"Máscara de El Diablo, da Festa de Los Carochos, realizado a 1 de Janeiro em Riofrio de Aliste, Zamora.
Na exposição dedicada à Máscara Ibérica da Festa do Avante de 2016."
Paulo M.
07 setembro 2016
«coisas que fascinam (195)» - bagaço amarelo
Dizem que quem parte e reparte e não fica com a maior parte ou é tolo ou não tem arte. Isto é verdade no caso dos bancos e das entidades patronais. De resto, espero que não seja relativamente às pessoas, porque me parece que as pessoas que levam este provérbio a sério não podem ser minhas amigas.
Penso nisto numa noite em que me sento com um amigo à minha mesa e parto e reparto uma garrafa de vinho e um queijo de cabra curado. Partimos o que ponho na mesa sem olhar às partes, repartindo a amizade que temos de igual forma.
É assim também que se parte uma vida para repartir um Amor, em partes nunca iguais mas sem perceber qual delas é a maior e, sobretudo, sem perceber qual é a mais pequena, porque o grande problema de um Amor inteiro é que não cabe em parte nenhuma a não ser, às vezes, num abraço despido.
Quem parte e reparte e não fica com a maior parte pode ser tolo ou não ter arte, mas sabe muito melhor do que qualquer calculista manhoso o que é a Amizade e o que é o Amor. Eu sei que sou tolo e não tenho arte. Têm-mo dito quase toda a vida. Ainda assim estou apaixonado e a falar de um Amor sofrido com um Amigo, à minha mesa, com uma garrafa de vinho e um queijo cujas partes não me interessam.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Abrigo
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Não te preocupes que voltaremos em breve... Vais comigo, ver o meu abrigo que está perto da lua e do Sol. De todos os corpos celestes, será o meu abrigo o que mais brilhará com a tua presença lá. Poucos percebem porque me abrigo da Humanidade e poucos percebem o que é o mundo além do seu umbigo mas estão todos nas mãos de alguém. Eu, estou na tua e tu na minha. Seremos um do outro, não amarei mais ninguém como te amo quando estou no meu abrigo, não vejo no mundo ninguém digno de tal sentimento.
Lá de cima, verás como o mundo está desorganizado, saltarás de estrela em estrela e vais rir comigo, vais abraçar-me, beijar-me, vais fazer amor comigo como se o amanhã estivesse para nunca chegar as nossas vidas acabassem ali. Será um seguro, não um porto mas seguro porque não existem mais portos seguros porque ninguém nos dá segurança, porque ninguém acerta naquilo que precisamos e eu só te quero no meu abrigo a seres o que quiseres, a fazeres o que quiseres, desde que sejas sempre tu. Só tu entendes o meu corpo, a minha respiração e o meu olhar, falamos em silêncio, amamos com suor e deixamos o pudor “nos inseguros”.
06 setembro 2016
Mais palmo, menos palmo...
"Portugueses cresceram 11 centímetros no último século"
E só não dizem em que zona da anatomia para não embaraçarem ainda mais os restantes europeus.
Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 54
O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.
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«Sardinha das maminhas» - Nuno Saraiva
Sardinha com mamas em vez de escamas.
Ilustração de Nuno Saraiva.
Reprodução 12/50 assinada e com dedicatória do autor: "Para a Luísa Moura, que a Filosofia de Ponta esteja sempre consigo".
Um mimo na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Ilustração de Nuno Saraiva.
Reprodução 12/50 assinada e com dedicatória do autor: "Para a Luísa Moura, que a Filosofia de Ponta esteja sempre consigo".
Um mimo na minha colecção.
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05 setembro 2016
04 setembro 2016
Luís Gaspar lê «Coração já repousavas» de Jorge Aguiar
Coração já repousavas,
Já não tinhas sujeição,
Já vivias, já folgavas;
Pois porque te subjugavas
Outra vez, meu coração?
Sofre, pois te não sofreste
Na vida que já vivias;
Sofre, pois te tu perdeste,
Sofre, pois não conheceste
Como outra vez te perdias;
Sofre, pois já livre estavas
E quiseste sujeição;
Sofre, pois te não lembravas
Das dores de que escapavas:
Sofre, sofre, coração!
Português antigo
Coraçam já repousavas,
Já não tinhas sujeiçam,
Já vivias, já folgavas;
Pois porque te sojigavas
Outra vez, meu coraçam?
Sofre, pois te não sofreste
Na vida que já vivias;
Sofre, pois te tu perdeste,
Sofre, pois não conheceste
Como te outra vez perdias;
Sofre, pois já livre estavas
E quiseste sujeiçam;
Sofre, pois te não lembravas
Das dores de que escapavas:
Sofre, sofre, coraçam!
Jorge Aguiar
Este poema faz parte do iBook “Coletânea da Poesia Portuguesa – I Vol. Poesia Medieval”
disponível no iTunes.
Transcrição do Português antigo para o moderno de Deana Barroqueiro.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
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