16 maio 2016

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Eva portuguesa - «Espelho»

Olho para o espelho e não me reconheço naquele corpo que se contorce de prazer e tesão na tua boca. Vejo-me e, no meio das pernas, apenas avisto o teu cabelo negro. Olho para aqueles dois seres que se movem de forma rítmica como numa dança de sedução e não nos reconheço. Mas és tu algures enfiado no meu baixo ventre e sou eu que me ofereço sem ter como recusar. Olho para o espelho e vejo-nos a nós numa espiral de prazer que ameaça explodir numa inconsciência de sensações. Subo cada vez mais alto à medida que te perdes no meu sexo. E percebo que não consigo resistir mais. Olho para o espelho uma última vez para apreciar este espectáculo de luxúria da qual sou protagonista e rendo-me ao prazer; perco-me nos orgasmos que a tua boca me rouba...

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«Espelho Zex» (da série «Espelhos redondos») - Alva Bernadine



15 maio 2016

Luís Gaspar lê «Menina» de Joana Well


Menina, menina, vem cá! – Disse o Lobo…
E eu? Eu fui… e o Lobo? Papou-me!
E depois? Foi-se embora…
E eu? Eu chorei…
Porque fugiu o lobo? Não sei, não sei…
Se calhar não era um Lobo e dei-lhe uma congestão… entende-se?
Diz-me um mágico que lobos só existem nas minhas fantasias…
Então? E eu? Eu fui…
Procurem-me… estarei no Mundo-Que-Imaginei… à procura do Lobo que não mais encontrei… entretanto… veio um Cabritinho que eu papei… e uma Porquinha que saboreei… que belo repasto preparei… mas à procura do Lobo é que eu andei, andei… e quando não fui, o Coração enviei…

Joana Well

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«respostas a perguntas inexistentes (338)» - bagaço amarelo

Ama-me sem favor

A maior crueldade do Amor é que não podemos Amar por favor. Ou Amamos ou não Amamos, ou somos Amados ou não, mas nunca ninguém ninguém cai no erro de pedir a outra pessoa que, por favor, a Ame. A não ser eu, talvez. Peço baixinho, sem ninguém ouvir, mas peço-o. É a minha guerrilha silenciosa contra a insensibilidade que está presente em cada um de nós.
O mundo era muito melhor se o Amor fosse outra coisa, claro. Eu tocava à tua campainha e esperava que abrisses a porta. Depois pedia-te que me Amasses. Por favor, pode ser? E tu Amavas. Mandavas-me entrar e fazias-me o obséquio.
A bem dizer, é um lugar comum dizermos que o Amor é a coisa mais bonita do mundo, mas não é. Na verdade, é a coisa mais egoísta do mundo. Só Amamos quando Amar nos traz felicidade. Os outros, aqueles que não Amamos, que se lixem. Podemos fazer-lhes o favor de lhes dar uma boleia para o emprego, emprestar dinheiro para beber um copo ou lavar-lhes a roupa quando a máquina está avariada. O que não fazemos é Amá-los.
É claro que se fossemos capazes de Amar por favor, o Amor não era importante. Não era, pelo menos tão importante. Assim, cada vez que Amamos, não sabemos porquê e conseguimos viver, eventualmente, uma vida inteira sustentados nessa ignorância.
Sempre que eu disse a uma mulher que a Amava, disse-o a sério e parei por aí. Nunca me expliquei porque nunca o soube fazer. A pior coisa que me podia ter acontecido era ser Amado por favor e, no fim, agradecer, fechar a porta devagar sem fazer barulho e ir para casa fazer o jantar.
O mundo do Amor não é o melhor dos mundos, mas é o único que nos surpreende pela nossa ignorância.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI das grandes máquinas


Maitena - Condição feminina 27




14 maio 2016

Puro Êxtase - «Episódio 11 - O desafio da datilografia do prazer»

Puro Êxtase, webserie orgástica, convida algumas mulheres e homens para realizarem tarefas quotidianas, mas enquanto recebem sexo oral.

Um blush da NARS que dá orgasmos!


«Desnorteio» - por Rui Felício

«A banhista apalpada»
Pequena taça de porcelana de Wedgwood
Colecção de arte erótica «a funda São»


O norte de quem sente...
Da minha janela olho o mar
O por do sol em tardes quentes
O horizonte que te esconde
O que pensas, o que sentes
O suspiro que responde
A tua mão a acenar.
O meu norte é o poente!

Rui Felício
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Blog Escrito e Lido

Ode puxa ode... e o Charlie odeu:

Ai que norte tão azul
Que a sal tanto sabor sente
Quando p'la mão, indecente
deslizam contas do imenso sul

Não à crise!



Eu cá sou da Geração à Racha.

Patife
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