08 março 2016
Piropar é bom!
Consegui ao longo de 50 anos manter a minha masculinidade intacta e unanimemente reconhecida sem piropar desconhecidas. É possível, macholas.
Sharkinho
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Casal no corte
Tesoura corta-charutos com um homem e uma mulher em cada pega. Quando se fecha a tesoura, ficam juntos... na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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07 março 2016
«No fim» - João
"No fim parece que venceste. Perdendo, venceste. Pensou. Retirou as mãos dos remos, os velhos remos que segurara antes, e deixou-se embalar na corrente. E em terra, a pé seco, a luz do farol desligou-se. Entrou a porta, na chuva dos olhos, olhou vagarosamente os interruptores, e desligou-os. Um a um. Clac. Clac. Clac. Com estrépito se cortava a corrente, não a dos remos, que essa continuava. A corrente que passava nos dedos e electrizava tudo à passagem, a corrente que deixava as luzes acesas dia e noite, a sinalizar o caminho de volta, a estrada na água, os salpicos. E feitos os cortes, fechadas as portas, afastou-se, tremendo de um frio que não era o seu frio. A corrente levou o bote para terra, e saltou de lá, apressada, deitou mão à porta agora escura. E ninguém lá dentro, nada, só brisa de saudade e um choro intenso de quem tinha afinal tudo quanto queria ter, da escolha que sem fazer tinha feito, de quem tinha mais do que queria e menos do que precisava. Contos de desencontro, havia naquele farol. Humidade flutuante, livros de papel amarelecido numa estante esquecida, e tinha sido tão bom, não? Que fantástico, que maravilha, que explosões no céu, de deixar toda uma aldeia iluminada como sol do meio-dia, e aquele contraste, a antítese, como se retirasse tudo o que tinha dito e gemido. No fim, no fim parecia que tinha vencido, tudo era como queria, as coisas em ordem, as caras de sempre, as ausências de sempre, os assuntos sem assunto, os toques sem choque, sem foda-se, sem nada. Vazio. O vazio que era a melhor coisa a seguir."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
06 março 2016
«coisas que fascinam (184)» - bagaço amarelo
Fala-se muito da falta de jeito dos homens para engatar mulheres, algo que eu partilho lúcida e conscientemente. Do que ninguém fala é da falta de jeito das mulheres para engatar homens. A explicação é mais ou menos simples, na minha opinião: parte-se sempre do princípio que uma mulher é difícil e um homem é fácil, o que é mentira.
A mim parece-me, muito simplesmente, que temos uma enorme falta de jeito uns para os outros. É por isso que o Amor é raro. Quando temos jeito, o Amor dá-se. Basicamente, passamos a vida a experimentar faltas de jeito, as nossas e as alheias, até ao momento em que nos apaixonamos e parecemos as pessoas com mais jeito do Universo.
Eu não tenho jeitinho nenhum para me aproximar de mulheres. As vezes que o fiz foi porque o interesse superou essa inabilidade. O meu interesse e o interesse delas, claro. Esse interesse pode ser de uma noite ou de alguns anos, mas nunca de uma vida. A merda é essa.
Ainda assim, para a falta de jeito que tenho por me interessar por alguém a sério, sobra-me um jeito enorme para me apaixonar por mulheres que não existem, São aquelas que passam por mim na rua e cruzam um leve olhar comigo. Essas são aquilo que imagino, não são aquilo que são. Pelo menos para mim, claro.
Um dia cruzo-me com uma em que aquilo que imagino é aquilo que ela é e apaixono-me. Provavelmente, no dia em que a minha imaginação não for tida nem achada, o que é óptimo.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
05 março 2016
Puro Êxtase - «Episódio 1 - Lola Benvenutti e o Penne Milagroso»
Dois brasileiros convidaram algumas mulheres a realizarem tarefas quotidianas, mas enquanto recebem sexo oral por baixo da mesa.
Diz-me a tua cor de cuecas, dir-te-ei como quecas
Preto: Procura sofisticação e luxo. Precisa de ser envolvida num cenário de ostentação até se revelar uma verdadeira ordinareca da queca. É a típica lady na mesa, puta na cama. Acção recomendada: Um clássico é sempre um clássico, pá.
Branco: Precisa de se sentir pura, calma e asseada. Será uma pinada invariavelmente fria e despida de grande intensidade. Acção recomendada: Fugir a sete pés.
Cinzento: Quer soltar-se sexualmente mas tem dúvidas e medo. Sabe que quer mas não sabe se consegue. Normalmente chora após o orgasmo. São quecas pós-problemáticas. Acção recomendada: Fugir a setenta e sete pés.
Bege: Está melancólica e é preciso envolvê-la numa conversa sensível e inundada de ideias poético-pastoris. São quecas entediantes. Acção recomendada: É preferível ir esgalhar uma.
Vermelho: Está com ardiúmes na bardanasca. Com fogo na pachacha. Sente-se poderosa e cheia de paixão. O desejo é só o que motiva a sua chona. Aguenta uma carga de piçada valente. Acção recomendada: Dar-lhe três de seguida, descansar cinco minutos e repetir a dose.
Verde: Sente-se cheia de vigor e força, está repleta de juventude física e esperançada em conseguir engatar alguém. Dão autênticas maratonas sexuais. Acção recomendada: Avançar, mas só se estivermos em forma.
Amarelo: Está optimista quanto à probabilidade de ser engatada. Procura uma foda enérgica e activa. Dão quecas intensas e fugazes. Acção recomendada: É a escolha ideal para uma rapidinha.
Laranja: Apetece-lhe uma pinada cheia de movimento, dinamismo e de espontaneidade. É uma caixa de surpresas na cama. Acção recomendada: Quem fugir é maricas.
Azul: Procura lealdade, fidelidade e está repleta de idealismos. É uma mulher cheia de sonhos queridinhos que quer muito mais do que uma mera queca. É possível que diga “amo-te” a meia-foda. Acção recomendada: Nunca, mas nunca, pegar numa coisa destas.
Rosa: Acha-se bela e quer sentir-se bela aos olhos dos outros. Dá uma foda bonitinha, a destilar sensualidade que por vezes resvala para o romantismo. É bom se tiveres fetiches com barbies. Acção recomendada: Não se diz que não, mas estar alerta para não encorajar dengosices.
Roxo: É uma mulher que quer ser tratada com respeito na cama, tem manias próprias da alta sociedade e toda e qualquer queca terá de trazer alguma prosperidade à relação. Acção recomendada: Desaparecer sem deixar rasto.
Prateado: Quer uma foda repleta de novidades, de inovações e com brinquedos sexuais. É uma queca high-tech com mamada de sucção alienígena. Acção recomendada: Só um louco recusaria.
Dourado: Tem manias. Na mesa e na cama. Quer ser tratada como um Rainha, não faz sexo oral, é dominadora na cama e quer tudo à maneira dela. É centrada no seu próprio prazer. Acção recomendada: Leram a parte de “Não faz sexo oral”, não leram!?
Multicor/arco-íris: É uma embrulhada mental. Uma louca, ora devassa, ora dengosa, com problemas de consciência que quer sentir tudo de todas as maneiras. Nunca se sabe o que vai sair dali. É o quebra-cabeças por excelência dos Casanovas deste mundo. O Kinder-Surpresa das fodas. Acção recomendada: A curiosidade matou o rato.
Patife
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