23 abril 2016

Dias de limpeza


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«Lingerie vermelha com folhos» - por Rui Felício

Marília Noronha nessa noite quase não dormiu.
Tinha descoberto na pequena pasta do seu marido uma sensual “lingerie” vermelha acabada de comprar. Ainda pendia dela, até, a etiqueta da loja!
Era claro, para Marília, que essa seria a prenda que ele lhe iria oferecer no dia seguinte, data do seu 35º aniversário.
As coisas no casamento não andavam a correr muito bem, desde há muito. Por isso aquela prenda entusiasmou-a. Talvez fosse o sinal de que a relação entre ambos se viesse a normalizar.
De facto, o Felisberto Noronha, seu marido, era uma pessoa educada, meiga, nunca a tinha tratado mal.
Mas ela sentia que o amor já se tinha esvaído. Todos os pretextos eram bons para ele se desculpar e adiar para o dia seguinte, qualquer tentativa dela para fazerem amor.
Ela ainda gostava dele, apesar de tudo, mas achava que numa relação conjugal, ser boa pessoa, educado, meigo, carinhoso, não era tudo! Nem, porventura, seria o mais importante.
Entendia que a relação sexual era indispensável.
Mas apercebia-se que, em vez disso, o marido já quase não conseguia ocultar uma indisfarçada repugnância diante dos jogos de sedução e das carícias que ela lhe fazia, tentando os jogos preliminares e a consumação do acto de amor.
.........................
Porém, a descoberta daquela prenda escondida, que ele em segredo lhe tinha comprado deixou-a eufórica! A relação conjugal iria voltar a ser normal!
Manhã cedo, logo que ele foi para o trabalho, ela saiu de casa, foi ao cabeleireiro e esmerou-se em melhorar o seu visual. Cabelo, unhas, lábios, sobrancelhas, tudo foi retocado para o receber à noite o mais bonita possível.
Ao anoitecer, pôs a mesa, com duas velas acesas, uma garrafa de champanhe a gelar no “frappé”, o CD “My Way” de Frank Sinatra a girar baixinho, e a TV ligada, para ir olhando distraidamente as notícias enquanto esperava pelo marido.
Esperou e começou a enervar-se. O tempo passava e, como nos dias anteriores em que ele chegava a casa muito tarde, queixando-se de cansaço e de excesso de trabalho, o relógio corria e ele nunca mais aparecia para lhe dar os parabéns e oferecer-lhe a “lingerie” que ela bisbilhotara na sua pasta.
«Duality (Dualidade)»
Ionela Mihuleac (Roménia), acrílico sobre tela, 2004
Colecção de arte erótica «a funda São»
Subitamente a TV interrompeu a emissão para transmitir em directo um pavoroso incêndio que acabava de deflagrar na Fábrica Cosmos, Lda, a firma onde ele trabalhava...
Fixou os olhos, apurou os ouvidos, aumentou o som da televisão e reconheceu nas imagens o edifício fabril que ela tão bem conhecia.
Observava, aflita e tensa, a azáfama dos bombeiros empoleirados nas suas escadas “magirus” derramando jactos de água sobre as labaredas que iam consumindo a fábrica. Roía as unhas tão criteriosamente tratadas pela “manicure”, enquanto devorava as imagens terríficas do pequeno écran...
A repórter da TV de serviço no local informou que haviam sido localizadas duas pessoas com vida dentro do edifício, apanhadas desprevenidas pelo inesperado e repentino incêndio, que os bombeiros tentavam resgatar.
Minutos depois a locutora entrevistou o chefe dos bombeiros que sossegou os telespectadores, dizendo que as tais duas pessoas já estavam livres de perigo.
Certamente aterrorizadas pela morte iminente, aduziu o bombeiro, as vítimas foram encontradas fortemente abraçadas uma à outra.
Marília acalmou, quando o bombeiro as identificou. Uma delas era o seu marido e estava bem.
A câmara rodou e filmou as vítimas deitadas cada uma em sua maca para serem transportadas para o Hospital.
Uma das vítimas, vestia calções de cabedal com tachas prateadas e camisa de alças também em cabedal, donde pendiam grossas correntes metálicas. Um chicote negro ainda lhe pendia inerte da mão. Meio chamuscado...
O seu nome, Carlos da Silva.
A outra das duas vítimas, vestia uma delicada e sensual "lingerie" vermelha com folhos.
O seu nome, disse a repórter, era Felisberto Noronha...

Rui Felício
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Blog Escrito e Lido

Viraste-te?!...

A maior sugadora de cornetas do mundo acabou de passar pelo meu pincel. Foi a noite toda no "vira o bicho e chupa o mesmo".

Patife
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22 abril 2016

Vou deixar de comer leitão à moda da Bairrada!

