23 novembro 2016

«conversa 2172» - bagaço amarelo

(na minha casa)

Ela - Tens o fogão todo sujo.
Eu - Eu sei...
Ela - As manchas de gordura são as mesmas da última vez que cá vim, na semana passada.
Eu - Isso é porque eu não o limpo há mais de uma semana.
Ela - Não sei se conseguia viver contigo, assim com as mesmas manchas de gordura no fogão durante uma semana.
Eu - Eu não sei se conseguia viver contigo, assim a criticar-me por eu não limpar o fogão todos os dias.
Ela - Percebes que não é normal ter o fogão assim?
Eu - Percebo que vivo sozinho precisamente para ninguém me chatear com essas coisas e tu estás a chatear-me na mesma.
Ela - Eu também devia viver sozinha, se calhar. O meu marido é mais ou menos como tu e estamos sempre em conflito com este tipo de coisas.
Eu - Coitado do teu marido.
Ela - Aí estamos de acordo.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Dos meus diálogos

Sms: "quero foder!"
Resposta: "és tu?"
Eu: "a tua puta quer foder"
"daqui a 20 minutos vai ter comigo"

Nessa noite, descobriu o sexo anal, aquele homem do campo, lindo de morrer mas tão deliciosamente inexperiente...

Esta é só deste blog!

E tens duas badanas...



22 novembro 2016

Postalinho do Alcaide, Fundão

"Depois de provar os cogumelos, almoçámos e ficámos ambos satisfeitos. Adivinha o que cada um de nós comeu...
Beijinhos, Sãozinha!"
Daisy e Alfredo Moreirinhas

Claro que adivinhei: ela, o que sai torto; ele, a parte anatómica da andorinha. Se ele fosse sozinho, tinha era ligado para o número de telemóvel que também faz parte da ementa


Queriduches


Há duas coisas que os duches a dois têm de bom, os momentos de sexo e os de humor. Somos mais espontâneos quanto menos vestidos.

Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 65

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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Lote de 6 discos de música obscena/ picante/ licenciosa/ devassa/ maliciosa/… francesa

Sou fã das «Chansons Paillardes» francesas. Estes 4 LPs, 1 EP e 1 CD juntam-se a vários outros discos e livros com letras dessas canções malandrecas, na minha colecção.

Octave Callot & Sa Fanfare des Beaux-Arts - «Chansons paillardes» (EP)


Les Carabins - «Chansons paillardes (spécial ambiance)» (CD)


Gerard Doulasne - «Chansons paillardes» (LP)


Colette Renard accompagnée par Raymond Legrand et son orchestre - «Chansons gaillardes de la vieille France - Vol. 2» (EP)


Les Joyeux Paillards - «Plaisirs paillards» (LP)








«Plaisirs paillards» (LP)

A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

20 novembro 2016

«Raspas de sono» - João

"Detiveram-se estacionados um bom tempo, de mãos nas mãos e dedos curiosos, a pensar entre eles quanto tempo era preciso para se fecharem dentro de casa. De quanto tempo precisavam para se foderem até à medula espinal e depois conseguirem ir trabalhar como seres humanos funcionais, capazes de o fazer depois de uma noite bem dormida. As promessas quebravam-se sempre. Hoje vamos dormir, mas depois não, bastava um milímetro de pele na pele ou um aconchego de corpos quentes e quando davam por isso já nem estavam a tentar resistir, estavam num completo estado de abandono, fodendo-se sem espaço nem tempo, essas coisas da física que interessam muito pouco a quem se quer muito. De quanto tempo precisavam afinal. Barricar-se-iam em casa, desligariam os telefones, deixariam encher a caixa do correio. Um mês, talvez. Pensaram que ao fim de um mês a fundir-se entre foda, amor e paixão haviam de conseguir dormir juntos sem se tocarem muito, e de sair normalmente em direcção ao emprego de cada um, fazendo as suas coisas sem pensar em sair a correr para foder o que não se fodera de manhã. Mas a carne é fraca. E um mês talvez fosse demasiado tempo sem conseguir ao menos comprar algo no supermercado. Deixar o corpo comer algo mais que o corpo do outro. Quinze dias. Ficavam assim, a meio, em quinze dias de pós-laboral. Concordaram que ao final de quinze dias abririam as janelas só para deixar o ar limpar. E talvez chegasse. Talvez fosse suficiente. Talvez ao décimo-sexto dia conseguissem finalmente dormir uma noite inteira e passar um dia completo sem calores e suores. E a roupa. A roupa. Lavar a roupa era preciso. Quinze dias de foda naquela casa, sem parede, bancada ou ombreira que ficasse por tocar. O tempo era trabalho, estrada, foda e raspas de sono. E sem roupa não se podia sair mais dali. E o tempo passaria a ser só foda e raspas de sono. E fumo venenoso a pairar, só para disfarçar o cheiro que a ninguém deixaria dúvidas da loucura que ali se vivia. Já só havia camisas dele e pouca coisa dela, a máquina a centrifugar, a vibrar, o programa a encher, rodar e esvaziar, e as janelas abertas, o tabaco a disfarçar, tímido, o fedor a foda, e ao décimo-sexto dia o sono continuava em raspas. Afinal, se tivessem sido espertos, tinham logo escolhido um mês inteiro. Só para ter a certeza."
João
Geografia das Curvas

«coisas que fascinam (198)» - bagaço amarelo

O plano A

Para tudo podemos ter um plano B. Menos no Amor. Se no Amor tivermos um plano B, então não é de Amor que falamos. É só por isso que nos sentimos perdidos quando alguma coisa corre mal com as nossas emoções. É que todos os planos, que não verdade são só um, parecem estar a falhar.
Ainda assim, o tempo que passa por nós e nos engelha a pele é o mesmo que nos ensina que podemos ter vários planos. Apenas não podem ser contemporâneos. Os planos A podem suceder-se, os planos B nunca existem.
Porque é de tempo que falamos quando falamos de Amor, foi esse mesmo tempo que me ensinou a perceber até quando me devo manter no meu plano A. É enquanto os olhares que se cruzam no ar se agarram como borboletas tontas e os braços se amarram como cordas de um navio. É só isso que define um Amor. É só isso que me mantém no meu plano A.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»