22 março 2016
Teste de visão
Estou, com imenso afinco, a tentar perceber qual o ano da colheita daquele tinto desfocado lá ao fundo.
Sharkinho
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Dragão malandro
Punhal em osso com bainha, da China para a minha colecção.
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21 março 2016
«Deixo-te amanhã» - João
"Deixo-te amanhã. Hoje sou tua, esta noite sou inteiramente tua, somos nós. Mas deixo-te amanhã. Vens buscar-me, vamos ao cinema. Vamos para o escuro como adolescentes com tesão, ver um filme daqueles que eu apenas posso ver contigo porque só tu o entendes comigo, e as mãos passeiam em escândalo, sorvemos a história, o enredo, com pressa de trocar aquele escuro por outro, mais nosso, mais pequeno, mais apertado. Depois corremos para comer qualquer coisa, só para não levarmos a noite assim, com fome, porque precisamos de energia. E vamos embora. Vamos foder. Vamos foder muito, vou foder-te até tombar, e se tu ousares tombar primeiro que eu, acordo-te à estalada, salto para cima de ti, ou então deixo-me enroscar em ti, e voltamos a foder quando o Sol começar a vencer a Lua. A princípio estarei feliz. No começo da noite, estarei muito feliz contigo. Depois, muitas horas depois, levas-me o pequeno-almoço à cama, tão amoroso que és, e eu já a entristecer-me. Vamos para a rua. A cidade vazia com avenidas largas quase despidas de tudo, excepto nós, de mãos nas mãos, como eu gosto e preciso, como tu gostas e precisas. Estou já tomada por um vazio e por uma sensação de tristeza enquanto tu sorris sem saber. Porque de noite era tua, mas hoje, hoje eu deixar-te-ia, e passo a passo, quando te digo adeus, olho-te e "
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
Postalinho da Covilhã
"Que as há, há...
Para a tua colecção de postalinhos.
Beijos e abraço
da Daisy e do Alfredo Moreirinhas"
Para a tua colecção de postalinhos.
Beijos e abraço
da Daisy e do Alfredo Moreirinhas"
20 março 2016
Luís Gaspar lê «Anda, vem…» de António Botto
Anda vem…, porque te negas,
Carne morena, toda perfume?
Porque te calas,
Porque esmoreces,
Boca vermelha — rosa de lume?
Se a luz do dia
Te cobre de pejo,
Esperemos a noite presos num beijo.
Dá-me o infinito gozo
De contigo adormecer
Devagarinho, sentindo
O aroma e o calor
Da tua carne, meu amor!
E ouve, mancebo alado:
Entrega-te, sê contente!
— Nem todo o prazer
Tem vileza ou tem pecado!
Anda, vem!… Dá-me o teu corpo
Em troca dos meus desejos…
Tenho saudades da vida!
Tenho sede dos teus beijos!
António Botto
Poema incluído no CD “Poesia Erótica” produzido pelo Estúdio RaposaCarne morena, toda perfume?
Porque te calas,
Porque esmoreces,
Boca vermelha — rosa de lume?
Se a luz do dia
Te cobre de pejo,
Esperemos a noite presos num beijo.
Dá-me o infinito gozo
De contigo adormecer
Devagarinho, sentindo
O aroma e o calor
Da tua carne, meu amor!
E ouve, mancebo alado:
Entrega-te, sê contente!
— Nem todo o prazer
Tem vileza ou tem pecado!
Anda, vem!… Dá-me o teu corpo
Em troca dos meus desejos…
Tenho saudades da vida!
Tenho sede dos teus beijos!
António Botto
António Tomás Botto (Concavada, Abrantes, 17 de Agosto de 1897 — Rio de Janeiro, 16 de Março de 1959) foi um poeta português. A sua obra mais conhecida, e também a mais polémica, é o livro de poesia "Canções" que, pelo seu carácter abertamente homossexual, causou grande agitação nos meios religiosamente conservadores da época
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
«respostas a perguntas inexistentes (329)» - bagaço amarelo
Era Verão quando eu fazia isto. Viajava com os meus pais pelo país e de vez em quando parávamos para comer qualquer coisa. A minha mãe levava sempre fruta, protegida em tupperwares redondos, que distribuía por cada um dos filhos. Lembro-me de um pêssego em particular, creio que perto de Coruche. Comi-o e depois atirei o caroço o mais longe possível, para um imenso terreno com água que se estendia em frente aos meus olhos até à linha do horizonte.
Para mim, se eu passasse ali uns anos depois, seria natural ver um pessegueiro. Algum tempo antes, na escola primária, tinha colocado um feijão em algodão branco e percebido o que é uma semente. Não sei quantas vezes atirei caroços para lugar nenhum à espera que pudessem crescer, mas sei que foram muitas. Talvez mil.
Uma vez disse isto à Joana, enquanto comíamos nêsperas no parque. Acho que ela se riu de mim e, muito provavelmente, foi a primeira mulher a chamar-me idiota neste mundo. Mas não o disse, apenas pensou. Depois atirou o caroço da nêspera dela para perto do meu e disse que ali iam crescer duas árvores.
Claro que nunca cresceram, mas cresceu em mim uma memória indestrutível. Sempre que passo por aquele lugar lembro-me dela e desse curto momento. É o que nos acontece quando Amamos alguém: coleccionamos momentos que ficam para sempre. A montra duma loja, um cartaz numa parede, um beijo num muro... nada se apaga antes de nos apagarmos nós mesmos.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
19 março 2016
Puro Êxtase - «Episódio 3 - Felipe Mattos e a Guitarra Tântrica»
Dois brasileiros convidaram algumas mulheres e homens para realizarem tarefas quotidianas, mas enquanto recebem sexo oral.
Efe-Erre-Ahhhh!...
Eu sei que não devia, mas acabei de pinar com uma universitária. Até cheirava a novo.
Patife
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