05 novembro 2016

Luís Gaspar lê «Ribeirinha» de Paio Soares Taveirós

Português moderno

No mundo não conheço
ninguém igual a mim,
enquanto acontecer o
que me aconteceu,
pois eu morro por vós e ai!
Minha senhora alva e rosada,
quereis que vos lembre
que já vos vi na intimidade!
Em mau dia eu me levantei
Pois vi que não sois feia!

E, minha senhora
desde aquele dia, ai!
Venho sofrendo de um grande mal
enquanto vós, filha de dom Paio
Muniz, a julgar forçoso
que eu lhe cubra com o manto
pois eu, minha senhora
nunca recebi de vós
a coisa mais insignificante.

Português antigo

No mundo non me sei parelha,
mentre me for’ como me uay,
ca iá moiro por uos – e ay!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que uos retraya
quando us eu ui en saya!
Mao dia me leuantei,
que uus enton non ui fez!

E, mia senhor, des aquel di’ay!
me foi a mi muyn mal,
e uos, filha de don Paay
Moniz, e ben uus semelha
d’auer eu por uos guaruaya,
pois eu, mia senhor, d’alfaya
nunca de uos ouue nen ei
valia d’ua correr…

Paio Soares Taveirós
Paio Soares Taveiroos (ou Taveirós) foi um trovador da primeira metade do século XII, de origem da pequena nobreza galega. Foi o autor da célebre Cantiga da garvaia, durante muito tempo considerada a primeira obra poética em língua galaico-portuguesa.
Este poema faz parte do iBook “Coletânea da Poesia Portuguesa – I Vol. Poesia Medieval”
disponível no iTunes.
Transcrição do Português antigo para o moderno de Deana Barroqueiro.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«Quelle belle mécanique… cette Stihl!»

«Que bela mecânica… tem esta Stihl!»
Cinzeiro quadrado francês dos anos 70, de publicidade às moto-serras Stihl.
Já vos disse que adoro publicidade? E publicidade erótica, então... tenho tanta na minha colecção...






A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Sangria atada ou desatada?


Tenho tantas pachachinhas para pinar que não sei se me desate a rir ou me ate a chorar.

Patife
@FF_Patife no Twitter

04 novembro 2016

Boobíceps


Melkmeisje - Nina Wijnmaalen from Nina Wijnmaalen on Vimeo.

Postalinho outonal

"São Rosas
Vê se gostas 😀💝
Até as árvores se expõem!
A natureza é maravilhosa..."
Maria Irene Nunes



#sungamos #espelhomeuespelhomeu #háalguémmaisazeiteiradoqueeu - Ruim




O problema não é o tamanho da saia, do calção, do decote ou do vestido. O problema minha cara Jessica, Sheyla ou Nádia com Y, é que nem todas nasceram com o poder de usar menos roupa sem parecerem que são a próxima mascote do Continente.
Eu também devo ficar lindo de sunga...

Ruim
no facebook

O cérebro só fode com nossa mente



Capinaremos.com

03 novembro 2016

Postalinho do Car(v)alho

"Na minha urbanização, quiçá num mini tronco de carvalho, está esta «cabeça de gaita» com uma série de «tomates acoplados», para eventual colecção de quem aprouver..."
Carlos Car(v)alho


A Daisy Moreirinhas respondeu a este postalinho do Car(v)alho com outro postalinho, bem melhor... apetrechado:


«Pequena crônica sobre PECHINCHA» - Cláudia de Marchi

Frente a um produto caro eu não sei qual pechincha é mais desprezível, se é a do rico ou a do pobre. O rico barganha por hábito, para ver se "sai no lucro". Gente rica no bolso, mas pobre de espírito e de finesse, acha que pode colocar preço no produto alheio. O pobre por sua vez, age de forma delirante e até arrogante por insistir em ter algo que não cabe no seu orçamento, ou seja, há irrealismo puro. Se você não tem dinheiro para comprar um batom da MAC ou cosmético da Lâncome para dar para sua esposa, vá de Avom, Jequiti, Natura e etc.. Se você não pode comprar uma joia na H. Stern ou na Vivara, vá de bijuteria da Morana. É mais digno, educado e econômico. E você não faz papel de ridículo entrando numa loja de tais marcas e pedindo preço menor, porque você está financeiramente mais apertado do que saco de cantor sertanejo. A economia e o valor das coisas não se adaptam à sua condição financeira, você que deve adaptar a sua escassez de dinheiro à economia e buscar produtos mais baratos. Algo simples, fino, elegante e sincero. (Consigo mesmo, inclusive!).

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Seios libertos da gaiola

Pequena taça em porcelana Rosenthal da série "amorosos" de Peynet, dos anos 60.
Mais uma peça a juntar a outras desta série, na minha colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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«Modelos magras» - Adão Iturrusgarai


02 novembro 2016

Postalinho do Vietnam

"Ao entrar no meu quarto do hotel, deparo-me com estas duas desavergonhadas, no meio de um excitante 69. Fiquei maluco, não resisti e embrulhei-me logo com elas!...
Abraço"
Alfredo


«respostas a perguntas inexistentes (351)» - bagaço amarelo

Estou deitado, embrulhado nos teus lençóis como um louco num colete de forças, enquanto tu vagueias pelo quarto. Quando saíres, daqui a alguns minutos, vou-me arrepender de não me ter levantado. O Amor termina sempre que te afastas sem me dizer nada. Ainda assim, não é a preguiça física ou mental que me faz prolongar o tempo nos teus lençóis usados. É tu estares nua. Tu nua no quarto e eu deitado devia ser o fim do tempo.
A nudez nunca enganou ninguém no Amor. As palavras sim. As palavras mastigam um Amor da mesma forma que a nudez mastiga os lençóis onde dormimos os dois. É por isso que te admiro. Sais, fechas a porta do quarto, e os teus passos caminham decididos até à porta, levando com eles o teu corpo e o teu silêncio sincero.
Depois de te ires fica tudo por fazer. A cama e o Amor. Pela janela, vejo os postes de iluminação da rua que segredam entre eles o teu percurso. Sabem para onde foste mas não me dizem nada, os sacanas. Às vezes até se riem de mim. Sabem da minha fraqueza e da minha solidão contigo.
Se eu me fosse embora agora e te deixasse uma carta escrita, em princípio na tua almofada, dir-te-ia que quase tudo o que procuro num Amor é a mentira constante das palavras, mesmo aquelas que trocamos quando tomamos café ou comemos o prato do dia no café da esquina. Quando mentimos é porque temos um desejo. É esse o sustento do Amor.
Não acredito na verdade.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»