06 abril 2016

«coisas que fascinam (189)» - bagaço amarelo

Quando damos por nós a sofrer por Amor, raramente conseguimos perceber o que isso tem de bom, Mas tem tudo do melhor, principalmente se já passámos a fase da vida chamada adolescência, em que todos sofremos por Amor porque nem sequer sabemos o que isso é.
Sofrer por Amor depois dos quarenta quer dizer que o Amor ainda tem muito para nos dar. Talvez um beijo numa praia em pleno inverno, um abraço despido no chuveiro lá de casa ou uma queca nos bancos traseiros duma Renault 4L. Tudo isso acreditando que o que se sente é para sempre, mesmo que dure apenas cinco minutos.
Sofre-se por Amor apenas quando se acredita que ele tem muito para dar mas, nesse preciso momento da vida, não está a dar porra nenhuma. É o sacana a gozar connosco, é verdade, mas só o faz porque sabe que ainda não caímos no cinzentismo de não esperar nada dele. Ele é o Amor, o cinzentismo é a morte lenta de quem já não se lembra do que é sofrer por ele.
É que quem já não sofre por Amor também não tira partido dele, e a vida torna-se um constante e ligeiro encolher de ombros.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Fode-me de corpo e alma

imagem minha, sem permissão para
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Depois de começar o som de uma guitarra no meio de gritos, saudações, a bateria faz-se notar.
Começa a dança dos meus sentidos que te afectam. Porque às vezes não te queres soltar ou te apressas e cais mas descansa porque o podemos fazer devagar. Porque a forma como nos tocamos e a forma como nos movemos entrelaçados um num noutro é tão forte e intensa como uma onda de calor a chocar com uma de frio. Tentámos esconder mas sinto a tua respiração, esta é a forma de me sentir viva, que te faz sentir-me e toda tua. Sempre toda tua, de corpo e alma
Diz que me queres.
Diz que nunca farás errado.
Farei de tudo para que esta nossa forma de nos unirmos seja sempre única.
Anda, funde-te em mim e fode-me. Sem qualquer limite, é foder, não é fazer amor.
Sem pudores.
Nem amores.
Só momentos.
Beijos intensos. Molhados, demorados, em qualquer parte do corpo.
Movimentos cadentes.
Corpos presentes e mentes ausentes.


Isto merece uma ode do PDR:
"Afundo-me em teu corpo, no regato límpido e manso de teu corpo.
Faço-me pés que afundam o tapete florido de tua pele.
Derreto-me e fundo a ti, numa amálgama de paixão e tesão.
Faço-me teu e fazemos-nos um só.
Desconheçamos limites e barreiras.
Somos um corpo único, universal.....
Fodo-te, de corpo e alma.
Fodo-te como se eu pudesse arrancar a pele de amor que cobre nossas vidas."

Ménage à trois


05 abril 2016

Postalinho de Montreal

"Presença feminina...
Uma excelente obra do escultor Gerald Gladstone, que foi oferecida à cidade de Montreal por um grupo de pessoas.
Derivado à sua localização numa zona de muito movimento, deve ser das obras mais visitadas da cidade."
Chico Torreira



Vitória arrasadora por 600 - 6

«6 vantagens de fazer sexo com um homem mais novo»

Aproveito para referir que estou disponível para comprovar as 600 vantagens de fazer sexo com homem mais velho.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 34








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5 cartazes de filmes eróticos alemães dos anos 70

«00Sex am Wolfgangsee» (00Sex no lago Wolfgangsee),
«Als die Frauen das Bett erfanden» (Quando as mulheres inventaram a cama),
«Geh, zieh dein Dirndl aus» (Vá, tira o teu Dirndl - traje tradicional da Baviera),
«Liebe durch die Hintertür» (Amor pela porta dos fundos) e
«O mei, haben die Ostfriesen Riesen» (Um habitante gigante da Frísia Oriental)
... das salas de cinema da Alemanha dos anos 70 para a minha colecção.










Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

04 abril 2016

Preservativos Okamoto Zero One - «Dinossauros»

«As nossas sombras» - João

"Desço apressado a rua que outrora subimos vagarosos. Adiante seguiam todos os outros, e nós deixámo-nos ficar para trás, numa conversa doce de namoro, a tactear o outro, e tu agarrada ao meu braço, não porque me amasses, não porque me quisesses foder, não porque eu fosse tudo para ti, mas apenas porque as pedras da calçada estavam escorregadias como tu, da noite húmida, e não querias espalhar-te ao comprido, não mais do que já estávamos, ao comprido, tu e eu, a subir a rua devagar e devagarinho, sem vergonhas de quem nos olhava lá do alto e perguntava por nós. Desço apressado a rua que outrora subimos, e vejo do outro lado, no outro passeio, as nossas sombras, e por momentos quase consigo ouvir-nos falar, quase consigo ouvir-te rir, e sobretudo quase consigo ouvir-te dizer como já me fodias. Quase consigo ouvir-te dizer como me queres."
João
Geografia das Curvas

William Mortensen - uma pérola de grande valor


William Mortensen - «A Pearl of Great Price», 1930s

Via mon ami Bernard Perroud

«Foda» - Rubros Versos


Tiago Silva

03 abril 2016

Luís Gaspar lê «A Amada» de Ibn Ammar

Ela é uma frágil gazela:
Olhares de narciso
Acenos de açucena
Sorriso de margarida.
E os seus brincos se agitam
Quedam-se os braceletes na escuta
Da música do requebro da cintura.
Bom é que não esqueçais
Que o que dá ao amor rara qualidade
É a sua timidez envergonhada.
Entregai-vos ao travo doce das delícias
Que filhas são dos seus tormentos.
Porém, não busqueis poder no amor…
Que só quem da sua lei se sente escravo
Pode considerar-se realmente livre.

Ibn Ammar
(1031-1086) foi um poeta nascido em Silves. Contudo ele era pobre e pouco conhecido, a sua habilidade na poesia e sobretudo a sua beleza masculina, atraiu o jovem Abbad III al-Mu’Tamid, que o nomeou primeiro-ministro algum tempo após a morte do seu pai Abbad II. Ibn Ammar era conhecido por ser invencível a jogar xadrez; de acordo com Abbelwaid al-Marrakushi, a sua vitória num jogo convenceu Afonso VI de Castela a abandonar Sevilha. Planeou a anexação de Múrcia ao reino de Sevilha, convencendo Al-Mu'Tamid a nomeá-lo seu governador. Rapidamente proclamou-se a si próprio como rei e cortou relações com Al-Mu'Tamid. Caiu do poder rapidamente, sendo capturado numa emboscada e aprisionado em Sevilha. Al-Mu'Tamid tendeu inicialmente para o seu perdão, mas ficou mais tarde indignado por algo que leu numa carta intercetada enviada por Ibn Ammar da sua cela. Foi o próprio rei a matar o poeta.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«conversa 2156» - bagaço amarelo




(na minha casa)

Ela - Gostas muito de animais...
Eu - Eu?! Porque é que dizes isso?
Ela - Tens tantos em casa...
Eu - Eu não tenho animais...
Ela - Moscas na cozinha, já lhes perdi a conta.


bagaço amarelo
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