20 setembro 2016

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 56

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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«A literatura portuguesa é má na cama?» - Nuno Saraiva

Ilustração de Nuno Saraiva para a capa da revista «Ípsilon» do jornal «Público» de 12 de Fevereiro de 2010.
Reprodução 1/10 assinada e com dedicatória do autor: "Para o Paulo Moura, um grande abraço do Nuno Saraiva".
Um mimo (premiado) na minha colecção.
















A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

19 setembro 2016

«Por amor a las tetas» - divulgação do video publicitário

Campanha realizada no Chile, contra o cancro da mama.


Por Amor a las Tetas from Por Amor a las Tetas on Vimeo.

Postalinho de Budapeste (1 de 4)

"Budapeste, capital da Hungria, é célebre pelas suas termas.
Mas também deveria ser célebre pelas belas mulheres que proliferam em estátuas e altos relevos de muitos monumentos e edifícios.
Na porta de entrada das termas do hotel Gellert, na zona de Buda, estão vários homens e mulheres a receber-nos. Eles cobertos de tecido, elas descobertas..."


"... mas... aquele senhor da direita... está com ar comprometido... e onde tem ele metido o braço direito?!..."


"... Ah! Já percebi o olhar dela!"
Paulo M.



Arte táctil

Maus em sexo

Crica para veres toda a história
Pós de fada


1 página

18 setembro 2016

Luís Gaspar lê «Esforça meu coração…» de Jorge Aguiar

Português moderno

Esforça meu coração,
não te mates, se quiseres:
lembra-te que são mulheres.

Lembra-te qu’está por nascer
uma que não errasse;
lembra-te que seu prazer,
por bondade e merecer,
não vi quem dele gostasse.
Pois não te dês a paixão,
toma prazer, se puderes
lembra-te que são mulheres.

Descansa, triste, descansa,
que seus males são vinganças;
tuas lágrimas amansa,
deix’ as suas esperanças;
porque, pois nascem sem razão,
nunca por ela lh’ esperes;
lembra-te que são mulheres.

Tuas mui grandes firmezas,
tuas grandes perdições,
suas desleais naturezas
causaram tuas tristezas,
Pois não te mates em vão,
que, quanto mais as quiseres,
lembra-te que são mulheres.

Que te presta padecer,
que t’ aproveita chorar,
pois nunc’ outras hão de ser,
nem são nunca de mudar?
Deixa-as com sua natureza,
seu amor nunca lho esperes:
lembra-te que são mulheres.

Não te mates cruamente
por quem fez tão grande falta,
que quem de si não sente,
por ti não lhe dará nada.
Vive, lançando pregão
por onde fores e vieres
que são mulheres, mulheres!

Português antigo

Esforça meu coraçam,
nom te mates, se quiseres:
lembre-te que sam mulheres.

Lembre-te qu’é por nacer
nenhua que nam errasse;
lembre-te que seu prazer,
por bondade e merecer,
nam vi quem dele gostasse.
Pois nam te dês a paixam,
toma prazer, se puderes
lembre-te que sam mulheres.

Descansa, triste, descansa,
que seus males sam vinganças;
tuas lágrimas amansa,
leix’ as suas esperanças;
ca, pois nacem sem rezam,
nunca por ela lh’ esperes;
lembre-te que sam mulheres.

Tuas mui grandes firmezas,
tuas grandes perdições,
suas desleais nações
causaram tuas tristezas,
Pois nam te mates em vão,
que, quanto mais as quiseres,
verás que sam as mulheres.

Que te presta padecer,
que t’ aproveita chorar,
pois nunc’ outras ham de ser,
nem sam nunca de mudar?
Deyx’ as com sua naçam,
seu bem nunca lho esperes:
lembre-te que sam mulheres.

Nam te mates cruamente
por quem fêz tam grande errada,
que quem de si nam sente,
por ti nam lhe dará nada.
Vive, lançando pregam
por u fores e vieres
que sam molheres, mulheres!

Jorge Aguiar
Alcaide-mor da fortaleza de Zagala, por carta de nomeação de 14/03/1478, Jorge de Aguiar foi capitão de uma armada que partiu para a Índia, em 1508, e se perdeu nas ilhas Tristão da Cunha. Teófilo Braga, di-lo filho de Pedro de Aguiar e de Mécia Sequeira, ama da princesa Joana (filha de D. Afonso VI, e marido de D. Violante de Vasconcelos, filha de João Rodrigues de Vasconcelos. Jorge de Aguiar participa no “Processo do Cuidar e Suspirar” que abre o Cancioneiro de Resende, alinhando nas fileiras a favor do “Cuidar”.
Este poema faz parte do iBook “Coletânea da Poesia Portuguesa – I Vol. Poesia Medieval”
disponível no iTunes.
Transcrição do Português antigo para o moderno de Deana Barroqueiro.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«respostas a perguntas inexistentes (347)» - bagaço amarelo

Acho que sou um bocado desarrumado. Por exemplo, não sei onde guardar as memórias que tenho de ti. Passo os dias a tentar guardá-las numa prateleira qualquer da vida, mas não consigo. Acabo sempre com elas espalhadas por todo o lado, de tal forma que quero andar e não consigo sem as pisar.
Ontem, por exemplo, fiz um montinho com elas e coloquei-o numa caixa que fechei. Pensei que era desta, mas não. A meio da noite precisei duma memória de quando me sorriste ao aterrarmos na cidade dos anjos. Para a encontrar tive que desarrumar as memórias todas e já não fui capaz de as meter no mesmo sítio.
Tem-me acontecido mais ou menos o mesmo todas as noites. O Amor é uma questão de arrumação e eu sou um desarrumado por natureza, o que quer dizer que a minha natureza é Amar-te mais ou menos assim, num caos permanente em mim.
Se um dia me perguntares como é que eu ando e eu responder que estou arrumadinho, então é porque deixei de te Amar. Mas não contes com isso.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Para quando não souber o que fazer às mãos


Maitena - Condição feminina 45



17 setembro 2016

Eva portuguesa - «Quero»

Quero-te. Hoje. Amanhã. Sempre. Quero-te aqui comigo. Quero-te a toda a hora. Sentir-te. Cheirar-te. Beijar-te. Ter-te dentro de mim. Em mim. Quero ser tua. Quero que sejas meu. Que esqueças todas as outras. Que não olhes para mais nenhuma. Que não queiras nenhuma para além de mim. Quero que o único cheiro que te cative seja o meu. Que o único corpo que te enlouqueça seja este. Que o único olhar que cative seja o meu. Dizem que ciúme é sentimento de posse. Eu digo que é medo de perder...

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Desfoder


És tão complicada que se eu pudesse despinar-te, despinava-te.

Patife
@FF_Patife no Twitter

«Fingimento» - por Rui Felício

«Doutor Pinga Amor - vol. 1 - Ao seu dispor
sete dias sobre sexo!»
Livro de banda desenhada
Colecção de arte erótica «a funda São»
Se te disser que não te amo, se te assegurar que não é com a tua imagem que adormeço, se te jurar que não és tu que povoas os meus sonhos, se te garantir que ao acordar pela manhã, não são as centelhas dos teus belos olhos que me cegam, e que não é o viço das tuas faces que me empolga, nem tão pouco o ténue sorriso cheio de mistério e de promessas que te ilumina.
Se te disser tudo isso, podes pensar que minto, que estou fingindo.
Não sou poeta, como sabes.
Muito menos tenho o talento de Fernando Pessoa.
Por não te saber dizer o que quero, socorro-me dele e plagio parcialmente o que o seu génio escreveu:

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que finge que não é amor
O amor que deveras sente.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido