta, sorriu à Inês e convidou-a a entrar.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Um sábado qualquer... - «Leite dos peitos 3»



Um sábado qualquer...

12 fevereiro 2016

"Não ligue ao que a minha vagina diz"

Crica para veres toda a história
Eloquente


1 página

«conversa 2149» - bagaço amarelo

Ela - Isto é muito estranho.
Eu - O quê?
Ela - Estar fechada contigo num carro às tantas da manhã...
Eu - Porquê?
Ela - Foi assim que comecei a namorar com o meu ex-marido. No carro dele às tantas da manhã...
Eu - Ah!
Ela - Se bem que contigo é diferente.
Eu - É diferente em quê?
Ela - O meu ex-marido tinha um carro grande e limpo que deu para termos sexo lá dentro. Tu tens um carro pequenino e, muito provavelmente, o mais porco que eu já vi na vida.
Eu - Isso deixa-te à vontade?
Ela - Sim... tenho a certeza que não me queres engatar. Se eu tivesse sexo contigo aqui ia escangalhar-me a rir.
Eu - Pois...
Ela - Alguma vez tiveste sexo neste carro?
Eu - Claro que não. Uma vez lutei com um frasco de azeitonas e a rolha de uma garrafa de vinho.
Ela - Estavas a tentar engatar alguém?
Eu - Sim, mas quando consegui abrir o frasco e abrir a garrafa ela já tinha adormecido.
Ela - Sabes o que é que eu gosto mais em ti?
Eu - Diz...
Ela - Mesmo quando estás triste, tens sempre uma piada para dizer...
Eu - Sinto-me lisonjeado. O problema é que isto não foi uma piada...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Das duas uma...» - Ruim




Das duas uma: ou tenho um pica-pau que cheira a putas a bicar uma chapa de zinco atrás de mim ou uma gaja que tem escrito "Montijo" na testa, está a testar a resistência do ecrã do smartphone contra as unhas de gel de extremo bom gosto que usa enquanto posta um álbum inteiro de kizomba no Facebook.

Ruim
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«Usa capacete...» - Shut up, Cláudia!




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11 fevereiro 2016

Arte erótica de Maximilien de Waldeck

Eva portuguesa - «Feliz»

Não preciso de muito para ser feliz. Os meus sonhos são do mais comum que há, quase que tacanhos... 
Sou tão "aparentemente" comedida nas minhas aspirações como qualquer outra mulher da classe média. 
Não preciso de 1 "carrão". Basta-me um carro bom e confortável que não dê problemas. 
Não preciso de uma mansão. Um apartamento confortável, moderno e acolhedor é o suficiente para poder ter um lar. 
Não preciso de roupas caras. As da Zara até são bastante giras. 
Não preciso de um príncipe encantado mas sim de alguém que me ame e aceite com toda a confusão que eu sou, que me faça rir e me abrace quando chore, e que queira partilhar um projecto de vida a dois. 
Não preciso de viagens constantes. Uma semana de férias por ano e um fim de semana de quando em vez num turismo rural, já me deixaria Feliz. 
Não preciso de andar sempre em noitadas. Um jantar e uma noite de boa música, duas vezes por mês, já é bom. 
Não preciso de ser a Cinderela. Preciso apenas de ser feliz...
E afinal, é preciso tão pouco para isso...

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Os dois garanhões

Conto pornográfico «O garanhão» de A. Moreira (António Moreira), publicado em duas edições diferentes, em 1975, ambas ilustradas com fotos a preto e branco.
A primeira é uma reprodução do texto dactilografado em máquina de escrever. A segunda foi feita em tipografia.
A mesma obra com diferentes apresentações, na minha colecção.








Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Perdi 10 kg» - Adão Iturrusgarai


10 fevereiro 2016

Destiny Sparta - «Mek wi fuck»


Destiny Sparta - Mek Wi Fuck (Explcit) [Official Music Video HD] from chrisanne modeste on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (325)» - bagaço amarelo

mulheres boas na cama

Já tive boas noites de sexo e más noites sexo, como toda a gente. Algumas das piores noites de sexo que tive foram das melhores. Algumas das melhores não foram assim tão boas. Sei que em todas as noites de sexo que tive, boas ou más, fui parte integrante da coisa.
Por falar em noites, também tenho sexo de dia. Não ter hora marcada para ter sexo é um dos princípios do mundo maravilhoso do sexo. A hora marcada, que é como quem diz sexo à noite, retira a espontaneidade da coisa. Digo "noites de sexo" por uma questão estatística e romântica. Gosto da noite, da Lua, das estrelas e de um copo de tinto (que só bebo à noite).
Nisto tudo, o que me preocupa são os homens que acreditam que as mulheres são boas ou más na cama. Quando um homem me diz que determinada mulher é boa ou má na cama, a única conclusão que tiro é que ele, pelo menos, é uma boa merda. Ainda não percebeu que o sexo a dois é uma coisa a dois. Por isso põe toda a responsabilidade nela. Ele é apenas um crítico e os críticos, como todos sabemos, são gajos que opinam sem fazer nadinha.
Às vezes parece-me que os homens que dizem que as mulheres são boas ou más na cama só se deitaram, até à data, com a própria mão. Tecnicamente, a mão é sempre boa porque faz tudo o que um homem quer. Ainda assim, não é sexo que se recorde com o coração embrulhado em alegria e nostalgia. E é assim que eu recordo algum do sexo que tive, mesmo que tecnicamente não tenha correspondido à minha condição de primata.
Deitarmo-nos com a mão não é mau. Confundir a mão com uma mulher é que é péssimo. O que eu queria dizer às mulheres que conheci intimamente, se o pudesse fazer, é que nunca conheci uma má, a não ser as que não gostaram de mim. Mesmo que tenham sido boas, claro. Não há abraço nos lençóis como o de uma mulher (com excepção da Assunção Esteves).


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do lado de lá do canal... da Mancha...

"Um postalinho de Londres para a São"
Joyce Craveiro