«Duro» - Rubros Versos


Tiago Silva

«Gajas pequenas» - Ruim

Vantagens de andar com uma gaja pequena

1. É leve. Dá para agarrar e meter no balcão da cozinha para nos distrair quando estamos a fazer o jantar. Tipo um papagaio sexy.
2. Tudo lhe parece grande. Tudo.
3. Podemos lhe comprar roupa na "Cenoura".
4. Dá para declarar como bagagem de mão no aeroporto porque é travel size.
5. Mais espaço no sofá para mim. Ter cuidado para não cair lá para o meio.
6. Comem pouco. Manutenção barata. Dois palitos de cenoura e está para ali a arrotar como se tivesse comido ervilhas com ovos.
7. Quando se arma em parva, podemos lançá-la pela janela. Não o fazemos. Mas sabemos que é uma opção é isso reconfortante.
8. Quando ao colo, parece a nossa filha. Excelente oportunidade para lhe mamar na boca e deixar tudo a pensar "mas que merda é que se passa para ali?"
9. Excelente companhia para os nossos amigos baixinhos. Se lhes metermos uns barretinhos e umas pantufas pontiagudas, rimos todos bué. Depois ela fica lixada mas temos sempre o ponto 7.
10. Antes de escrever estes 9 pontos eu andava com uma gaja pequenina. Depois disto, não sei. Fiz merda com a cena dos barretinhos, não fiz? Mas ficam tão giros!

Ruim
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«Vida dura» - Shut up, Cláudia!




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21 abril 2016

O Livro da Papoula

Estamos a seis dias do fim da campanha de crowdfunding e ainda não atingimos o objetivo que garante a publicação do Livro da Papoula.
Precisamos MESMO da participação de todos para conseguir que este livro seja editado!
Recordo que, se não conseguirmos os 700 euros até dia 27 às 18 horas, a campanha fica sem efeito e os apoiantes recebem os seus investimentos de volta. Por isso, peço um último esforço a todos os que acreditam que vale a pena publicar o meu livro, COLABOREM NA CAMPANHA ATRAVÉS DA COMPRA ANTECIPADA!
Assim, estarão a garantir a publicação do livro e, ao mesmo tempo, a reservar um exemplar.
PRECISAMOS DA AJUDA DE TODOS!

Obrigado!
PS: Se alguém preferir apoiar directamente este projecto através de mim ou da Livros de Ontem e sem passar pelo site do PPL, digam-nos. Podemos facilitar todo o processo.


A editora Livros de Ontem tem o prazer de lhe apresentar O livro da Papoula, o sexto livro da autora Luísa Demétrio Raposo.

(…) A papoula é a memória erógena aonde se revela recôndita a intimidade em tudo o que se une além corpo e só é distinguível na exaltação que se sente através de desequilíbrios dispersos onde o meu e teu infinito acontecem, e de onde se erguem internas as carnes libidinosas e as curvas dilatam o sangue vermelho e, crua mente, desatam a visão que pulsa convertendo a vulva em um só clarão… lá aonde o pénis é grande, forte e duro e na estridência indefinível de um rude luar, morre ao exprimir-se bem a meio das pernas e na mais agraz e abrasadora narração, o sémen.(…)

Livros de Ontem tem o prazer de o convidar a participar na publicação desta obra através do seu contributo que, neste caso, funciona como uma pré-compra do livro e lhe dá acesso a ofertas únicas e exclusivas como a inclusão do seu nome impresso nos agradecimentos

Para mais informações e saber como pode  contribuir para a publicação desta obra, no link,
http://ppl.com.pt/pt/livros-de-ontem/livro-da-papoula




NOTA: O livro terá o valor de 10€ durante a campanha de crowdfunding e de 12€ após o fecho da mesma.
Escolha o pacote de recompensas que desejar e descubra todas as ofertas exclusivas que temos para si!

1ª edição limitada a 200 exemplares
Todos os exemplares são numerados e assinados.

Postalinho da Turquia

"Livraria.
Diretamente de Istambul"
Inês M. e Filipe Q.

O sexo ao longo dos tempos - debaixo dos lençóis da História Universal

Livro de Karen Dolby, editado pela Vogais, 20|20 Editora.
1ª edição, 2014.
Um dos livros de História da minha colecção.


Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Dia do orgasmo» - Adão Iturrusgarai


20 abril 2016

The Pussywarmers... - «Young men living»



«respostas a perguntas inexistentes (334)» - bagaço amarelo

A maior barreira do Amor é nós Amarmos alguém. Quando Amamos alguém que nos Ama também, a nossa percepção é a de que somos Amados da mesma maneira que Amamos. Só que isso nunca é verdade, porque somos todos pessoas bem diferentes. O Amor tira-nos a capacidade de abstracção necessária para entendermos que Amamos uma pessoa que nos Ama duma forma forte, mas totalmente diferente. Nem mais nem menos, mas diferente.
Depois vêm os problemas todos, porque duas pessoas que se Amam muito de forma diferente geram incompreensão. Apesar de se amarem, sublinho. A minha utopia é todos percebermos que o Amor se faz da incompreensão mútua e não da obediência.
Somos todos tão diferentes, que o que somos é sempre um profundo segredo para o outro. Eu sei que é difícil conviver com a incerteza de um segredo, mas se o formos contando ao ouvido de quem Amamos durante uma vida inteira, talvez se dê um Amor qualquer.
É assim que os segredos são bons, contados ao ouvido de um Amor.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»