O que é uma puta?
Todos os dias me chamam puta.
Todos. Via anónima, via sarcasmo, via blogs. Porque um dia recebi dinheiro para fazer o que elas fazem sem receber nenhum e apenas a fama de mães de família ditas honradas que nada valem.
Pergunto-me: é inveja? é falta de vergonha? de o que fazer?
Afinal o que é uma puta? Uma pessoa troca uma queca por dinheiro? É que eu nunca fiz só e apenas isso. Eu ouvia cada pessoa, tratava cada pessoa como se fosse a primeira e única. Melhor, eu tratava de ter prazer e não me deixava ficar, trabalhei, deixei de o fazer, casei e continuo a ser apontada com dedos de gajas de 50 anos que andam com meninos de 18. Sem saberem o último nome deles, gajos casados sem quererem saber se destroem uma família.
Então, o que é ser puta?
Mundo Pink Poison
02 novembro 2016
01 novembro 2016
Evolução das espécies
Dantes eram as mulheres quem detestava mulherengos, agora são os homens. Ambos os géneros estão mais espertos.
Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 62
O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.
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Pénis e vagina moçambicanos
Casal de abre-latas em madeira, esculpida de forma artesanal.
Peças compradas no stand de Moçambique da 40ª Festa do Avante.
O erotismo de África, na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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31 outubro 2016
«Não ser e não estar» - João
"Habituara-se a sentir-lhe o cheiro. A princípio era estranho, mas depois tornou-se tão natural quanto o oxigénio que lhe preenchia os pulmões. E mais que natural, tornara-se delícia, um gostinho especial, do cheiro o sabor, como que lambendo os dedos de guloso perante grande espanto, porque afinal, afinal, ele era um gajo estranho. Estranho na diferença, era certo, das coisas que mais ninguém fazia, e isso era seguramente de notar. Habituara-se a sentir-lhe a pele. Conhecia bem a pele. Os pontos exactos onde exercer pressão, onde fazer cócegas ou, tão melhor que isso, onde excitar, preparando para a maratona. Mesmo que fosse um segundo, ou um minuto, era maratona. Mas depois deixou de sentir o cheiro e deixou de lamber os dedos como rebuçado aprazível. Depois a pele desapareceu e só existiam sinais de fuga e ocultação, de quem respirava o mesmo oxigénio mas não queria partilhar. Até que um dia houve morte, mesmo, literal, daquela que leva os corpos ao chão, debaixo da terra, para não respirar mais. E quem aqui ficou teve de viver com o cheiro que não havia, os dedos sem graça, a pele que em lado algum se encontrava para tocar. E ficou pesado o encolher de ombros de resignação, de se conformar com o resultado de ter desaparecido antes de tempo, a inevitabilidade de um não poder mais, em oposição a um não poder porque não. E sempre pairava no ar a ideia de que esse não ser e não estar teria sido apenas e só um imenso disparate."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
Postalinho de Colombo, Sri Lanka
"O quarto de banho da suite real, onde ficaram o Príncipe Carlos e Camilla. Em nossa casa..."
Daisy Moreirinhas
Daisy Moreirinhas
30 outubro 2016
Luís Gaspar lê «Se duvidas…» de António Botto
Possa estremecer comigo –
E sentir
O mesmo amplexo carnal,
– desnuda-o inteiramente,
Deixa-o cair nos meus braços,
E não me fales,
Não digas seja o que for,
Porque o silêncio das almas
Dá mais liberdade
às coisas do amor.
Se o que vês no meu olhar
Ainda é pouco
Para te dar a certeza
Deste desejo sentido,
Pede-me a vida,
Leva-me tudo que eu tenha –
Se tanto for necessário
Para ser compreendido.
António Botto
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
«respostas a perguntas inexistentes (352)» - bagaço amarelo
O vinho e o Amor são os melhores amigos do Homem. Ambos prometem aquilo que não podem dar: uma vida inteira de paixão e de bebedeira. Não faz mal, porque ambos são capazes de nos fazer acreditar que sim. Com o Amor nos embebedamos e com o vinho nos apaixonamos, acreditando sempre na eternidade dum Amor bêbado, pelo menos até ele acabar.
O fim de um Amor é a sobriedade da vida e estar sóbrio é uma merda. É tornar a acreditar que a felicidade é um luxo a que só nos podemos dar de vez em quando, sempre depois de muita tristeza. Estar sóbrio é aceitar que a injustiça é a normalidade da vida. Assim como trabalhamos muito para ganhar um salário baixo, sofremos muito para ganhar uma felicidade precária.
Os melhores Amantes seriam aqueles que bebem, se não se perdessem na bebida. Os melhores bêbados seriam aqueles que Amam, se não se perdessem no Amor. É por isso que eu peço: Embebedem-se com paixão e apaixonem-se com vinho. É o melhor de dois mundos.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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